Editorial: Família e Escola devem andar juntas

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Criar uma criança é fácil, basta satisfazer-lhe as vontades. Educar é trabalhoso”.

Içami Tiba

Compartilhando responsabilidades, e agindo dentro e fora das salas de aula, a família e a escola devem andar sempre juntas, e assim também alertar a sociedade, acionar a Justiça, e cobrar de todas as instituições responsáveis e daquelas direta ou indiretamente envolvidas, nas circunstâncias que levam aos constantes ataques às escolas de Educação infantil, e escolas públicas do país.

Atos de violência que sempre acabam em mortos e feridos, principalmente crianças e educadores, causando também traumas, transtornos e evasão nas escolas. Educar, que sempre foi um ato de coragem, está sendo cada vez mais desafiador para os profissionais que trabalham com educação.

Episódios cada vez mais assustadores ganham espaço em redes sociais com requintes de crueldade, sarcasmo e terror. Isso que vem acontecendo, que sabemos, não é de hoje, atualmente se tornou mais visível e preocupante, porque estão brincando com o crime, e cada vez mais cedo, adolescentes que deveriam estar na sala de aula, buscando um futuro de paz, de crescimento, estudando artes, planejando uma vida melhor, inclusive com o apoio das famílias, estão fazendo o caminho oposto, se vingando, não sabemos do que e nem de quem.

Verdade, que o nosso sistema educacional, econômico-social, político, principalmente político, – o grande vetor de sérios problemas sociais do país – esses fatores somados às famílias desajustadas, filhos criados por parentescos diversos ou por outras pessoas, na ausência dos pais, filhos abandonados, órfãos, e até os “acolhidos” por grandes facções criminosas, traficantes, entre outras, tudo isso faz com que nossos jovens de pouca idade entrem para a criminalidade e deixem como legado apenas rastros de violência, isso quando não são executados pelo próprio crime.

Fatores psicológicos e histórico de violência bárbara também são muito comuns entre essas crianças e adolescentes, que sem amparo da família, da escola e da sociedade, encontram na criminalidade a maneira ou a pior maneira de descontar o seu desconforto social.

Independente de números, senhores, precisamos entender esses “acontecimentos” como algo muito nosso que vai além das estatísticas. E a família e a escola têm um papel fundamental que vai além do caminho da

escola, da grade curricular, da instrução de disciplinas, (apenas como conteúdo), é muito mais abrangente e tem que ser uma educação transformadora, mas uma educação transformadora para o bem e para a paz! É o que precisamos de fato! E nenhum de nós deve se omitir dessa responsabilidade.

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