Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT) fez, nesta sexta-feira, em entrevista à rádio Metrópole, uma avaliação sobre a falta de apoio dos parlamentares no Câmara dos Deputados ao governo Lula (PT).
Uma das razões que levam a ausência totalitária na aprovação das matérias propostas pelo governo, segundo ele, deve-se a uma lógica “nociva” estabelecida durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL):
“Qual foi o problema? Bolsonaro não tinha um programa de governo, não era uma liderança para conduzir o país, mas para destilar ódio. O Congresso acabou se acostumando com essa lógica. Aí vieram as emendas secretas, o orçamento secreto”, contou Wagner.
E emendou: “Foram quatro anos que degradam a política e acabam viciando muito o Congresso em uma lógica de ‘tudo bem, eu voto com você, mas me dê a emenda’. No exercício da política, os quatro anos do ex-presidente foram muito nocivos”.
Na oportunidade, ele defendeu que não se pode concluir uma falta de apoio definitiva no Congresso, mesmo após a derrota do Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que versava sobre o Marco do Saneamento e o PL das Fakes News.
“A depender da matéria, a base cresce ou diminui. O chamado arcabouço fiscal, que foi mandado pelo ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad para o Congresso, eu acho que vai ter um número bastante grande votando a favor, porque todo mundo reconhece que é preciso”.
“Mas quando chegam determinadas matérias, é óbvio que não tem base sólida. Ainda é uma base que pode crescer ou pode diminuir. Essa coisa só vai se firmar na caminhada”, continuou.
Mateus Soares
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