Após ter a pasta cobiçada por integrantes do União Brasil, o ministro da Integração, Waldez Góes (sem partido), decidiu mudar a postura e se aproximar mais de integrantes da legenda. Agora, pretende convidar os parlamentares para acompanhá-lo nas viagens de trabalho, algo que não tem ocorrido. Ele ainda promete acelerar a liberação de emendas parlamentares.
Alguns parlamentares do União reclamam que Waldez prioriza os interesses do senador Davi Alcolumbre (União-AP), responsável pela indicação, sem dar tanta atenção ao restante da bancada.
Pessoas próximas a Alcolumbre incentivam o ministro a se aproximar do partido, mas não veem risco de demissão para Waldez em função do seu padrinho político. Além de ser presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pela sabatina de Cristiano Zanin, o senador amapaense tem se colocado como um dos mediadores da crise entre o governo Lula e Arthur Lira (PP-AL).
Com a iminente troca da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União), pelo deputado Celso Sabino (União-PA), aliados de Alcolumbre consideram que a bancada da legenda na Câmara será atendida com dois ministérios — o outro é o das Comunicações, que está com Juscelino Filho — e cobrará menos de Waldez.
Nos últimos dias, Daniela também tentou mostrar serviço internamente, mas não funcionou. A saída dela é dada como certa no Palácio do Planalto e no Congresso. Em meio aos rumores de demissão, Daniela pediu para a equipe intensificar os planos de lançar um programa de emprego e renda no setor.
Daniela aproveitou a sua popularidade no Rio de Janeiro para turbinar a sua proposta no PPA Participativo, plataforma digital para definir as prioridades do governo. O Ministério do Turismo lidera entre os programas apresentados na Esplanada, com 4611 votos.
Julia Lindner e Roseann Kennedy/Estadão Conteúdo/Foto: Antônio Cruz/Arquivo/Agência Brasil
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