O Dia Internacional da Conscientização sobre o Albinismo, lembrado nesta terça-feira (13), tem o objetivo de promover o combate ao preconceito e a discriminação contra pessoas albinas. A data, que foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, chama a atenção para o albinismo, que é uma rara condição genética e não contagiosa, responsável por atingir ambos os gêneros, independentemente de etnia.
De acordo com a dermatologista da clínica Skincare Dermatologia e Restauração Capilar, Dra. Iale Hora, o distúrbio é caracterizado pela falta de melanina, que é responsável pela pigmentação dos cabelos, pele e olhos e pela proteção contra os raios ultravioletas. Conforme estimativa da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), o albinismo atinge aproximadamente 21 mil brasileiros.
“Diante da ausência da melanina, o albino se torna vulnerável ao sol e a luzes fortes, além de ser mais suscetível a problemas ou deficiências visuais, ao envelhecimento precoce e ao câncer de pele”, explica.
Conforme a especialista, o albinismo varia de acordo com o tipo de mutação genética, que vai determinar a quantidade de melanina produzida, ou seja, se ela estará totalmente ausente ou parcialmente presente.
“Por isso, o tom de pele varia do branco para o amarelado ou amarronzado, enquanto os cabelos podem ser completamente brancos, amarelados, avermelhados ou acastanhados. Os olhos, por sua vez, são azuis, castanhos claros ou avermelhados. Em casos em que há total ausência de pigmento, ficam visíveis os vasos da retina”, observa.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os albinos são altamente suscetíveis aos danos causados pelo sol. Por isso, conforme a entidade “não é incomum encontrar albinos na faixa dos 20 a 30 anos com câncer da pele avançado, especialmente aqueles que moram em regiões quentes e se expõem de forma prolongada e intensa à radiação solar”.
Existem duas categorias de expressão da condição, as formas não sindrômicas, em que são afetados pele, cabelo e olhos (albinismo oculocutâneo) ou somente dos olhos (albinismo ocular). “A segunda compreende as formas sindrômicas, quando além do albinismo oculocutâneo, outros órgãos são impactados, como pulmões, intestino e sistema nervoso”, ressalta.
Como se trata de um problema genético, a dermatologista aponta que não há cura ou tratamento para o albinismo, por isso, são necessários cuidados. “É necessário que, durante a vida, eles evitem o sol e, em consequência disso, façam suplementação com vitamina D para evitar problemas como alterações ósseas e imunológicas”.
Da mesma forma, a especialista orienta que o acompanhamento oftalmológico é “fundamental, bem como as consultas com o dermatologista, pois orientações e recursos visuais e dermatológicos podem permitir o desenvolvimento intelectual e uma vida saudável e produtiva”.
Por Carmen Comunicação/Assessoria de Comunicação/Foto: Divulgação
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