Para Márcio de Lima Leite, não está em discussão renovar os benefícios. “O grande desafio do setor é a alta taxa de juros”, afirmou o presidente da associação de montadoras.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, disse nesta quarta-feira (14/6), durante evento sobre a eletrificação da frota de veículos brasileira, que não está em discussão uma renovação do programa do governo federal para estímulo ao setor. Ele previu, aliás, que a iniciativa deve durar 30 dias, quando se esgotará o valor do incentivo.
“Todos os recursos devem atender em torno de 100 a 110 mil unidades (de veículos vendidos). Talvez em um mês acabem esses recursos e não está em discussão a sua renovação. Neste momento estamos trabalhando com um horizonte de 30 a 35 dias para atender essa demanda, que já está encaminhada. Provavelmente no início de julho esse recurso deve acabar.”
Taxa de juros
Para a Anfavea, trata-se de um programa de curto prazo e os R$ 500 milhões propostos pelo governo devem acabar em um mês em decorrência da procura. “Tem ocorrido uma corrida pela compra do carro”, apontou Leite. Ainda segundo ele, o que o setor realmente precisa é de uma queda na taxa de juros. “Os juros têm sido prioritários, uma verdadeira guerra nos últimos meses. Juros e a oferta maior de crédito. Nós acreditamos e desejamos que os juros baixem nas próximas reuniões do Copom”, apontou.
Questionado sobre o pedido da empresária Luiza Trajano, que em um evento pediu ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela queda na taxa básica de juros, Leite brincou que também o faria. “Ela disse que telefonaria para ele algumas dezenas de vezes, eu vou pegar o telefone dele com ela para ligar também”, comentou.
Correio brasiliense/Foto: Leo Lara/Studio Cerri
Mais fotos e mais noticias, click aqui @anoticiadovale