O volume do comércio mundial de mercadorias, após crescer em 2022, recuou para 1,7%, em 2023. Para a América do Sul, há uma queda de 1,6 ponto percentual, porém esta queda não se aplica para o Brasil, que está na contramão da tendência mundial e sul-americana.
A previsão de piora da OMC para a região da América do Sul não deverá se aplicar ao Brasil. O Brasil é a maior economia da região e o maior exportador, o que influencia o crescimento de volume exportado da região.
O aumento das exportações do Brasil entre 2022 e 2023 foi de 9,3%, enquanto o crescimento no mesmo período entre 2021 e 2022 foi de 0,6%.
É possível que desacelere os embarques da soja no segundo trimestre, em função da safra. Mesmo assim, segundo o modelo IBRE da FGV, a previsão é de crescimento de 5,4% para o ano de 2023. Para o ano de 2022, esta previsão era de 4,4%.
A Balança Comercial de maio também atingiu um novo recorde na sua série histórica, com um saldo mensal de US$ 11,3 bilhões e acumulado de US$ 34,9 bilhões. Estes valores são maiores do que o acumulado em 2022.
A análise por setores indica que a indústria extrativa foi a que mais contribuiu para o aumento dos fluxos de comércio, com variação mensal de 52,4%, seguido por agropecuária, em 36,9%, e 14,2% na indústria de transformação.
Os preços caíram para todos os setores, mas com desempenho positivo de volume.
Na indústria extrativa, destacaram-se as exportações de petróleo e minério de ferro. Na agropecuária, o principal produto exportado foi a soja em grão, com participação de 24,6% nas exportações de maio. Na indústria de transformação, destaca-se crescimento do comércio de farelo de soja.
Os dados são da Organização Mundial do Comércio, OMC, e divulgados em relatório pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV.
Fonte: Brasil 61/Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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