O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, disse, nesta sexta-feira (4), que o presidente Lula (PT) decidiu que os deputados André Fufuca (PP-MA) e o Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão ministros.
“Primeiro, já tem uma decisão do presidente Lula de trazer esses dois parlamentares que representam duas bancadas importantes no Congresso”, disse.
“Mas, mais do que elas, podem atrair outros parlamentares, trazê-los para o governo, convidá-los para ocupar postos de ministérios. São parlamentares que só podem vir para ocupar ministérios”, completou.
A declaração foi dada a jornalistas em Belém (PA), onde o ministro está para uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.
Padilha não sinalizou, contudo, quais seriam as pastas que os dois parlamentares ocupariam. Esta tem sido a principal dificuldade da reforma ministerial nas últimas semanas.
Como a Folha mostrou, Lula esteve reunido com a cúpula do PT no Palácio da Alvorada na noite da última quarta-feira, e disse que cortaria pastas de ministros do PT e do PSB e “sem padrinho”.
Além do espaço ocupado pelo PT na Esplanada, a avaliação é que o tamanho do PSB —partido do vice Geraldo Alckmin— também não corresponde à bancada da sigla no Congresso. Com 15 deputados federais, o PSB conta atualmente com três ministérios.
Segundo a Folha apurou, Lula faz projeções de como pode ficar a Esplanada na dança das cadeiras que deve ocorrer nas próximas semanas, para acomodar aliados do PP e do Republicanos e, com isso, conseguir uma base ampliada no Congresso Nacional.
Nem mesmo Ana Moser (Esportes) estaria imune à reforma. Também não está descartada a recriação do ministério das Micro e Pequenas Empresas com o intuito de ampliar o número de cadeiras no governo.
O PT hoje tem 11 dos 37 ministérios: Educação, Mulheres, Gestão e Inovação, Fazenda, Trabalho, Secretaria-Geral, Secretaria de Relações Institucionais, Comunicação Social, Desenvolvimento Agrário, Casa Civil e Desenvolvimento Social.
Marianna Holanda, Folhapress/Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
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