Exu Pernambuco, Terra de Luiz Gonzaga. Mestre Espedito Seleiro e Fundação Casa Grande, Alemberg Quindins, Nova Olinda, Memorial Patativa do Assaré, Santana do Cariri, Museu Paleontologico. Estes foram os locais visitados pelo cantor e compositor Renato Teixeira, nascido em Santos, São Paulo.
Na companhia do pesquisador Paulo Vanderley, Renato Teixeira, ficou encantado com a região. Ele cantou com as crianças e adolescentes do Projeto Asa Branca, conheceu a história da Banda de Pife de seu Louro, visitou o Parque Asa Branca/Museu Gonzagão.
A visita contou com a presença do cantor e compositor Joquinha Gonzaga, sobrinho de Luiz Gonzaga, do prefeito Raimundo Saraiva e da Secretaria de Cultura de Exu.
O cantor e compositor Renato Teixeira foi parceiro de Dominguinhos, um do encontros musicais considerados mais importantes da carreira e lembrou da importância de Luiz Gonzaga e a profecia do Rei do Baião quando ouviu Romaria e definiu que a sua música mexe com os sentimentos mais profundos.
Das lembranças de Dominguinhos, nas entrevistas Renato ressalta: “uma das pessoas mais lindas que Deus já botou nessa terra”.
Sobre ver a própria obra permanecer mesmo após quatro décadas, Renato celebrou: “Isso é o de melhor que poderia acontecer. Eu confesso que eu sonhei com tudo, menos com a perenidade da obra. É a soma de vários fatores que faz a canção ser perene. A sensação é a melhor possível, é quase uma sensação de alívio, de dever cumprido”.
“Já são algumas gerações que eu percebo que acompanham o meu trabalho. É uma coisa que me deixa muito feliz e fazendo acreditar ainda mais no futuro. As coisas que realmente têm valor vão permanecendo. As gerações são espertas”, o cantor e compositor.
Renato ainda lembrou como foi que Elis Regina escolheu gravar uma das maiores canções dele, “Romaria”. “Meu irmão foi muito tempo produtor da Elis. Eu e a Elis quase que não falávamos de música, até que ela pediu para eu mostrar algumas para o disco dessa. Ela acabou escolhendo ‘Romaria’ e ‘Sentimental Eu Fico'”.
“Jamais poderia imaginar que [Romaria] seria uma música perene, que seguiria até hoje. Luiz Gonzaga falou que ‘Romaria’ era a minha ‘Asa Branca’ e falou: ‘Espera 30 anos para você ver o que vai acontecer com a sua música’. A música só me trouxe alegrias”, recordou.
Em um video que circula na internet Renato Teixeira conta: “certa vez, eu abri o show do Luiz Gonzaga quando Romaria estourou. Interpretei a música e o Gonzagão disse que eu tinha encontrado “a minha Asa Branca”. Achei que ele estava brincando. “Sempre que for cantá-la, cante como se fosse a primeira vez”, ele disse. Por isso, quando chega a hora dela numa apresentação, eu sempre me lembro dessa frase.