Obras foram concebidas In Loco no Parque Nacional, situado entre o agreste e o sertão de Pernambuco.
Imaginem. Cinco artistas plásticos com seus cavaletes montados no alto do Vale do Catimbau, como é conhecido o Parque Nacional do Catimbau, que abrange parte dos municípios de Buíque, Ibimirim, Sertânia e Tupanatinga, entre o Agreste e o Sertão pernambucano. Diante da natureza deslumbrante, em uma imersão de dias, as obras nasceram de forma natural. Segundo uma das artistas, Arine Lyra, isso talvez nunca tenha sido feito antes. “Fotógrafos sim, vão com frequência, e fazem imagens belíssimas, mas pintores/paisagistas, nunca soube, exceto os das pinturas rupestres”, brinca com a aventura e as antigas pinturas encontradas no parque.
O Vale do Catimbau é um cenário de beleza exuberante da natureza brasileira. Conhecido por sua rica diversidade geológica, o vale abriga um dos maiores parques nacionais do país. Suas formações rochosas, grutas, cânions, a riqueza da fauna e da flora, e sítios arqueológicos apresentam cenários que são uma fonte inesgotável de inspiração para as artes. Além de sua beleza natural, o local possui um valor histórico e cultural significativo que remontam a tempos pré-históricos, conectando-nos ao passado e à ancestralidade. Suas características únicas e a conexão com a cultura e a história do Brasil tornam o Vale do Catimbau um local verdadeiramente especial.
A partir do convite do artista plástico Antônio Mendes, juntaram-se os artistas Gabriel Petribú, Heron Martins, Pietro Severi e Arine Lyra para duas imersões nestas paisagens. A primeira viagem, com 5 dias de intensas atividades, aconteceu em julho deste ano. Os artistas se instalaram em um sítio local e exploraram as paisagens da redondeza, além da Pedra da Igrejinha. Nesta época do ano, tem-se uma temperatura mais amena com noites frias, e observaram os verdes que compõem vegetação, o variado matiz das pedras e rochedos, recobertos pelo puro azul celeste.
No segundo momento, em setembro, foram mais 5 dias. Os artistas nitidamente observaram as mudanças da paleta da natureza para os tons mais acinzentados. De forma mais planejada, com apoio de guias locais e veículos apropriados, avançaram para regiões mais distantes como o Santuário e o Sítio Arqueológico Alcobaça. Foi uma experiência desafiadora: o sol cáustico, a luminosidade intensa, o vento, o calor, as tintas secando com muita rapidez…
Vale o registro que, possivelmente, lugares como o Santuário nunca tenham recebido artistas para pintura in loco, pelas próprias características um tanto quanto hostis da região para esta atividade. Já no Sítio Arqueológico, acredita-se que os únicos registros remontam do tempo das pinturas rupestres.
As paisagens do Pico da Santíssima Trindade, do Mirante do Brejo São José, da Pedra da Igrejinha, do Santuário, da Pedra do Cachorro e do Sítio Arqueológico Alcobaça foram registradas a partir dos cinco olhares. Pinturas acrílicas e a óleo, em telas ou eucatex, em uma linguagem mais realista ou mais abstrata representam a experiência que os artistas tiveram no contato com a cena.
Neste contexto, os artistas se reúnem nesta descontraída mostra coletiva e convida o observador para, através de suas pinturas, serem transportados para a grandiosidade e singularidade desse lugar, perpetuando a beleza do Vale do Catimbau além das fronteiras geográficas.
SERVIÇO:
O Quê? Mostra Coletiva – Luzes do Catimbau – Cinco Olhares
Quem? Artistas: Antonio Mendes, Arine Lyra, Gabriel Petribú, Heron Martins e Pietro Severi
Onde? Estrada Real do Poço, 418 – Poço da Panela – Recife – PE
Quando? Abertura: dia 09/11 (quinta), das 19h às 22h
Fique Ligado: Demais dias, visita acontece com agendamento prévio – (81) 9.9607-0234
Vox Comunicação sobre release de Arine Lyra