Área técnica da Anvisa recomenda CoronaVac em crianças a partir de 6 anos

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A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, nesta quinta-feira (20/1), a utilização da vacina contra a covid-19 CoronaVac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos (não imunocomprometidas). A indicação atende, em parte, o pedido do Instituto Butantan, feito em dezembro do ano passado, que pedia autorização do órgão regulador para aplicação do imunizante em crianças a partir de 3 anos.

Após a análise, a Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa afirmou que “a totalidade das evidências científicas disponíveis sugerem que há benefícios e segurança para utilização da vacina na população pediátrica“. 

Caso a diretoria colegiada decida pela aprovação da CoronaVac no público pediátrico, a orientação da área técnica é de que a aplicação do imunizante seja limitada a crianças de 6 a 17 anos no esquema de duas doses com intervalo de 28 dias entre elas, assim como é feito na vacinação de adultos com a mesma vacina.

O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, ainda informou que a indicação é de que crianças imunocomprometidas não tomem a CoronaVac, já que estas precisam de uma “atenção especial”.

“Por isso, a nossa sugestão é de que somente crianças de 6 a 17 anos não imunocomprometidas sejam vacinadas com CoronaVac, até que haja a apresentação de novos dados que possam subsidiar a ampliação para uma nova faixa etária”, explicou Gustavo. 

Além disso, orientam que a vacina aplicada em crianças seja de mesma formulação do que aquela utilizada em adultos, devendo ser utilizada também a mesma dose e a mesma posologia.

Nova tentativa

CoronaVac já é aplicada em adultos no Brasil desde janeiro do ano passado, quando o imunizante obteve autorização de uso emergencial pela Anvisa. Este é o segundo pedido do Butantan para que a vacina seja autorizada para ser aplicada no público pediátrico. O primeiro, feito em julho de 2021, foi recusado pela Anvisa pela falta de dados.

Após a manifestação da área técnica, a diretoria colegiada da agência ainda precisa aprovar por votação a utilização da vacina neste público.

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

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