Em meio a conversas sobre a saída do deputado estadual Roberto Carlos do PDT, a situação do parlamentar dentro da sigla pode estar perto de uma definição.
A expectativa para o desembarque do político ocorreu depois que o partido saiu da base de apoio do governador Rui Costa (PT) e migrou para o grupo adversário, liderado pelo ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao Palácio de Ondina em 2022, ACM Neto (DEM/UB).
Em contato com o Bahia Notícias, Roberto Carlos condicionou sua permanência a um eventual retorno do partido para a base do governador Rui Costa (PT). Segundo o deputado, há articulações nesse sentido, mas ainda sem solidez. No final do ano passado, Roberto Carlos já havia sinalizado ao BN que aguarda uma decisão definitiva sobre quem o PDT vai apoiar em 2022 antes de escolher qual caminho seguir.
Mas a equação pode ser simplificada com base nas declarações recentes do deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Júnior, direcionadas aos deputados Roberto Carlos e Euclides Fernandes, que passa por situação semelhante. Segundo o congressista, os deputados que apoiarem Wagner “não têm condições de continuar no partido”.
O posicionamento de Félix aponta que os pedetistas devem reeditar a aliança com os Democratas em Salvador e a nível Bahia para apoiar ACM Neto. Nas eleições municipais de 2020, o partido indicou o nome para a vice de Bruno Reis, que foi ocupado por Ana Paula Matos. A nível nacional, ainda existe a possibilidade de Neto apoiar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República e assim dar palanque ao pedetista na Bahia.
Filiado ao PDT desde 1991, Roberto Carlos não quis dizer se mantém conversas com outros partidos e qual deve ser o seu destino caso deixe a sigla. Segundo interlocutores, o deputado vai fazer de tudo para que o partido retorne para a base de apoio de Rui. Contudo, caso não logre êxito, informações dos bastidores indicam que o PSB pode ser o destino do deputado.
OUTRAS SAÍDAS
Além de Roberto Carlos e Euclides, outros dois parlamentares estão de saída do partido. O também deputado estadual Samuel Júnior e o federal Alex Santana tiveram o processo de expulsão aberto pela executiva nacional do PDT por conta de seus alinhamentos com as propostas do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Um nome praticamente certo para concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados pela legenda é o atual secretário da Saúde da capital baiana e deputado estadual licenciado, Leo Prates, além do próprio Félix.
Fonte: Bahia Notícias