MORRER DE AMOR

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Hoje, na piscina, falávamos do final de semana e Fernanda, nossa fisioterapeuta, perguntou como tinha sido o sábado, Dia dos Namorados.
Conversa vai, conversa vem, estávamos debatendo acerca de amor, de paixão, de casamento e namoro. Uma das pessoas conjeturou que estava casada há uns vinte anos, que a paixão já havia passado, que havia se transformado em um sentimento mais estável. E Fernanda lembrou que paixão é, mesmo, uma coisa que não dura muito, e que se durasse, colocaria em risco o coração dos apaixonados.
Não é que ninguém tinha pensado nisso? Pois há pesquisa científica a respeito, que diz que se um ser humano ficasse apaixonado direto, por anos a fio, seu coração não aguentaria as acelerações constantes, o bater mais forte que acontece quando a gente vê a pessoa que é o motivo da nossa paixão. O fato de ser acometido repetidas vezes dessa arritmia tornaria o coração mais fraco e estaríamos sujeitos a uma síncope.
Pois então, a natureza é sábia. Fernanda diz que a paixão, aquela avassaladora, dura aí um ano, um ano e meio, depois se transforma num amor mais comportado.
Fala-se que não se deve confundir amor com paixão, mas não é à toa que também se morre de amor (ou de paixão), então.

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 44 anos de trajetória. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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