Em Petrolina, principal cidade do Sertão pernambucano, a governadora Raquel Lyra (PSDB) fez sua primeira aparição política em apoio ao candidato Júlio Lossio (PSDB). Ela subiu ao palanque ao lado de figuras como o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, o senador Fernando Dueire, e os deputados Túlio Gadelha, Lucas Ramos e Jarbas Filho. Raquel, que no segundo turno das eleições de 2022 viu sua votação na cidade saltar de 5 mil para 90 mil votos, veio reafirmar seu compromisso com o partido e confrontar a influência do grupo Coelho, liderado por Miguel Coelho (União Brasil), seu antigo opositor e aliado no segundo turno.
No entanto, o que mais chamou atenção no evento foi o discurso contundente do ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho. Única voz dissidente da família Coelho, Guilherme, que até então era cotado para ser o vice na chapa de Júlio Lossio, aproveitou a oportunidade para criticar a atual administração do prefeito Simão Durando, apoiado por sua própria família.
“Estamos vendo uma cidade que cresce para poucos, enquanto a zona rural e os bairros ficam esquecidos. Essa é a realidade que precisa ser enfrentada”, acusou Guilherme, destacando a necessidade de mudanças estruturais para garantir que toda a população de Petrolina seja beneficiada pelos avanços da cidade.
Sua fala representa a única voz dissonante dentro da família Coelho, um tradicional clã familiar com atuação destacada em todo o Sertão.
Única candidatura
Nas eleições municipais de 2024, a cidade de Dormentes (PE), no Sertão do São Francisco, contará com apenas uma chapa na disputa pela prefeitura. Corrinha de Geomarco (PSB) e Jurandir Torres (PSB) são os únicos candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para concorrer aos cargos de prefeita e vice-prefeito, respectivamente.
Dormentes vive uma situação inédita em sua história política. Desde sua fundação, em 1991, esta será a primeira vez que a cidade terá apenas uma chapa concorrendo ao Executivo Municipal. Em todo o estado de Pernambuco, apenas três municípios – Dormentes, Caetés e Solidão – têm um único candidato à prefeitura nestas eleições. Segundo a legislação eleitoral, basta um único voto válido para que os candidatos sejam eleitos, mesmo que a maioria dos eleitores opte por votar em branco ou nulo. Com isso, a eleição para prefeito em Dormentes se torna praticamente uma formalidade.
Enquanto a corrida pela prefeitura está decidida, a disputa acirrada fica por conta das 11 vagas na Câmara Municipal. Ao todo, 19 candidatos concorrem ao Legislativo local, sendo 12 do PSB, partido da situação, e 7 do União Brasil, representando a oposição.
Embate em Iguaracy
Albérico Rocha (PSB), candidato à prefeitura de Iguaracy, no Sertão do Pajeú, reagiu à inclusão de seu nome na lista do TCU, transformando o episódio em uma oportunidade de confronto político. Ele alegou que a rejeição das contas se deu por um erro técnico na documentação, e não por irregularidades.
Fonte: Coluna Folha – por Carlos Britto/Foto: Divulgação