Três cidades de PE com candidaturas sub judice aguardam definições da Justiça

nacional

Em três municípios pernambucanos, os resultados das eleições para prefeito permanecem incertos devido ao status “sub judice” de alguns candidatos. Nas cidades do Cabo de Santo Agostinho, Goiana, e Joaquim Nabuco, os candidatos mais votados ainda não podem ser declarados oficialmente eleitos. As candidaturas de Lula Cabral (Solidariedade), no Cabo; Eduardo Honório (União Brasil), em Goiana; e Márcia Barreto (PSDB), em Joaquim Nabuco, disputam recursos judiciais, o que impede a confirmação do resultado final.

Segundo o advogado especialista em direito eleitoral Emilio Duarte, o termo “sub judice” significa que a candidatura está “sob justiça”, ou seja, ainda pendente de julgamento. Isso acontece quando o pedido de registro do candidato foi indeferido pela Justiça Eleitoral, seja em primeira instância ou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Nesse caso, o candidato recorre para tentar reverter a decisão, enquanto a sua candidatura aguarda uma definição judicial.

Duarte explica que, para que o candidato eleito assuma o cargo, é necessário ser diplomado, processo que ocorre após a prestação de contas dos eleitos. Se a decisão judicial que impede o registo da candidatura não for revertida até à diplomação, o candidato não poderá ser empossado, mesmo tendo obtido a maioria dos votos. Contudo, se a situação for resolvida favoravelmente antes da diplomação, o candidato poderá ser diplomado e exercer o cargo normalmente.

Se a candidatura “sub judice” for definitivamente indeferida após a diplomação, nem o candidato nem o vice-prefeito poderão assumir a prefeitura. Nesse cenário, o presidente da Câmara Municipal, que será eleito em 1º de janeiro de 2025, deverá ocupar o cargo temporariamente até que novas eleições sejam convocadas pelo TRE. 

 (Fonte: Folha PE)Foto: Marcelo Camargo/AgBr

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *