O deputado estadual Diego Castro (PL) criticou, nesta quinta-feira (17), em entrevista à rádio Brado, a direção do partido na Bahia após o resultado das eleições municipais de 2024. Apesar de não mencionar o presidente estadual da sigla, João Roma, o parlamentar atribuiu o desempenho abaixo do esperado à falta de planejamento do partido.
“A gente sai com a sensação de que poderia ter sido melhor. Esperávamos fazer mais prefeituras e mais vereadores, mas infelizmente não tive o apoio que eu esperava da instituição. Lançamos cerca de 170 candidatos do nosso grupo Bahia Direita, mas alguns candidatos não puderam se filiar ao PL por conta justamente da organização em determinados locais. Esperava um apoio estrutural maior para eleger bancadas”, afirmou Diego Castro.
Diego também apontou que o partido cometeu um erro ao não lançar candidaturas em municípios menores. “Cidades como Feira de Santana eu entendo que não tínhamos uma capilaridade para lançar uma candidatura que pudéssemos vencer as eleições, mas em algumas situações não tinham motivos para não lançar candidatos”, avaliou.
“Em algumas cidades menores deveríamos lançar candidatos para marcar posição, para pelo menos eleger uma bancada de vereadores. Nos grandes centros a gente compreende, mas nas cidades pequenas, a meu ver, a gente poderia ser mais incisivo. Se dependesse de mim lançaríamos em todos os municípios menores”, acrescentou o deputado.
O PL do ex-ministro João Roma tem enfrentado críticas internas. Nas urnas, o partido conseguiu eleger apenas um prefeito, em Porto Seguro, com a reeleição de Jânio Natal. Apesar de sua insatisfação, Diego Castro reafirmou seu compromisso com a legenda.
“Estou firme na missão. Temos fé de que nosso presidente Bolsonaro vai voltar em 2026. Sigo no PL, aos trancos e barrancos, contra aqueles que querem me jogar contra os outros. Eu não posso deixar que o desejo daqueles que querem me boicotar seja maior”, finalizou Diego.
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