A 1ª vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se tornou o cargo mais cobiçado do momento, mais até do que a presidência. Isso porque, no entendimento dos próprios deputados, será muito difícil o atual chefe do Legislativo, Adolfo Menezes (PSD), não reunir os apoios necessários para sua recondução, uma vez que tanto na ala do governo como da oposição seu nome é uma unanimidade.
Com isso, os holofotes se voltaram para 1ª vice-presidência, cargo de grande relevância na Mesa Diretora e que, conforme apurou o Política Livre com exclusividade, deverá ser disputado “a unha” por cinco deputados que já se colocaram no páreo: Ivana Bastos (PSD), Niltinho (PP), Vitor Bonfim (PV), Rosemberg Pinto (PT) e Marquinho Viana (PV), este último atualmente ocupa a 2ª vice-presidência da Casa. Dos citados, somente Ivana Bastos confirmou à imprensa o interesse na disputa.
Nos bastidores, o que se comenta é que Adolfo Menezes deverá ser consagrado novamente presidente da Assembleia nas eleições que ocorrerão em fevereiro de 2025. No entanto, as chances para que ele seja demovido do posto também são grandes devido a impedimentos jurídicos, já que ele será reeleito pela terceira vez em uma mesma legislatura. Com isso, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se a recondução de Adolfo Menezes é legítima ou não. Vale lembrar que situação semelhante já aconteceu no Congresso Nacional quando o STF “barrou” a renovação dos comandos de Davi Alcolumbre (União Brasil) no Senado e Rodrigo Maia (PSDB) na Câmara dos Deputados.
“Se Adolfo for afastado, quem estiver ocupando a 1ª vice-presidência vai assumir interinamente até que seja feita uma nova eleição. Com a tinta na caneta para mandar, desmandar e fazer acordos, há grandes chances desse deputado ou deputada ser eleito o novo presidente”, revelou um parlamentar. A fonte também confidenciou que, na sua opinião, “Adolfo assume, mas depois cai”.
O Política Livre também apurou que o bloco da oposição, liderado pelo deputado Alan Sanches (União Brasil), ainda não foi chamado para nenhum tipo de acordo ou até mesmo discussão sobre ocupação de espaços na Mesa Diretora que, tirando a presidência, conta com mais 12 cargos, entre vice-presidências, secretarias e cargos na mesa. Nos corredores da Assembleia corre a informação de que a oposição tem interesse em retomar o comando da TV AL-BA, administrada pela Fundação Paulo Jackson. Hoje, a emissora oficial do Legislativo baiano está sob o comando de Michele Gramacho, filha da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT). A informação, no entanto, não foi confirmada.
Carine Andrade/Política Livre/Foto: Paulo Mocofaya/Agência Alba/Arquivo