Uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half em parceria com o Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) revelou que mulheres e homens têm as mesmas ambições quanto a alcançar cargos de liderança.
A pesquisa comparou as motivações entre entrevistados e entrevistadas em uma média que vai de 0 a 6. Em todos os níveis hierárquicos, os resultados foram próximos. Entre os colaboradores individuais, os homens tiveram uma média de motivação de 4,4 e as mulheres de 4,5. Entre os líderes de equipe, os números vão para 5,1 e 5, respectivamente. Para os líderes de líderes, os resultados são de 5,4 e 5,3. Para os líderes de áreas funcionais, os números ficam em 5,56 e 5,24. Entre os líderes de negócios, homens tem uma média de motivação de 5,49 e mulheres de 5.
Durante a carreira, tanto homens quanto mulheres enfrentam dois principais medos ao ascender na carreira: o de falhar e não ter competência suficiente e a preocupação quanto ao equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal. Esse resultado quebra o mito de que a pouca quantidade de mulheres em cargos é resultado da falta de motivação. Entre os líderes de equipe, eles são 66% enquanto as mulheres são 33%. Quando os cargos são ainda mais altos, ou seja, entre os líderes de líderes, a diferença é mais discrepante: os homens representam 89% e as mulheres 11%.
Para tomar novos rumos, ouvir e analisar as necessidades dos envolvidos pode ajudar. Assim, é possível criar um ambiente organizacional mais acolhedor e promover cada vez mais equidade. “É visível que as empresas estão preocupadas com a igualdade de gênero e que reconhecem seus benefícios, mas não podemos negar que ainda faltam políticas específicas para essa questão no ambiente corporativo”, diz Maria Sartori, diretora associada da Robert Half.
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