
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue na UTI e não tem previsão de alta para esta semana, segundo seus médicos. Ele passou por uma cirurgia considerada complexa pela equipe médica com uma duração de 12 horas.
As informações foram dadas nesta segunda-feira (14) por Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, os cardiologistas Leandro Echenique e Ricardo Camarinha, Guilherme Meyer, diretor Médico do Hospital DF Star e Allisson Barcelos Borges, diretor geral do Hospital DF Star.
Ao contrário do que publicou a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro no Instagram nesta segunda-feira, o ex-presidente segue na UTI e ainda não foi levado ao quarto.
Bolsonaro chegou ao DF Star no sábado (12), depois de ser transferido de Natal (RN).
Essa foi a sexta e mais longa cirurgia abdominal de Bolsonaro desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018. O procedimento durou 12 horas.
Segundo nota divulgada pelo hospital DF Star no domingo (13), o ex-presidente foi submetido a cirurgia de grande porte para remoção de aderências no intestino e reconstrução da parede abdominal.
Ainda segundo o texto, não houve intercorrências nem necessidade de transfusão de sangue. O hospital informou que a obstrução intestinal era resultado de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e foi desfeita.
Bolsonaro estava na capital do Rio Grande do Norte desde sexta, quando foi levado de helicóptero após passar mal no interior do estado, onde participaria de um evento do PL, em favor da anistia aos manifestantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Mariana Brasil/Folhapress/Foto: Antonio Augusto/Arquivo/Ascom/STF
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta segunda-feira, 14, para agradecer e tranquilizar os seus apoiadores após ser submetido a uma cirurgia no intestino no domingo, dia 13. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro afirmou que seu estado de saúde “é estável, mas a recuperação exige cuidados intensivos e será gradual”.
“Essa foi a sexta cirurgia relacionada ao atentado que sofri em 2018, e já é a nona vez que preciso ser internado por complicações decorrentes daquele episódio. No momento, ainda não há previsão para minha alta. Meus mais sinceros agradecimentos para todos neste momento. Um forte abraço em cada um e repito: voltaremos!”, escreveu.
O ex-presidente sentia fortes dores na região do abdome desde sexta-feira, 11, quando interrompeu um evento do Partido Liberal no Rio Grande do Norte e precisou ser levado de helicóptero para a capital, Natal. Na noite de sábado, 12, foi transferido para Brasília em um avião com UTI aérea.
A obstrução que fez Bolsonaro passar mal no Rio Grande do Norte se deu por uma “dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências”. Após a cirurgia, Bolsonaro foi encaminhado para a UTI, aonde permanecia sem dores, recebendo suporte clínico, nutricional e de prevenção de infecções, segundo os médicos.
‘Pós-operatório muito prolongado’
De acordo com a equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, a recuperação do ex-presidente será longa, e não há previsão de alta. Durante coletiva de imprensa na manha desta segunda-feira, os profissionais de saúde descreveram o procedimento como “complexo, trabalhoso” apesar de esperado, e o resultado, como “excelente” e “bastante satisfatório”.
“Vai ser um pós-operatório muito prolongado. Não há previsão de alta nesta semana”, afirmou o cardiologista Leandro Echenique. Em seguida, o especialista em cirurgia geral Cláudio Birolini reforçou a sensibilidade dos próximos dias: “Não temos grande expectativas de uma evolução rápida”, disse.
Rayanderson Guerra, Estadão Conteúdo