Assembleias Legislativas pelo país se movimentam com a possibilidade de ser aprovado projeto de lei que aumenta a quantidade de deputados federais de 513 para 531 a partir da eleição de 2026.
O projeto também criaria, de acordo com a proporcionalidade, vagas para deputados estaduais em Amazonas (6), Ceará (1), Goiás (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (6), Pará (4), Paraná (1), Rio Grande do Norte (6) e Santa Catarina (4) a partir de 2026.
Ao menos dois Parlamentos estaduais já planejam o aumento.
No Amazonas, o presidente da Assembleia, Roberto Cidade (União), defende a proposta desde a divulgação do último Censo, em 2023 —a população do estado foi de 3.483.985 em 2010 para 3.941.175.
Um dos argumentos do deputado é que o número de cadeiras na Aleam, de 24 no total, não é alterado desde 1993. “Quanto mais representantes aqui nesta Casa, mais teremos debates com pessoas que têm ideias diferentes”, disse Cidade, em texto publicado pela própria Assembleia. Procurado pelo Painel, ele não respondeu.
Cidade não informou qual o custo para o Amazonas dos seis novos deputados, mas defende que a Casa tem suas contas equilibradas e estrutura para recebê-los.
Na Assembleia de Goiás (Alego), o presidente Bruno Peixoto (União) é favorável ao novo assento, e a Casa estima gastos de, no mínimo, R$ 913 mil ao ano com mais um deputado.
Duas Assembleias estaduais —as de Minas Gerais e Santa Catarina— disseram aguardar a tramitação da proposta no Congresso e, por ora, não quiseram se manifestar.
Já o presidente da Assembleia do Paraná, Alexandre Curi (PSD), se diz contrário à ampliação. Seu colega Max Russi (PSB), presidente da Assembleia do Mato Grosso, diz que não vislumbra a necessidade de seis novos deputados. No entanto, diz que “garantirá a estrutura necessária para o cumprimento da lei”.
O Painel não conseguiu contato com as presidências das Assembleias de Ceará, Pará e Rio Grande do Norte.
Carlos Petrocilo/Folhapress/Foto: @wilsonlimaam no Instagram