Afonso Florence nega que Jerônimo tenha retornado da China de “malas vazias” e diz que oposição “está encurralada e sem entrega política”

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O secretário da Casa Civil do governo do Estado, Afonso Florence (PT), rebateu as acusações de quadros da oposição que acusaram o governador Jerônimo Rodrigues (PT) de ter “voltado de malas vazias” da recente viagem à China com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) onde foi tratar, entre outros assuntos, sobre a construção da Ponte Salvador-Itaparica.

Em entrevista ao Política Livre, na Assembleia Legislativa, onde participou na última semana de reunião com a bancada do PT, Afonso Florence disparou contra a oposição e afirmou que o grupo fica “malhando em ferro frio”, além de “fazer um jogo típico de quem está encurralado por um governo que faz muitas entregas, já que não tem argumento e nem entrega política”.

De acordo com o secretário, o chefe do Executivo estadual teve uma extensa agenda no país asiático onde participou de reuniões estratégicas com as empresas envolvidas no projeto. Ele adiantou que o contrato com o consórcio chinês está sendo modernizado e que o início das obras está previsto para 2026, com perspectiva de acontecer antes. Afonso Florence também citou que questões administrativas foram acordadas, como o apoio do governo baiano para a agilização dos vistos dos profissionais chineses que virão à Bahia, discussões sobre incentivo fiscal para importação de maquinários e apoio para negociações das empresas para aumentar as operações de crédito junto ao Banco do Nordeste (BNB).

Jerônimo Rodrigues se reuniu com representantes da CCCC e CR20 – acionistas da CPS, concessionária responsável pela obra –, e da CCSCC, empresa chinesa que está ingressando na composição societária da CPS, de acordo com o secretário. “A obra da ponte é parte de um sistema viário complexo e que, atualmente, está em fase de conclusão do projeto executivo. A sondagem já foi finalizada e o projeto básico está sendo concluído. É uma obra extremamente sofisticada, com pilares de mais de 200 metros de altura e vão central de quase 500 metros. Cada pilar exige um projeto específico, de acordo com o solo”, detalhou.

Segundo Florence, o contrato da Parceria Público-Privada (PPP) foi modernizado após parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público de Contas, criando nova matriz econômico-financeira. Ele explicou que a nova configuração do contrato já foi publicada na Bolsa de Valores de Hong Kong e que essa era uma exigência por se tratar de empresas de capital aberto.

“Eles têm até um ano após o aditivo para iniciar as obras, mas nossa avaliação é que com as tecnologias envolvidas é possível começar antes. Ano que vem a gente já vê obra no mar, essa é a minha expectativa. Estamos tratando de ações concretas e necessárias para tirar do papel um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil. A oposição que continue fazendo barulho, enquanto nós seguimos trabalhando”, cravou.

Carine Andrad, Política Livre

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