O sonho do carro próprio ainda não é uma realidade para todos. Mas muito mais do que sonhar, para pôr o plano em prática é preciso atenção e planejamento
Comprar o carro próprio é a realização de um sonho que vem acompanhado de responsabilidades.
Muito mais que escolher um modelo da moda, é preciso avaliar diversos fatores, como o orçamento e as necessidades que o veículo deve atender. Além de tudo, os carros hoje em dia afetam diversos pontos da vida das pessoas.
Adquirir o carro ideal implica em mudanças consideráveis na qualidade de vida e também gera responsabilidades de gastos anuais.
Portanto, ter um conhecimento e planejamento adequados pode facilitar e muito os futuros proprietários. Abaixo segue uma lista com os principais tópicos para se considerar neste momento.
Planejamento financeiro
Tudo tem um começo e a compra de um veículo não segue um caminho diferente. Começar a se planejar financeiramente é muito importante.
O ideal é que a compra de um carro não deve passar de 30% do seu orçamento financeiro.
Isso tudo porque não vivemos só com um carro, temos gastos de moradia, saúde, alimentação e lazer.
Esses seriam os gastos mínimos, existem muitas outras formas de comprometimento da renda familiar. Se precaver nestes casos garantem que conseguiremos honrar a dívida.
A partir deste planejamento podemos calcular o orçamento disponível para a compra do veículo.
Formas de pagamento
Calculado o orçamento inicial, devemos pesquisar as formas de pagamento. Costumeiramente não existe o hábito, devido aos valores elevados, de comprarmos um carro à vista.
Partindo disso, as opções disponíveis mais populares são o financiamento e o consórcio.
Financiamento
No financiamento temos uma entrada – por isso a importância do planejamento financeiro – e alguns vários trâmites burocráticos. A entrada possibilita amortecer o valor das parcelas do financiamento, que pode ser feito em até 60x, e nesta opção é importante estar atento aos juros na hora da transação.
Consórcio
No consórcio de carros a grande diferença é a espera, enquanto no financiamento podemos já sair com o veículo, nesta opção temos que aguardar sermos contemplados.
Em contrapartida, ele não possui juros, não é necessário dar valor de entrada e é possível diminuir o caminho adiantando as parcelas para ter chances maiores de ser contemplado.
Gastos anuais
Está enganado quem pensa que os gastos do automóvel se limitam ao seu valor no ato da compra.
Anualmente é preciso estar preparado para impostos, como o IPVA, seguro, as manutenções de rotina e a oscilação dos valores de combustível. Todas essas opções são recorrentes.
No início do ano temos o IPVA, que pode chegar a até 4% do valor venal do veículo, e o licenciamento, documentação que pode gerar até a apreensão do veículo.
Gastos com a manutenção preventiva, como a troca de óleo, checagem de freios, troca das velas de ignição, do filtro de combustível, entre outros.
Tudo isso para garantir o melhor desempenho do veículo e evitar acidentes ou gastos excessivos no futuro.
E o gasto mais constante é o combustível, sem ele o carro não circula, e quanto mais se usa, mais se gasta.
Então ao comprarmos o carro é preciso estar ciente que com ele vem outros gastos associados que fazem parte da rotina de se ter um veículo.
Qual é o seu objetivo?
É preciso saber qual o fim principal do veículo. Para a família, a melhor opção pode ser um veículo maior, com mais espaço.
Caso seja de uso individual ou até duas pessoas, um carro compacto pode ser a melhor opção.
Outro ponto a se considerar é o fim do veículo. Será utilizado na cidade ou estrada? Asfalto ou terra? Grandes cargas ou bagageiro comum? Tudo isso pode influenciar na escolha entre um veículo de passeio ou um modelo esportivo e mais robusto.
Carro novo, seminovo ou usado
Ainda pensando no bolso, uma boa estratégia é comparar os preços entre carros novos, seminovos ou usados. O que diferencia um do outro é o ano de fabricação e a quilometragem.
Seminovos são veículos com 2 ou 3 anos de baixa quilometragem e usados são veículos com uso prolongado ou contínuo, de certa forma desgastados.
Em todos os casos avaliamos entre um modelo de entrada com menos acessórios ou um modelo completo.
Os acessórios irão diferenciar os valores e cabe avaliar seus usos e auxílios no desempenho.
Essas são as características que podem fazer diferença na hora da escolha entre um modelo novo, seminovo ou usado.
Test Drive
Escolhido o modelo é crucial realizar um test drive, para o condutor poder sentir como o carro é na prática.
Portanto, converse com o proprietário ou dirija-se até a concessionária e dê uma voltinha para saber como irá se sentir ao dirigi-lo.
Pausa Estratégica
Após o test drive é comum que sintamos o desejo de fechar o negócio em seguida, mas é importante segurar a emoção e se manter racional.
Neste ponto, caso seja um carro seminovo ou usado, temos que ir atrás das documentações para averiguar se não há nenhuma documentação pendente advinda do proprietário anterior.
Ao optar por um veículo usado, é importante avaliar a quilometragem e principalmente focar nas características de desgaste.
Alguns carros já passaram por danos por colisões graves e mesmo após reformas, deixam marcas.
Portanto, faça uma vistoria a luz do dia, com um mecânico de confiança, avalie as cores da lataria, simetria no encaixe de peças como as lanternas, para-choque e portas e veja se já aplicaram massa plástica e principalmente se a estrutura do veículo sofreu danos, tudo isso implica no valor do automóvel.
Depois disso é possível avaliar também os futuros gastos com o veículo, como troca de pneus e manutenções necessárias.
Por fim, partimos para a compra do tão sonhado carro próprio. A lista pode parecer complexa, mas para realizar uma compra de veículo segura é preciso muita atenção a fim de evitar maiores problemas.
Por Eric Barbosa