Após sete horas de protesto, os professores da rede municipal de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, desocuparam a sede da Secretaria de Educação, na tarde desta segunda-feira (25).
Os profissionais deixaram o local após a pasta confirmar, através de documento, a data em que os pagamentos atrasados serão feitos.
O grupo chegou à Secretaria por volta das 9h. Eles cobraram o pagamento das 20 horas complementares de março e os 20% de gratificação dos profissionais que atuam nos distritos da cidade. Este valor é referente a nove dias trabalhados em fevereiro e ao mês de março.
A ocupação da Secretaria de Educação aconteceu duas semanas depois da Justiça determinar o fim da greve da categoria.
Professores durante greve em abril de 2022
Segundo o sindicato que representa os professores (APLB), a categoria também cobrou melhorias nas condições das escolas. A entidade afirma que, em algumas unidades, não há efetivo suficiente para todas as turmas, nem merenda escolar.
Ainda pela manhã, a prefeitura da cidade informou que parte dos vencimentos não foi paga por questões administrativas, mas será quitada até a próxima sexta-feira (29).
Apesar do posicionamento, os profissionais decidiram permanecer na sede e tentar um diálogo com a secretária da pasta, Anaci Paim.
Segundo a assessoria da APLB, por volta das 16h os professores receberam um documento da Secretaria de Educação que confirma o pagamento de 50% referente ao salário de março até sexta-feira.
Além disso, o sindicato informou que na terça-feira (26) será realizada uma audiência virtual sobre as condições precárias das escolas do município. O Ministério Público Estadual, a APLB Feira e pais de estudantes participarão da reunião.
Na quarta-feira (27), o grupo fará uma mobilização na Câmara de Vereadores da cidade a partir das 8h30.
Fonte: G1/Foto: Divulgação/APLB