Manifestações em prol da democracia e em defesa do sistema eleitoral brasileiro ocorreram em 13 estados e no Distrito Federal nesta quinta-feira (11). O ato estava marcado desde o anúncio da Carta pela Democracia, organizada por entidades da sociedade civil.
O evento foi considerado simbólico para o momento político que o país atravessa, com temores de uma possível ruptura institucional após as eleições de outubro. O principal polo dos protestos foi o Largo de São Francisco, em São Paulo, onde está localizada a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, iniciou os discursos lembrando vítimas da ditadura. “Nós, da USP, perdemos vidas preciosas durante um período de exceção, as cicatrizes ainda são visíveis, vidas que foram ceifadas pela repressão ou livre pensamento. Nesse período, perdemos 47 pessoas que eram parte de nossa comunidade, nós não esquecemos e não esqueceremos. Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, disse o reitor.
Alguns analistas compararam os atos ao movimento das Diretas Já, em questão e simbologia, uma vez que o Brasil, atualmente, não vive uma ditadura. Um dos motivos da comparação foi o fato de os protestos reunirem setores de ideias tão distintas, como empresários e sindicalistas, em prol de uma mesma pauta.
A queda é fruto da Lei Complementar 194, sancionada por Bolsonaro em 23 de junho deste ano. A lei é fruto do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, de autoria do deputado federal Danilo Forte (PSDB-CE). Ele foi aprovado pelo plenário do Senado em 13 de junho, por 65 votos a 12, retornou para a Câmara dos Deputados para apreciação, antes de ser enviado à mesa do presidente para ser sancionado.
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