Nossa melhor arma é a educação. Salve o Dia do Livro!

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Paulo Carvalho

Transformar clubes de tiro em bibliotecas não deveria ser apenas uma proposta política, mas uma missão de vida! Na Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, 23 a 29 de outubro, praticamente não se ouviu e nem se viu nada a respeito nos últimos programas de campanha dos dois presidenciáveis, muito menos uma programação nacional do atual governo dentro de sua agenda política.

Mas não é de se estranhar, educação nunca foi o forte do governo Bolsonaro, muito menos uma política educacional consistente que poderia até salvar do ostracismo o seu governo, que segue sendo o mais perseguidor do desenvolvimento da ciência, da educação e da cultura.

Fechar clubes de tiro ou transformá-los em bibliotecas não deveria ser uma “assombração” para político algum e nem para os governos, sejam eles de esquerda ou de direita, fascistas, liberais ou comunistas (se é que existem de fato), até porque as armas da democracia e até de regimes ditatoriais passam pelos moldes do conhecimento. Nunca vi governo nenhum avançar, até os mais golpistas, cultivando a ignorância. Precisamos de conhecimento em todos os níveis, o porte de livro é tão ou mais importante quanto o porte de arma, isso é fato!

Temos muitas bibliotecas pelo país e até nos mais longínquos municípios, também em comunidades periféricas, aldeias, favelas, em muitos lugares as bibliotecas, por menores que sejam, resistem, assim como resiste, a fome do saber, do conhecimento, e o mais importante, sempre são visitadas, frequentadas, participativas, mesmo com toda a tecnologia avançada das mídias digitais, dos e-books, dos diversos aplicativos e sistemas de busca na internet, ainda vemos estudantes, sejam crianças, jovens ou adultos manuseando um livro físico, virando páginas, e lendo, não somente o texto escrito, mas as ilustrações, ou somente as ilustrações, que muitos autores usam como texto imaginado pelos leitores.

O mundo dos livros é fantástico, e mais fantástico ainda é saber que esse mundo não está isolado de mundos outros, e eu tenho o maior orgulho e alegria de participar desse mundo numa pequena biblioteca comunitária mantida por uma instituição chamada C.E.U – Centro de Artes e Esportes Unificado, que tem a parceria dos governos federal e municipal e de um grupo gestor da comunidade onde está localizada a biblioteca (Praça CEU).

Incentivar o convívio desses estudantes num ambiente de leitura é mais que uma tarefa social, é mais que um exercício de cidadania, é mais que um dever público, é um ato de amor! Tudo pelo conhecimento, pela VIDA!

* Paulo Carvalho é jornalista, poeta, escritor e Adm. Biblioteca/Praça C.E.U

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