Prêmio Arte na Escola Cidadã divulga documentários dos projetos premiados

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Os filmes apresentam o processo de execução dos cinco projetos premiados e ficarão disponíveis no canal do Instituto Arte na Escola.

Considerado o maior prêmio de arte-educação do Brasil, o Prêmio Arte na Escola Cidadã apresenta na próxima sexta-feira, (25), às 19h, os documentários dos cinco projetos premiados este ano. Voltado exclusivamente para professores de Arte do ensino formal,  e  promovido pelo Instituto Arte na Escola, a premiação é destinada para projetos da Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).  O lançamento desses materiais acontece no canal do IAE (youtube.com/InstitutoArtenaEscola). E estarão presentes Jaqueline Vasconcellos, coordenadora geral do Instituto e Roberta Estrela D’Alva, artista homenageada da edição.

Além dos filmes dos projetos, o Instituto produziu um vídeo de ‘notório saber’, onde a artista homenageada fala sobre a linguagem que trabalha e a relação da arte com os projetos premiados. Em 2022, o prêmio trabalhou pela primeira vez em sua história com a linguagem teatral. Toda a identidade visual do Prêmio foi inspirada em fragmentos da peça “Antígona Recortada – Contos que Cantam sobre Pousospássaros”, bem como todo o material educativo elaborado pelo IAE que todos os inscritos no prêmio recebem gratuitamente.

Divulgação

Na categoria Educação Infantil, quem levou o prêmio foi a professora Ana Angélica Berenguer, de Lauro de Freitas (BA), com o projeto “Raízes Africanas na Educação Infantil: Resgatando a nossa Identidade e Valores”. Ao observar que uma criança branca não estava confortável em interagir com uma criança negra, Ana elaborou o projeto, com o propósito de desconstruir um pensamento preconceituoso desde o início da vida escolar.

O projeto teatral “Canoeiros e Canoeiras das Palavras: construção cênica ‘O Menino que ouvia estrelas e se sonhava Canoeiro’”, foi o vencedor da categoria Fundamental I, e quem levou o Prêmio foi a professora Socorro Camelo, de Marabá (PA). O projeto foi desenvolvido na EMEF Irmã Adelaide Molinari, a partir da leitura do livro do escritor paraense Juraci Siqueira. Então, na busca de resgatar a riqueza da cultura local, a professora Socorro mostrou que havia ali uma identificação entre a história das crianças, que são do campo, com o menino do livro que era ribeirinho. 

Localizada na Terra Indígena Roosevelt, a EIEEFM Sertanista Benedito Brígido da Silva é uma escola que tem uma missão importantíssima: manter viva a cultura de um povo. Foi de lá, que tivemos a vencedora da categoria Fundamental II, a professora Keila Correia, de Espigão do Oeste (RO), com o projeto “De onde vem a cinta do povo Cinta Larga”. Mesmo que na região o português seja pouco usado, pois sua língua materna é o Tupi Mondé, a professora percebeu que para além da oralidade, muitos estudantes sequer sabiam a origem do nome do próprio povo. Foi aí que junto com a comunidade escolar e os sabedores da aldeia, que Keila fomentou o processo de retirada da casca da árvore chamada Imbirema, do processo de pintura e o motivo pelo qual os homens usavam esta cinta.

E quem levou o prêmio na categoria Ensino Médio foi o Ceará! O professor Israel Felix venceu com o projeto “Curta DR: uma proposta pedagógica para o ensino de Arte por meio da criação de curtas-metragens numa escola profissionalizante”. O projeto foi desenvolvido com as quatro turmas de primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual de Educação Profissional Darcy Ribeiro, em Fortaleza. Para a construção dos curtas-metragens, o professor Israel contou com a participação dos estudantes em todo o processo: elaboração do roteiro e composição visual, técnicas de enquadramento fotográfico e cinematográfico, tudo feito por eles. O intuito do projeto é fazer com que eles se tornem protagonistas de sua própria aprendizagem, usando tecnologias contemporâneas para se expressar, retratando suas diversas realidades através da arte. 

Já na categoria Educação de Jovens e Adultos (EJA), a premiada foi a professora Erotildes Oliveira, do município de Itapicuru (BA), com o projeto “Pertencimento com os Encantos do Cordel”, que surgiu através de uma preocupação com o alto índice de evasão nas turmas da comunidade escolar. Grande parte da população dessa região – inclusive os estudantes -, é de baixa renda e vive da agricultura. Com a intenção de resgatar o desejo de seus estudantes pelos estudos, Erotildes propôs uma conexão direta entre Escola x Arte, de modo que a leitura de Cordel se relacionasse com o modo de vida desse estudante, trazendo também a cultura nordestina como ponto de partida para ressignificar a paixão pelo aprendizado.

O Prêmio Arte na Escola Cidadã tem a missão de incentivar professores de arte, dando visibilidade para projetos que guardam em si a potência de transformar estudantes, cidadãos e comunidades. Nesta edição do prêmio, os projetos deveriam ter sido realizados nos anos de 2019, 2020 e/ou 2021, em escolas de ensino regular, públicas ou particulares, de todo o território nacional. Para a realização do prêmio, o Instituto Arte na Escola convoca comissões avaliadoras para selecionar professores de artes que desenvolvem projetos envolvendo uma ou mais linguagens artísticas (música, teatro, artes visuais, dança, etc.).  

 Estes documentários são resultado do XXIII Prêmio Arte na Escola Cidadã, que tem como objetivo dar visibilidade a projetos desenvolvidos por professores de Artes em exercício, bem como reconhecer e divulgar projetos exemplares nesta área de conhecimento. Este é um projeto do Instituto Arte na Escola (@iartenaescola), realizado pelo Governo do Estado de São Paulo através do Programa de Ação Cultural (ProAC) e patrocínio da Sky e Iochpe Maxion.

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Sobre o Instituto Arte na Escola – Há mais de 30 anos, o Instituto Arte na Escola (IAE), qualifica, incentiva e reconhece o ensino da arte na Educação Básica brasileira, defendendo que a arte é um objeto do saber e que desenvolve nos alunos habilidades perceptivas, capacidade reflexiva e incentiva a formação de uma consciência crítica, não se limitando à auto expressão e à criatividade. Desde 1989, promove as seguintes iniciativas permanentes: formação docente continuada (Rede Arte na Escola, cursos online, semi presenciais e presenciais e percursos formativos); produção e distribuição de materiais educativos para subsidiar os educadores, realização do Prêmio Arte na Escola Cidadã e selo Arte na Escola (edição de materiais para educadores e alunos, em parceria com editoras). 

Ascom mika.artenaescola@gmail.com

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