Foto: Reprodução/Instagram
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro postou nas redes sociais uma foto segurando um suposto comprovante de vacinação ao lado do médico que teria aplicado o imunizante contra a Covid-19.
“Dr. Albert Levy, formado pela UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], emigrou para Nova York. Ele foi o responsável por me vacinar”, escreveu Michelle.
Na foto, ela aparece de máscara, ao lado do médico, que também usa a proteção facial, e segura o seu suposto comprovante de vacinação com uma das mãos. A qualidade da imagem, porém, não permite identificar o que está escrito no papel.
O médico fechou suas contas na rede social após a publicação da ex-primeira-dama. Ele tem uma clínica em Nova York.
Na manhã desta quarta (3), a residência dela e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF). O órgão ainda cumpriu mandado de prisão contra alguns dos ex-assessores mais próximos do ex-chefe do Executivo.
A PF apura se os suspeitos inseriram dados falsos no sistema do ministério para conseguir viajar aos Estados Unidos.
Mais cedo nesta quarta, Michelle afirmou nas redes sociais que foi a única de sua casa a tomar o imunizante contra a Covid-19. “Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria ‘falsificação de cartão de vacina’ do meu marido e de nossa filha, Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada”, escreveu ela.
“Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos”, disse ainda a ex-primeira-dama. Michelle também afirmou que apenas o celular do ex-presidente foi apreendido.
Também Foram alvos de mandado de prisão Sergio Cordeiro, segurança de Bolsonaro, Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens, Ailton Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022, e João Carlos de Sousa Brecha, secretário em Duque de Caxias (RJ).
Michelle também é investigada nesse caso.
As medidas são no âmbito de uma investigação, diz a PF, sobre uma suposta “associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde”.
Mônica Bergamo/Folhapress
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