Por que o implante é o método mais seguro para a reposição hormonal?

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Estudos científicos apontam que a reposição hormonal via implantes traz benefícios como o aumento de massa óssea e a redução do câncer de mama. O tratamento também ajuda a reduzir possíveis sintomas psiquiátricos, como a depressão. A TRH é uma forma complementar de cuidar da saúde da mulher e precisa ser ajustada conforme as necessidades de cada paciente.

Apesar dos inúmeros avanços no campo da medicina, dos recursos tecnológicos disponíveis e da facilidade de comunicação nos dias atuais, muitas mulheres ainda resistem a terapia de reposição hormonal, principalmente devido à carência de informações, fato que dificulta o acesso de muitas pacientes ao tratamento.

A reposição hormonal consiste na administração de hormônios, tais como a progesterona, o estradiol e a testosterona, com intuito de promover o equilíbrio dos níveis dessas substâncias e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das pacientes.

Mulheres na fase da menopausa, normalmente, necessitam da terapia de reposição hormonal (TRH). O tratamento auxilia na diminuição de sintomas como ondas de calor, suores noturnos, insônia, secura vaginal, falta de libido, entre outros. Também pode ser usada para melhorar outras condições médicas, como osteoporose, depressão e enxaqueca. Estudos indicam que ajuda na prevenção de doença como Alzheimer, infarto e AVC.

Parte desses sintomas está relacionada à diminuição dos níveis de hormônios sexuais, é o que aponta um estudo divulgado no Europe Journal Breast Heath, em 2021. De acordo com a publicação, a reposição hormonal traz benefícios a longo prazo para as mulheres e sugere reduzir os riscos de vários tipos de doenças, inclusive, o câncer de mama.

As principais vias de admnistração são: via oral (comprimidos), gel, transdérmica (através da pele), vaginal e implantes. No entanto, a escolha do tipo de tratamento deve ser feita pelo médico, levando em consideração necessidades e características de cada paciente.

Nos consultórios, ainda hoje, a pílula e o gel são os métodos mais utilizados, mas não necessariamente os mais seguros para a mulher. O tratamento via oral, por exemplo, pode aumentar os riscos de trombose e ocasionar possíveis riscos à saúde. O esquecimento também pode ser um fator importante para as pacientes, devido ao uso diário do remédio.

Em relação ao gel, é importante tomar alguns cuidados para evitar que o produto seja transmitido para outras pessoas, em especial, as crianças, já que ele pode permanecer na pele por mais tempo. Já os implantes garantem concentrações constantes dos hormônios por um período mais prolongado e não precisam ser aplicados diariamente.

O implante hormonal ainda apresenta outras vantagens em relação aos demais métodos de reposição hormonal, como, por exemplo, a durabilidade. Ademais, é possível usar hormônios isomoleculares e bioidênticos – que correspondem a moléculas exatamente iguais àquelas que a paciente produziu pelo corpo, ou seja, sem modificar sinteticamente a molécula para que ela seja absorvida via oral -, com menos efeitos colaterais.

Estudos científicos apontam os benefícios da reposição hormonal via implantes, como o aumento de massa óssea e a diminuição do risco de câncer de mama, além de reduzir alguns sintomas psiquiátricos, como a depressão.

Antes de iniciar a terapia de reposição hormonal é essencial realizar uma avaliação completa, incluindo anamnese, com solicitação de exames laboratoriais. É preciso que a paciente adote um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e prática de atividades físicas. A TRH é uma forma complementar de cuidado à saúde, sendo monitorada periodicamente pelo médico e ajustada anualmente de acordo com as necessidades de cada paciente.

Vinícius Carruego (CRM-SP 172911) é ginecologista formado pela UFBA, pós-graduado em Ciências da Obesidade e Sarcopenia e especialista em Endoscopia Ginecológica

Assessoria de Imprensa

Maria del Carmen González Azevêdo – Jornalista (DRT 3335)

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