Evento interdisciplinar que promove educação tem parceria da UniFTC.
Um épico histórico inspirado na trajetória religiosa do sacerdote católico brasileiro, Padre Cícero, movimentou o meio acadêmico, jurídico e cultural do Vale de São Francisco nos dias 27 e 28 de outubro. Mais de 1 mil estudantes e grandes nomes da área do Direito prestigiaram a 4º edição do Júri Épico no Instituto Federal do Sertão de Pernambuco (IF Sertão PE), campus Petrolina.
Padre Cícero, conhecido por muitos como Padim Ciço, estava no banco dos réus, foi julgado e os jurados decidiram inocentá-lo. De um lado a bancada de defesa defendendo a igreja, a santidade, a esperança e a fé do povo nordestino, do outro lado, a banca acusatória denunciando o padre por homicídio e associação criminosa. O evento contou com palestras, debates, músicas e apresentações culturais. O julgamento contou com a apresentação de argumentações de promotores de justiça e advogados de renome do Brasil.
“A cada ano o projeto ganha mais amplitude. Um movimento interdisciplinar com a presença de vários advogados e juristas dos quatro cantos do país. É bom também perceber que a UniFTC nos acolhe a cada ano, estimulando o desenvolvimento acadêmico e profissional”, disse o coordenador do projeto e professor da UniFTC, Anderson Araújo, que interpretou no júri épico como testemunha de defesa, o saudoso bispo da Diocese de Petrolina, Dom Malan.
A aluna do curso de Direito da UniFTC de Petrolina, Victoria Cristiane Jesus da Cruz, teve a oportunidade de vivenciar mais uma edição do Júri e comenta sua experiência. “É muito bom ter este contato com pessoas do meio e adquirir mais conhecimento sobre o Tribunal do Júri. Fazer networking e aprender é sempre importante para quem pretende alcançar mais oportunidades no mercado de trabalho”, enfatizou.
“Está sendo minha primeira experiência e estou muito feliz com este movimento. Palestras, shows, apresentações incríveis foram exibidas, além do contato com as áreas Civil e Penal através de grandes profissionais”, afirmou Murilo Zachi, aluno do 4º período do curso de Direito na instituição.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Petrolina, Marcílio Rubens, ressalta a importância do evento. “O projeto traz a união da cultura e ensino técnico associados com fatores externos do convívio da Academia. Isso intensifica o conhecimento e estimula os estudantes a participarem de outros eventos da mesma natureza e a desenvolverem novos projetos. A OAB através da Escola Superior da Advocacia participa ativamente da iniciativa e vem incentivando que os novos profissionais tenham a formação de conhecimento cultural e valorizem suas raízes. É muito gratificante ver o projeto ganhar mais força e valor”, argumentou.
A ação acadêmica reuniu profissionais renomados como a juíza de Direito, Elane Brandão, e os advogados criminalistas Rawilisson Ferraz, Elida Fabricia, Rodrigo Santoro, Luciano Fucsz, Jorge Wellington e Marcilio Rubens, além do promotor de justiça do MPGO, Danni Sales e advogados de acusação Alexandre Neto, Amaury Andrade e Victória Gonçalves, também docente da UniFTC.
O coordenador do curso de Direito da UniFTC de Petrolina, Mário Cleone, destacou que o momento foi de muito aprendizado e educação. “A instituição é parceira desde a primeira edição, pois o movimento exerce um papel fundamental na preparação e no desenvolvimento dos estudantes. O encontro valoriza a história, a arte, além de consolidar o aprendizado e desenvolver habilidades profissionais. O júri simulado é inovador, pois estimula a autonomia e participação dos alunos de forma integral, uma prática pedagógica priorizada pela UniFTC”.
O Júri Épico é um evento acadêmico promovido desde 2019 na região do Vale do São Francisco comandado pelos alunos do curso de Direito da UniFTC e de outras instituições de ensino superior, juntamente com a Escola Superior da Advocacia de Pernambuco (ESA/PE) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Petrolina).
Em 2019, 2020 e 2022, a Rede UniFTC movimentou as histórias com os júris populares de Lampião, o Rei do Cangaço, de João Grilo, famoso personagem de Ariano Suassuna e do personagem Cabeleira, de um romance regionalista do século XIX, escrito pelo autor cearense Franklin Távora.
Por Vânia Castro
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