Em entrevista ao jornal “O Globo”, a primeira-dama Janja falou sobre os desafios de ampliar a presença feminina na política e o incômodo ao ver reuniões em Brasília dominadas por homens. Em dez meses no poder, Lula demitiu três mulheres que ocupavam postos-chaves — Daniela Carneiro do Ministério do Turismo, Ana Moser do Ministério dos Esportes e Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica Federal — para abrigar outros nomes indicados por caciques do Congresso. “Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de batom”, disse.
Janja também comentou a vontade de ter um gabinete formal no Palácio do Planalto, onde o presidente despacha. Esse plano foi descartado por conselheiros de Lula que viram risco de atrair a fúria da oposição. Janja contesta a decisão: “A primeira-dama dos Estados Unidos tem um gabinete oficial. Ela tem agenda, tem protagonismo e ninguém questiona isso. Por que o Brasil questiona? Por que aqui tudo parece mais difícil?”.
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo Agência Brasil
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