Nesta sgunda, dia 08 de abril, um grupo de mães está fazendo chamamento para uma caminhada nas ruas de Remanso.
Diferente de outros grupos, esta é uma iniciativa, que além de pioneira, leva para as ruas renúncia, dedicação e muito, muito amor. Levam para as ruas a vontade de luta e a voz, para a sociedade conhecer e entender mais e esse conhecimento leve ao fim da incompreensão e do preconceito.
À frente da iniciativa um grupo de mães, que se formou no início de deste ano em Remanso, autodenominando-se AMARE – Associação de Mães Atípicas e reúne, como informa Alcilene Dantas, em torno de 70 mães com filhos neuro atípicos da comunidade. Crianças com autismo, a maior parte, síndrome de Down e paralisia.
Vão levar para as ruas a enormidade das renúncias que fazem, de coração leve e alma tranquila, para que seus filhos tenham uma vida que se aproxime da “normal” e possam usufruir de todos os avanços que a sociedade oferece.
Vão levar para as ruas conhecimento e a exigência de respeito. Levam amor, como tanto nunca se viu e o clamor para que seus filhos sejam tratados de forma humanizada e com qualidade, tenham reconhecido seus direitos e o fim do preconceito e da rejeição
Entre si estão de mãos dadas, aprendem e ensinam, cada uma cuida de todas e todas se cuidam; não se queixam, mas reclamam e levaram as reclamações ao prefeito, foram atendidas e houve compromissos, querem agora que Remanso inteiro escute.
Segunda-feira a partir das 16:00 horas levantam a voz nas ruas. Cada mãe, cada coração humano é chamado para ouvir, participar e conhecer as dificuldades.
*Porque a mobilização em abril*
O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo e a denominação “Abril Azul” foi estabelecida em 2007 pelas Nações Unidas e, desde então, vêm sendo celebrados como forma de aumentar a conscientização relacionada a todos os aspectos do transtorno do espectro do autismo (TEA).
Em Remanso há em torno de 180 crianças com laudos e, provavelmente, bem mais, sem confirmação, porque a neuropediatra só vem a Remanso a cada 30 dias e por exiguidade de tempo nos dias e horários estabelecidos, não consegue atender a toda demanda. Mais dias mensalmente com a presença de neuropediatras. Este foi um dos pleitos levados ao Prefeito Marcos Palmeira.
Por Manoel Leão