Os homens não precisam esperar o Novembro Azul chegar para cuidar da saúde. Eles também não precisam alcançar certa idade ou sentir sintomas para consultar um urologista. Muito menos devem aguardar o diagnóstico de uma doença para decidir melhorar hábitos de vida. A existência de doenças urológicas desde a primeira infância revela que desde os primeiros anos da vida de um menino ele precisa ser bem avaliado não só pelo pediatra, mas também pelo urologista. Este cuidado também precisa ser priorizado na adolescência, na fase adulta e, em especial, na terceira idade.
De acordo com o urologista geral e pediátrico Maurício Sanches Jorge, os cuidados com a saúde masculina devem começar na infância, quando problemas como fimose, testículos não palpados (criptorquidia) e outros achados no aparelho urinário são observados pelos pais com ajuda do pediatra. Também frequente, a infecção urinária em crianças precisa ser tratada com brevidade assim que diagnosticada. “Embora no adulto os sintomas mais comuns sejam ardor ao urinar e odor forte, nos pequenos a doença geralmente se manifesta com febre, perda de apetite, vômitos, dor abdominal ou lombar, diarreia ou constipação grave e irritabilidade. O tratamento é feito com antibióticos específicos”, explicou o especialista.
Problema muito comum na infância, a incapacidade de retrair o prepúcio que dificulta ou impossibilita a exposição da cabeça do pênis (glande), conhecida como fimose, pode dificultar a higiene e/ou provocar sintomas como inchaço, incômodos durante a micção, secreções com mal cheiro, sangramento e dificuldade de controlar a vontade de urinar. Quando isso acontece, é preciso tratar. “Nos casos em que o tratamento clínico não resolve, a cirurgia de postectomia (circuncisão) é indicada. Quando a fimose não é cuidada adequadamente, o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) no futuro é maior”, declarou o urologista integrante do grupo URO+ Urologia Avançada e Cirurgia Robótica.
Quando a maioria das meninas entra na puberdade, a visita a um(a) ginecologista é algo natural, inclusive para esclarecer dúvidas sobre a sexualidade, mas a consulta a um urologista é menos frequente entre adolescentes do sexo masculino. Além de acompanhar o desenvolvimento das características sexuais masculinas secundárias, a consulta urológica na adolescência pode ser muito útil para esclarecer dúvidas e prevenir “doenças de adulto”. “Algumas das patologias uro-pediátricas, quando não tratadas adequadamente, podem levar a consequências sérias, a exemplo da perda da função renal”, frisou.
Na fase adulta, doenças como cálculo urinário e alguns tipos de câncer urológico (próstata, bexiga e rins, por exemplo) aparecem com maior intensidade. Já na terceira idade, é mais comum a ocorrência de disfunção erétil, hiperplasia benigna da próstata, além de diversos tipos de câncer. O diagnóstico precoce de tumores urológicos amplia muito as chances de sucesso do tratamento. “A maioria deles não apresenta sintomas em estágios iniciais, quando os tratamentos devem ser iniciados. Também por isso, em todas as fases da vida do homem, o cuidado com a saúde deve ser priorizado e jamais adiado”, concluiu Maurício Sanches Jorge.
Carla Santana/Assessoria de Imprensa