FIEB traça estimativas para a atividade industrial da Bahia em 2023

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A produção da indústria baiana deve fechar o ano com crescimento de 5%, num movimento de recuperação após quase três anos de expressivo declínio, tendo queda de 14,3% em 2021, de acordo com a PIM-PF, do IBGE. Para 2023, a expectativa é que o setor acompanhe o desempenho nacional, com um aumento de apenas 0,3% na atividade industrial, segundo estimativa da gerência de Estudos Técnicos da FIEB.

Os segmentos que mais devem contribuir para este crescimento industrial do estado no próximo ano são: Construção, apesar de um movimento de desaceleração com aumento dos juros; Refino, muito em função da Refinaria de Mataripe, com máxima operação das unidades; Química, que ainda se beneficia da alta nos preços de 2022; e Metalurgia, com destaque negativo por conta do pedido de recuperação judicial da Paranapanema (dez/2022).

Os empregos formais gerados pela indústria baiana vêm crescendo desde 2020 e devem fechar o ano com crescimento de 12,7%, puxado pelas áreas de Construção Civil e Calçados. Em 2023, esses segmentos devem continuar empregando, embora em ritmo menos acentuado.

A Bahia continua atraindo investimentos no segmento de geração de energia eólica e solar, aproveitando suas condições naturais e há grande expectativa sobre a conclusão e início das operações da primeira fábrica de Hidrogênio Verde do Brasil (Unigel) em 2023.

No entanto, excluindo estes segmentos, a Bahia tem apresentado baixa atratividade para novos investimentos.

Brasil – De acordo com as projeções setoriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB da Indústria deve crescer 0,8% em 2023. Já o PIB da Indústria da Transformação deve aumentar +0,3% e o da Indústria da Construção Civil deve subir 2,0% no próximo ano.

Com um cenário nacional complicado, o próximo governo vai enfrentar alta nas taxas de juros, alto déficit nominal, elevada dívida pública, índice ainda alto de desemprego, incertezas fiscais e instabilidade política. “O futuro governo terá um início de mandato difícil, com a necessidade de arrumar a casa e conter gastos. Por conta desses fatores, espera-se crescimento muito baixo em 2023 (+0,75%)”, destaca o superintendente da FIEB, Vladson Menezes.


Federação das Indústrias do Estado da Bahia – Sistema FIEB
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