Pacientes têm a oportunidade de conhecer o Natal do Campo Grande

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A equipe da S.O.S. Vida organizou a visita de três pacientes e familiares ao local, com deslocamento de ambulância e todos os cuidados necessários. O pequeno Luiz Guilherme, de 3 anos, que hoje vive acamado e respira por ventilação mecânica, já vivenciou esse momento de descontração e alegria.

O Natal vai ser mais mágico do que nunca para três pacientes da empresa de home care S.O.S. Vida, que, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e cuidados especiais, poderão sair de casa para conhecer o Natal do Campo Grande. O pequeno Luiz Guilherme Soares, de 3 anos, fez a visita na última segunda-feira e viveu um momento de alegria ao lado de seus familiares. Na próxima semana, nos dias 20 e 21, outras duas pacientes irão realizar o passeio.

O que torna o passeio mais especial é que os três pacientes têm condições especiais e utilizam ventilação mecânica, tendo dificuldades para sair de casa. Luiz Guilherme, por exemplo, tem uma Doença Muscular Progressiva, escoliose e um atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. A equipe da S.O.S. Vida, da qual o menino é paciente em home care, fez todo acompanhamento para que esse momento familiar de magia fosse possível.

“Luiz Guilherme é uma criança que gosta muito de sair, mas com a pandemia e com o quadro de saúde dele hoje, tem sido mais raro termos conseguido fazer isso. Como ele vem desde muito pequeno em tratamento, essa foi a primeira vez que ele viu a decoração de Natal e estamos muito felizes com essa possibilidade”, conta a mãe, Ana Beatriz Soares.

Além dela e de seu esposo, outros parentes de Luiz Guilherme, como as avós, primos e a madrinha se mobilizaram para poder acompanhar o momento em família.

Nos últimos anos, eles passaram por momentos difíceis. Segundo a pediatra da S.O.S. Vida, Morgana Porto, em 2020, o menino precisou ser internado, com um quadro de hemorragia pulmonar, que foi controlada, mas agravou o quadro de saúde.

“Nosso objetivo em manter Luiz Guilherme em home care é justamente dar a ele uma vida próxima da família, amigos e dentro de sua casa, com seu espaço. Poder levar ele para fazer esse passeio é uma alegria indescritível. Estamos mobilizando uma equipe e tudo que é necessário para que esse momento tenha a máxima segurança”, aponta Morgana.

Mais visitas

Na segunda-feira, dia 20, a jovem Lara Beatriz, de 17 anos, será a próxima a decoração de Natal no Campo Grande. Com um diagnóstico de distrofia muscular congênita, alterações ósteo-articulares e outras questões de saúde que exigem a respiração por ventilação mecânica e assistência de saúde permanente, ela também contará com o apoio e acompanhamento da S.O.S. Vida para vivenciar esta experiência fora de casa.

Da mesma forma, Luciana de Castro, paciente de 57 anos que é acamada e traqueostomizada, permanecendo sob cuidados do home care, vai realizar, no dia 21, o passeio.

A supervisora de Fisioterapia da S.O.S. Vida, Andréa Couto, destaca que realizar ações como essa faz parte de um olhar mais amplo para o paciente, buscando tratar os sintomas físicos, mas também proporcionar experiências que ajudem no controle de questões emocionais, trazendo alegria e bem-estar para o paciente e seus familiares.

“Há alguns anos, fizemos nossa primeira visita ao Natal do Campo Grande com uma paciente que tinha esse sonho. Foi um momento de muita alegria e decidimos então manter esses passeios para outros pacientes que tenham interesse e que seja possível realizar com segurança”, conta. 

Saúde mental e bem-estar

A psicóloga da S.O.S. Vida, Cláudia Cruz, aponta que ações que promovem saúde ajudam na valorização do ser humano e, neste sentido, são importantes e devem fazer parte do contexto de cuidados em saúde. 

“Oportunizar ao paciente, muitas vezes acamado, restrito ao leito, com grande comprometimento na sua funcionalidade, bem como envolver a família em ações que promovem saúde só agrega valor e traz benefícios para todos os envolvidos, inclusive quem promove essas ações. É uma forma de trazer vida, prazer num contexto que sabemos que, por si só, já gera sofrimento psíquico”, pontua a especialista. 

Ela ainda reforça que estas ações ajudam a quebrar a rotina, tirar o foco da doença e do tratamento e aproximam a vida da normalidade. “Todos esses benefícios geram bem-estar e melhoram a qualidade de vida de todos os envolvidos”, conclui. 

Por Litiane de Oliveira/Foto: Divulgação

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