O STF (Supremo Tribunal Federal) tornou réus nesta segunda-feira (22) mais 250 pessoas acusadas de participar dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro.
Esta é a quinta rodada de análise de denúncias apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) após os atos antidemocráticos promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O julgamento começou na última terça-feira (16) e tinha prazo até as 23h59 desta segunda, mas às 19h todos os ministros já haviam votado.
Nesta análise estavam os casos dos que teriam incitado a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes, em associação criminosa.
Eles foram presos na manhã do dia 9 de janeiro, no acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, e compõem o grupo chamado de incitadores, sem envolvimento direto no vandalismo aos prédios.
Votaram pela abertura das ações penais contra este grupo os ministros Dias Toffoli, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin.
Eles seguiram o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, que votou para receber as denúncias e transformar os acusados em réus. Já Kassio Nunes Marques e André Mendonça opinaram contra o recebimento.
Até o momento, 1.045 acusados já se tornaram réus no Supremo devido aos atos golpistas. O tribunal abriu 100, 200, 250, 245 e 250 ações penais, respectivamente, contra envolvidos.
Ao todo, 1.390 pessoas foram denunciadas pela PGR por envolvimento nos ataques. Em manifestações sobre o caso, a Procuradoria afirmou haver conjunto probatório para sustentar a acusação, como imagens, mensagens e testemunhos.
O material aponta a existência de uma situação estável e permanente de uma associação formada por centenas de pessoas para atentar contra as instituições.
Constança Rezende/José Marques/Folhapress
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