A Polícia Federal (PF) realizou a prisão de mais um envolvido nos atos terroristas do 8 de janeiro. Identificado como Diego Dias Ventura, o bolsonarista teve a prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação faz parte da operação Lesa Pátria, que busca identificar pessoas que participaram, financiaram, se omitiram ou fomentar os ataques na Praça dos Três Poderes.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, essa não é a primeira detenção de Ventura. O comerciante chegou a ser preso no dia 24 de dezembro junto a outros sete apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a caminho do STF.
O motivo, de acordo com a Polícia Militar, foi a posse de armas brancas, como estilingues, faca e também rádios comunicadores. O grupo foi liberado após assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência.
Apontado como líder de grupo extremista, Diego Dias Ventura foi registrado em vídeos compartilhados pela página Direita Limpa na parte interna da Praça dos Três Poderes e nas dependências do Supremo. Nas imagens, ele aparece ao lado da extremista Ana Priscila Azevedo, alvo de uma operação da PF em janeiro e que está presa preventivamente.
Ventura também integrava a Associação Brasileira de Patriotas e administrava grupos no aplicativo Telegram de apoio ao ex-presidente. Desde a derrota de Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais, o militante, que é influente nas redes sociais, participava de manifestações antidemocráticas na porta do Quartel-General do Exército em Brasília.
“Relatório diário de doação da Direita Limpa ao QG de Brasília. Precisamos de 9 k para 1 caminhão de água. Segue o pix para quem desejar e puder”, dizia trecho de postagem atrelada ao pix de Diego Ventura.
De acordo com dados obtidos no Portal da Transparência, o bolsonarista recebeu auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19.
Informações divulgadas pelo jornal O Globo
