Sobradinho registra três casos do novo coronavírus, neste sábado (20)
A Secretaria de Saúde de Sobradinho registrou três casos do novo coronavírus, em Boletim Epidemiológico divulgado deste sábado (20). Com esta atualização, o município passa a contabilizar 117 casos da infecção, com 8 óbitos e 32 curas clínicas.
Os novos pacientes são duas mulheres de 37 e 38 anos e um homem 28 anos, todos diagnosticados através de teste rápido.
Já declarada transmissão comunitária no município, a Vigilância epidemiológica informa os bairros e quadras com casos da doença, são: Bairro Santana, Portelinha, Quadras S07, S19, S21, S13, S09, S15, S17, N18, N20, N14, N16, N12, N22 do bairro São Joaquim, Loteamento Paulo Pacheco e Quadras 1, 2 e 3 do Bairro São Francisco.
A Secretaria de Saúde pede a comunidade que fique em casa, evite aglomerações, higienize as mãos corretamente e use máscara, caso seja necessário ir as ruas.
Qualquer dúvida ou denúncias referentes a Covid 19, a população pode ligar para: Vigilância Sanitária: (74) 98814 0095 ou Vigilância Epidemiológica: (74) 9 8818 3736.
Ascom PMS
Mais de 4 mil ventiladores pulmonares foram distribuídos aos estados e municípios
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto na noite desta quinta-feira (18), o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que desde o início de maio até o momento, a pasta distribuiu 4.435 ventiladores pulmonares a estados e municípios. Destes, 2.510 foram destinados às Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 1.925 para transporte – equipamentos utilizados em ambulâncias, por exemplo.
Segundo o Governo Federal, todas as unidades da Federação receberam respiradores. Os equipamentos foram distribuídos conforme as necessidades de cada local e entregues às secretarias estaduais de saúde, que em plano conjunto com as secretarias municipais, os redistribuem entre os municípios.
“Os ventiladores pulmonares para transporte servem para possibilitar o transporte e evacuação médica de um paciente em estado mais grave, no qual ele necessite de suporte ventilatório de uma área onde não há os recursos necessários para o tratamento do paciente”, destacou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
Durante a coletiva, Franco informou também que os recursos federais repassados a estados e municípios em 2020 é da ordem de R$ 49,4 bilhões, sendo R$ 9,6 bilhões exclusivamente para o enfrentamento da Covid-19.
Portaria
O Ministério da Saúde afirmou ainda que está preparando uma Portaria com orientações gerais visando a prevenção, o controle e a mitigação da transmissão da Covid-19. Segundo a pasta, o documento está sendo preparado e deve ser publicado em breve.
“A Portaria visa contribuir com as ações para retomada segura das atividades e o convívio social seguro. São regras gerais que orientarão essa retomada das atividades de maneira segura”, afirmou Elcio Franco.
Brasil61
Presidente do TCU orienta gestores a agirem preventivamente ao prestar contas sobre gastos com o coronavírus
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu 29 frentes para acompanhar os gastos dos gestores para combater a pandemia do novo coronavírus. Segundo o presidente do órgão, José Múcio Monteiro, a orientação para governadores e prefeitos é que ajam preventivamente, informando ao tribunal o que está sendo feito.
Monteiro se reuniu com deputados e senadores nesta quinta-feira (18). No encontro, os parlamentares da comissão mista que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19 se mostraram preocupados. O temor deles é de que os gestores gastem mais recursos e sejam acusados pelos órgãos de controle posteriormente.
Alguns parlamentares pediram que o TCU atue exigindo mais planejamento dos gestores para que os gastos sejam bem feitos. Ao todo, o tribunal abriu 62 processos durante a pandemia, que buscam apurar irregularidades.
Brasil61
Ministro Rogério Marinho e prefeito Miguel Coelho inauguram residencial popular e anunciam investimentos para Petrolina nesta segunda
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, desembarca em Petrolina, nesta segunda-feira (22), para uma série de agendas no Sertão. Junto com o prefeito Miguel Coelho e o senador Fernando Bezerra, o ministro fará a entrega simbólica de 496 moradias do residencial Pomares e o anúncio de novos investimentos para o município. A inauguração ocorre às 9h e não será aberta ao público por conta das regras de controle da pandemia na cidade sertaneja.
Além da entrega das moradias populares, a agenda do ministro terá visitas à nova sede da Codevasf e a uma fazenda de frutas de Petrolina. Os compromissos serão acompanhados também pelos deputados Fernando Filho e Antonio Coelho. Esta é a primeira agenda institucional do ministro Rogério Marinho em Petrolina.
Cólica em bebês não é doença, mas pode ser tratada com fórmulas especiais, na falta de aleitamento materno
A cólica dos bebês causa arrepios na maioria dos pais, pois embora não seja algo grave, clinicamente falando, interfere de maneira importante na qualidade de vida dos recém-nascidos e de toda a família.
“Como a cólica não é uma doença, não tem tratamento. Porém, é possível melhorar a condição dos bebês por meio da utilização de fórmulas nutricionais quando eles não recebem mais o leite materno. Existem várias opções no mercado. O recomendável é buscar uma fórmula específica, pois dessa forma é possível obter eficácia da ação e garantir a nutrição adequada desse pequeno paciente”, explica o Prof. Dr. Fábio Ancona, pediatra especialista em nutrição infantil.
A cólica é um distúrbio funcional do sistema digestivo, comum na primeira infância, pois logo depois de nascer, o bebê não tem o organismo totalmente desenvolvido. Uma das consequências é ter o excesso de gases ou o movimento não sincronizado do intestino, causas da dor abdominal.
Para a utilização de fórmulas nutricionais específicas, é sempre preciso recorrer à avaliação médica, pois a criança não pode ter nenhum problema decorrente da sua utilização. O ideal são produtos com baixo teor de lactose, para não ultrapassar a capacidade digestiva do bebê, impedindo a fermentação do cólon, que gera gases e inchaço. Como esse paciente não é mais alimentado pela mãe, é preciso oferecer proporção de proteínas semelhantes à do leite materno.
“Estudos com mais de 600 lactentes comprovam a redução de sintomas de cólica em pequenos pacientes que utilizaram fórmula específica. Nada menos que 87% das crianças avaliadas tiveram redução do quadro no primeiro mês de utilização”, ressalta o Prof. Dr. Fábio Ancona.
Os sintomas mais frequentes da cólica são choro ininterrupto, acompanhado de movimentos de pernas e braços indicando que a criança está sentindo dor. Nessas situações, a família tende a ficar estressada e usa simpatias, receitas e indicações sem comprovação científica. O mais importante é pedir ao pediatra a indicação mais adequada para resolver o problema e os suplementos com baixo teor de lactose representam uma excelente opção.
Ana Lívia Lopes
Canudos zera número de pacientes em tratamento de Covid-19
Policia descobre plantio de Maconha em Casa Nova
A Polícia Militar da Bahia, através da 25ªCIPM/ Casa Nova realizou uma operação na manhã desta sexta-feira (19), em Bem Bom, Zona Rural de Casa Nova, afim de averiguar uma denúncia anônima sobre um cultivo de cannabis sativa (maconha).
Toda a plantação fora erradicada no local.
Os pés de maconha mediam aproximadamente 1,5m de altura estando bem próximo do ponto de colheita, que renderia algo em torno de 2 (duas) toneladas.
Não houve conduzidos para a Delegacia. As amostras dos pés foram apresentadas na DT de Casa Nova.
Com informações da Comunicação Social da 25ª Casa Nova.
Dos 43.922 casos confirmados desde o início da pandemia, 20.589 já são considerados curados, 22.028 encontram-se ativos e 1.305 tiveram óbitos confirmados
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 2.345 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +5,6%), 42 óbitos (+3,3%) e 2.238 curados (+12,2%). Dos 43.922 casos confirmados desde o início da pandemia, 20.589 já são considerados curados, 22.028 encontram-se ativos e 1.305 tiveram óbitos confirmados. Ressalte-se que o boletim epidemiológico desta sexta-feira (19) apresenta dados acumulados devido à instabilidade ocorrida no sistema e-SUS, do Ministério da Saúde, no dia de ontem (18), que afetou o levantamento e catalogação dos casos ambulatoriais de Covid-19 em todo o Brasil.
As confirmações ocorreram em 357 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (53,61%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ipiaú (1.113,95), Itajuípe (1.005,32), Uruçuca (1.003,95), São José da Vitória (901,54) e Salvador (771,32).
O boletim epidemiológico contabiliza 43.922 casos confirmados, 88.429 casos descartados e 99.033 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas de hoje.
Na Bahia, 5.992 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui.
Taxa de ocupação
Na Bahia, dos 2.120 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para coronavírus, 1.314 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 62% No que se refere aos leitos de UTI adulto e pediátrico, dos 872 leitos exclusivos para o coronavírus, 668 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 77%.
Cabe ressaltar que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.
Óbitos
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) contabiliza 1.305 mortes pelo novo coronavírus.
1264º óbito – homem, 46 anos, residente em Feira de Santana, portador de diabetes, foi internado dia 10/05 e veio a óbito dia 17/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1265º óbito – homem, 49 anos, residente em São Paulo, portador de diabetes, foi internado dia 22/05 e veio a óbito dia 23/05, em unidade da rede pública, em Jequié;
1266º óbito – mulher, 90 anos, residente em Salvador, portadora de demências, incluindo Alzheimer, foi internada dia 26/05 e veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede filantrópica, em Salvador;
1267º óbito – homem, 79 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, foi internado dia 21/05 e veio a óbito dia 10/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1268º óbito – mulher, 80 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, foi internada dia 02/06 e veio a óbito dia 09/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1269º óbito – homem, 76 anos, residente em Lauro de Freitas, portador de hipertensão arterial, diabetes e obesidade, foi internado dia 02/06 e veio a óbito no dia 07/06, em unidade da rede privada, em Salvador;
1270º óbito – homem, 63 anos, residente em Juazeiro, portador de neoplasias e doença renal crônica, foi internado dia 10/06 e veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede pública, em Juazeiro;
1271º óbito – homem, 67 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, foi internado dia 31/05 e veio a óbito dia 17/06, em unidade da rede filantrópica, em Salvador;
1272º óbito – homem, 84 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, foi internado dia 11/06 e veio a óbito dia 13/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1273º óbito – homem, 81 anos, residente em Itabuna, portador de hipertensão arterial e diabetes, data de admissão não informada, veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede pública, em Itabuna;
1274º óbito – mulher, 71 anos, residente em Salvador, sem informação de comorbidades, goi internada dia 03/06 e veio a óbito dia 16/06, em unidade da rede filantrópica, em Salvador;
1275º óbito – homem, 44 anos, residente em Ubaitaba, sem comorbidades, foi internado dia 02/06, e veio a óbito na mesma data (02/06), em unidade da rede pública, em Itabuna;
1276º óbito – homem, 60 anos, residente em Salvador, portador de tabagismo, foi internado dia 01/06 e veio a óbito dia 13/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1277º óbito – homem, 62 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular, foi internado dia 14/05 e veio a óbito dia 03/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1278º óbito – homem, 67 anos, residente em Vitória da Conquista, portador de diabetes e doença cardiovascular, data de admissão não informada, veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede filantrópica, em Vitória da Conquista;
1279º óbito – homem, 59 anos, residente em Itamaraju, portador de doença cardiovascular, foi internado dia 25/05 e veio a óbito na mesma data, em unidade da rede pública, em Itamaraju;
1280º óbito – homem, 89 anos, residente em Itabuna, sem informação de comorbidades, veio a óbito dia 03/06, em domicílio, em Itabuna;
1281º óbito – mulher, 86 anos, residente em Itacaré, sem informação de comorbidades, foi internado dia 10/06 e veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede pública, em Itacaré;
1282º óbito – mulher, 83 anos, residente em Salvador, sem informação de comorbidades, data de admissão não informada, veio a óbito dia 16/06, em unidade da rede privada, em Salvador;
1283º óbito – mulher, 80 anos, residente em Salvador, portadora de doenças endócrinas e nutricionais, foi internada dia 26/05 e veio a óbito dia 17/06, em unidade da rede filantrópica, em Salvador;
1284º óbito – mulher, 42 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes, doença respiratória crônica e doenças hematológicas, foi internada dia 19/05 e veio a óbito dia 21/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
1285º óbito – homem, 66 anos, residente em Ibicaraí, portador de diabetes e doença cardiovascular, foi internado dia 12/05 e veio a óbito dia 16/05, em unidade da rede pública, em Ilhéus;
1286º óbito – mulher, 94 anos, residente em Salvador, portadora de neoplasias, foi internada dia 08/06 e veio a óbito dia 12/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1287º óbito – homem, 80 anos, residente em Itabuna, sem informação de comorbidades, data de admissão não informada, veio a óbito dia 01/06, em unidade da rede pública, em Itabuna;
1288º óbito – mulher, 62 anos, residente em Dias D’Ávila, portadora de hipertensão arterial, foi internada dia 23/05 e veio a óbito dia 06/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1289º óbito – mulher, 65 anos, residente em Salvador, portadora de neoplasias, foi internada dia 02/06 e veio a óbito dia 15/06, em unidade da rede filantrópica, em Salvador;
1290º óbito – homem, 77 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 29/05 e veio a óbito dia 30/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
1291º óbito – homem, 62 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, diabetes e doença cardiovascular, foi internado dia 15/06 e veio a óbito na mesma data (15/06), em unidade da rede pública, em Salvador;
1292º óbito – homem, 69 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, foi internado dia 29/04 e veio a óbito dia 12/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1293º óbito – mulher, 43 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes, doença cardiovascular e doença renal crônica, foi internada dia 24/05 e veio a óbito dia 12/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1294º óbito – homem, 80 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e doença cardiovascular, foi internado dia 02/06 e veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1295º óbito – homem, 77 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, foi internado no dia 13/05 e veio a óbito dia 15/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1296º óbito – mulher, 87 anos, residente em Salvador, portadora de doenças endócrinas e nutricionais, foi internada dia 07/06 e veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1297º óbito – homem, 87 anos, residente em Sobradinho, sem informação de comorbidades, data de admissão não informada, veio s óbito dia 05/06, em unidade da rede pública, em Sobradinho;
1298º óbito – mulher, 80 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, diabetes, doença cardiovascular e doença respiratória crônica;
1299º óbito – mulher, 68 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular, data de admissão não informada, veio a óbito dia 12/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1300º óbito – mulher, 78 anos, portadora de hipertensão arterial e diabetes, data de admissão não informada, veio a óbito dia 14/06, em unidade da rede privada, em Lauro de Freitas;
1301º óbito – homem, 59 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e doença cardiovascular, foi internado dia 07/05 e veio a óbito dia 06/06, em unidade da rede privada, em Salvador;
1302º óbito – mulher, 85 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e doença cardiovascular, foi internada dia 06/06 e veio a óbito na mesma data (06/06), em unidade da rede privada, em Salvador;
1303º óbito – mulher, 53 anos, residente em Valente, portadora de diabetes e doença cardiovascular, data de admissão não informada, veio a óbito dia 11/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
1304º óbito – homem, 84 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular. Internado dia 02/05, veio a óbito dia 13/06, em hospital da rede particular, em Salvador;
1305º óbito – mulher, 71 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e doença renal crônica. Internada dia 25/05, veio a óbito dia 12/06, em hospital da rede particular, em Salvador.
Secom
Catedral de Petrolina pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco
Projeto foi apresentado à Assembleia Legislativa pelo deputado Antonio Coelho.
Símbolo cultural e religioso de Petrolina, a Catedral do Sagrado Coração de Jesus, construída há 90 anos no município pelo bispo Dom Antônio Maria Malan, pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco. O pedido para a obtenção desse importante registro é de autoria do deputado estadual Antonio Coelho (DEM) por meio do Projeto de Resolução nº 1226/2020 apresentado à Assembleia Legislativa. O parlamentar destaca a importância histórica da igreja para a cidade como símbolo de fé e marco de prosperidade assim como a sua imponente e rica arquitetura.
“Pela singularidade e excelência do seu conjunto arquitetônico, aliada a sua importância histórica, é que indicamos a Catedral do Sagrado Coração de Jesus Rei para a obtenção da Concessão do Registro de Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco”, ressalta o deputado, que é filho da terra.
Localizada no centro da cidade, a igreja em estilo neogótico destaca-se por sua fachada imponente edificada em pedra e seus vitrais franceses, inspirados na famosa Catedral Notre-Dame.
Considerada por muitos uma das edificações católicas mais bonitas do Brasil, possui uma única porta central e duas torres, que abrigam os belos vitrais e um relógio doado pelo Padre Cícero. No frontão central, belíssimas imagens em ferro, oriundas da Europa. O altar-mor, os sinos de bronze e o telhado em formato de cruz também chamam a atenção na magnífica construção.
Por Andréa Cortez
Assessoria de Imprensa
Detran-BA lembra 12 anos da Lei Seca e mantém fiscalização durante a pandemia
Nota Conjunta da CDL de Petrolina
Seguindo determinação judicial que suspendeu o Decreto Municipal n° 037/2020, para reabertura gradual do comércio de Petrolina e faz seguir o plano de retomada implementado pelo Governo do Estado de Pernambuco, as entidades representativas do comércio comunicam sobre as mudanças que devem ser seguidas imediatamente conforme Decreto Estadual, nº 49093 de 12 de junho de 2020:
a) As lojas com até 200m2 (à exceção das situadas em shopping centers ou centros comerciais) continuam abertas em Petrolina e as lojas acima dos 200m² fecham;
b) Centros comerciais como galerias e shopping fecham e aguardam autorização de novo Decreto Estadual;
c) Salão de beleza e serviço de estética continuam funcionando, seguindo protocolos sanitários;
d) Bares, restaurantes e academias por enquanto sem data prevista para abertura.
As entidades ressaltam ainda que estão no aguardo de um novo decreto como condicionante para implementação do terceiro nível do plano de convivência do Governo do Estado nos próximos dias.
Assinam esta nota:
*Sindicato do Comércio Varejista de Petrolina – Joaquim de Castro ( presidente)
*Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrolina- Manoel Vilmar (presidente)
*Associação dos Contabilistas do Vale do São Francisco e Sertão de Pernambuco – Nivaldo Almeida (presidente )
*Associação dos Lojistas do River Shopping – Fábio Lisandro Lima
*Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, informações e pesquisas de Pernambuco – Ítalo Mendes
*Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Petrolina – Sérgio Lacerda ( vice presidente )
*River Shopping- Welton de Assis Carvalho ( Superintendente)
*Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)/ unidade Petrolina – Flávio Luiz Guimarães ( diretor)
*Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE)/unidade Regional do Sertão do São Francisco – Albanio Venancio (diretor regional )
*Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina – Jailson Lira de Paiva ( presidente )
Militância bolsonarista se divide em relação a escândalo da prisão Queiroz
A prisão de Fabrício Queiroz dividiu os bolsonaristas nas redes sociais. De acordo com pesquisa da consultoria AP Exata, a militância se dividiu, com alguns dizendo que Flávio Bolsonaro deve ser punido se cometeu crime —e outros dizendo que tudo não passa de perseguição política para atingir o pai presidente.
Uma outra narrativa foi a de que o PT tinha esquemas piores de corrupção do que as rachadinhas pelas quais Flávio é investigado.
Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo
Weintraub era visto como gentil e culto por amigos do mercado financeiro
Dono de uma retórica inflamada contra opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o agora ex-ministro da Educação Abraham Weintraub é tido por amigos e ex-colegas do setor financeiro como cortês, educado e culto.
Bolsonaro anunciou a demissão nesta quinta-feira (18). A saída ocorre em decorrência de um longo desgaste político do Weintraub com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Por ter diploma de economista e ter feito carreira no mercado financeiro, ele foi indicado pelo governo brasileiro ao posto de diretor-executivo do Banco Mundial para um grupo de países acionistas do qual o Brasil faz parte junto com Colômbia, Equador, Filipinas, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago.
O salário anual previsto para o cargo é de US$ 258.570, o equivalente a R$ 115,8 mil mensais sem 13 º -cerca de R$ 1,3 milhão por ano. O valor é mais de três vezes o salário de ministro, de R$ 31 mil.
O Banco Mundial, com sede em Washington, é uma instituição afeta à exposição pública e polêmicas de qualquer espécie, ainda mais nas redes sociais, onde Weintraub se mostrou muito ativo. O Brasil já foi representado no organismo por Pedro Malan, Murilo Portugal e Otaviano Canuto, conhecidos pela discrição e diplomacia no trato privado e social.
Questionado sobre o novo posto de Weintraub, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ironizou a nomeação.
“Porque não sabem [no Banco Mundial] que ele [Weintraub] trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009, e ele era um dos economistas do banco”.
Segundo o advogado criminalista Fernando Castelo Branco, professor da PUC-SP, a nomeação de Weintraub e a sua consequente mudança para Washington pode atrasar o andamento dos inquéritos em que ele é investigado.
Weintraub é alvo do inquérito das fake news, que tramita no Supremo, e também de uma investigação no tribunal por racismo por ter publicado um comentário sobre a China.
Weintraub chegou a defender a prisão de ministros do Supremo, a quem chamou de vagabundos em reunião ministerial gravada em 22 de abril. O vídeo se tornou público por fazer parte do inquérito que apura denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que Bolsonaro tentava interferir na Polícia Federal.
“A investigação por racismo deve passar à Justiça Federal comum. Por não ter restrição de saída do país imposta pela Justiça, ele pode assumir o novo posto, mas precisa comparecer em juízo quando solicitado. A mudança para o exterior torna o avanço do processo mais lento”, diz.
Economista formado pela USP, Weintraub fez carreira no Banco Vototantim (hoje BV). Ele ingressou como estagiário no grupo em 1994, mesmo ano em que se graduou, e permaneceu na companhia por quase 18 anos, até 2012.
No grupo Votorantim, chegou a ser economista-chefe do banco e diretor-executivo da Votorantim Corretora no Brasil e da Votorantim Securities no Estados Unidos e na Inglaterra.
Em seu currículo, Weintraub afirma ter sido diretor da corretora de março de 2004 até sua saída, em maio de 2012.
Segundo ex-colegas e amigos, Weintraub foi homem de confiança de então presidente do banco Wilson Masao, que o nomeou como diretor da corretora.
Masao, hoje sócio da F2 Investimentos, passou mais de 30 anos no grupo Votorantim. Ele foi diretor financeiro do conglomerado e esteve à frente da gestão do banco entre 1993 e setembro de 2011, quando foi substituído, em meio a uma crise, pelo executivo João Roberto Teixeira.
Ao assumir, Teixeira precisou fazer o que um advogado que assessorou o banco em operações financeiras classifica como faxina na gestão da instituição, e substituiu toda a diretoria paulatinamente. O Banco Votorantim chegou a encerrar 2011 com prejuízo de R$ 201 milhões. O resultado foi influenciado à época pela alta na inadimplência de financiamentos de veículos novos.
Foi nesse cenário que Weintraub deixou o banco, em maio de 2012. Segundo advogados que atenderam o banco na época, o ex-ministro era tido comok um profissional bem relacionado que lidava pouco com o dia a dia operativo da instituição.
Amigos e ex-colegas que conviveram com o ex-ministro no banco afirmam que, embora ele sempre tenha sido reconhecidamente conservador, não tinha fama de polemicista. Weintraub é tido como o idealizador das corretoras da Votorantim em Nova York e Londres e sua gestão é elogiada e tida como exemplar.
A atual imagem do ministro, que era tido como expoente da ala mais radical do governo, é novidade para um amigo do setor financeiro. O personagem do ministro, diz, não corresponde à pessoa, que costumava estabelecer relações cordias por onde passava.
Durante sua passagem pelo MEC, Weintraub foi criticado pelas recorrentes faltas ortográficas e gafes. No mercado financeiro, no entanto, ele era reconhecido por ser um profissional culto, segundo um colega que trabalhou na empresa com o ex-ministro por mais de dez anos.
Entre as gafes do ex-ministro, está a cometida em audiência no Senado em junho do ano passado, quando Weintraub confundiu o sobrenome do escritor Franz Kafka com o prato de árabe kafta.
Em outro episódio, em janeiro deste ano, então ministro chegou a grafar “imprecionante” em vez de impressionante em um tuíte que dizia ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que não havia no MEC uma área de pesquisa sobre segurança pública antes de sua gestão.
Após sair do Votorantim, Weintraub foi sócio enttre 2013 e 2014 da gestora Quest Investimentos (hoje AZ Quest), fundada pelo ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Procurado pela reportagem, Mendonça de Barros diz não ter tido contato com Weintraub, que era, segundo ele, “muito júnior no departamento econômico” da gestora.
Pouco antes de sair da Quest, Weintraub assumiu o cargo de professor do curto de Ciências Contábeis do campus da Unfesp (Universidade Federal de São Paulo) em Osasco, do qual está licenciado.
Folha de S.Paulo/Foto: Marcos Corrêa/PR
“Foi Queiroz que inventou esse negócio de isolamento social”, ironiza Suíca
A prisão do amigo pessoal de Jair Bolsonaro (sem partido), Fabrício Queiroz, em imóvel do advogado do presidente, em Atibaia, interior de São Paulo, vai repercutir ainda mais na imprensa, mesmo com a antecipação da demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e qualquer outro assunto que for colocado em pauta para tirar as atenções desse caso. É o que acredita o vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT), que depois de se inteirar de tudo que aconteceu durante esta quinta-feira (18), se pronunciou e ironizou o sumiço de Queiroz todo esse tempo. “Foi ele que inventou esse negócio de isolamento social. Agora vai ser preso Queiroz, a mulher e a filha, isso se não derem um jeito de apagar todos como fazem quando querem queimar arquivos”.
Para Suíca, a prisão de Queiroz pode levar à prisão do filho do presidente, o agora senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado por prática de ‘rachadinha’ quando era deputado no Rio de Janeiro. “Mais uma vez o clã Bolsonaro sofre um xeque. E não sei se fico alegre ou triste com a situação, porque é difícil ver o país ter 16 anos de ascensão e, por um golpe político, passar por uma situação constrangedora dessa. O Brasil está de joelhos ao capital externo, vendo seus filhos morrerem e Bolsonaro entregando tudo de mãos beijadas, beneficiando ruralistas, grileiros e retirando direitos do povo”. Sobre a demissão de Weintraub, Suíca também utilizou ironia e questionou se, de fato, o país tinha um ministro na pasta. “Nem lembrava que ele era ministro, foi um protótipo olavista que deu a volta na terra plana sem sair do lugar”.
Suíca, no entanto, defendeu a rigidez na apuração dos casos e pediu proteção para a família de Queiroz, além de “ligar as pontas” e lembrar da “trama que derrubou Dilma e impediu que Lula fosse candidato”. Ele destaca a possível participação do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, no processo. “O advogado do clã Bolsonaro, Frederick Wassef, chegou a revelar que encontrou Bolsonaro, em 2014, e instruiu que ele lançasse sua candidatura para presidente. E isso, que Wassef chamou de ‘prever o futuro’, foi na verdade baseado em dados que Moro fornecia a ele sobre a Lava-Jato. Não vamos esquecer a participação do juiz federal, na época, em todo esse processo que levou, inclusive, ele a ser ministro de Bolsonaro”, completa.
Ascom/Vitor Fernandes (DRT-2430)
Pandemia evidencia problemas de planejamento urbano das cidades brasileiras
Embora seja a oitava maior economia do planeta, o Brasil padece de sérios problemas de sanitarismo, transporte e habitação. Todos já eram evidentes há décadas e apontavam para um desenvolvimento urbano aquém do que o país necessita. A pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, no entanto, escancarou a falta de planejamento nas cidades, evidenciou o despreparo da gestão pública e deu ainda mais luz a desigualdade social. O Brasil 61 conversou com especialistas para fazer um diagnóstico da situação e apontar para possíveis soluções para um país que vai precisar se reinventar após a emergência de saúde pública.
Tomas Alvim coordena o Laboratório ArqFuturo de Cidades, do Insper, que estuda evolução urbana no mundo por meio de várias ferramentas, entre elas dados georreferenciados e métodos analíticos. A ideia é ir além das abordagens tradicionais do urbanismo, que já se encontram ultrapassadas no Brasil, propor inovações e projetos de arquitetura e urbanismo com o objetivo de contribuir para a melhoria do ambiente construído, da gestão e da qualidade de vida nas cidades. O especialista acredita que os nossos centros urbanos crescem mal, com problemas de segregação, poluição e mobilidade. E a pandemia trouxe o fim da invisibilidade de uma realidade que é inaceitável e que agora não pode ser mais ignorada.
“A tal população invisível que a gente não via e, de repente, apareceram mais de 40 milhões de pessoas a mais para pegar os auxílios do Governo Federal, que não estavam em cadastro nenhum, mostra muito o que é essa invisibilidade das cidades. Saíram da invisibilidade uma massa de pessoas morando em condições absolutamente inaceitáveis, sob qualquer ponto de vista”, ressalta Alvim.
Segundo o coordenador do laboratório, a realidade de grandes centros urbanos do país se mostrou ainda mais precária durante a pandemia, com indicadores de vulnerabilidade que passam por saúde, saneamento, educação, mobilidade, entre outros. “A primeira coisa que a pandemia nos obriga a fazer é rever essa metáfora de cidade que a gente tem. Agora nós estamos pagando o preço dessa precariedade. Enquanto controlamos a pandemia nas áreas mais desenvolvidas da cidade, estamos vendo a dificuldade de exercer esse mesmo controle em populações com outras condições socioeconômicas que não conseguem fazer o isolamento ou questões relacionadas ao saneamento básico”, destaca. “Não podemos ser um país que é a oitava maior economia do mundo e que tem 100 milhões de pessoas sem acesso a saneamento, 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável.”
Repetição dos erros
As cidades deveriam promover a equidade, principalmente em relação à inclusão da maior parcela da população. O que acontece no Brasil, no entanto, é um crescimento desordenado dos centros urbanos. Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos nove anos observou-se um aumento substancial de Aglomerados Subnormais, ou seja, áreas residenciais cujas as populações apresentam condições socioeconômicas, de saneamento e de moradia precárias, além de uma densidade de edificação elevada, o que se mostrou um problema para o isolamento social e ajudou a disseminar a Covid-19.
Os Aglomerados, popularmente conhecidos como favelas ou comunidades, eram pouco mais de 6.300 em 2010 e estavam presentes em 323 municípios brasileiros. Em 2019 esse número saltou para aproximadamente 13.150, ocupando 734 municípios. Segundo o IBGE, isso totaliza mais de 5,1 milhões de residências, ou quase 8% dos domicílios brasileiros.
“Nossas cidades crescem e crescem mal. E não é um problema só das grandes cidades, pois os pequenos e médios municípios repetem os mesmos problemas. Você desenvolve uma cidade e não atenta para questões de infraestrutura básica como saneamento, água potável, coleta de lixo, e nem para as questões das condições de moradia”, alerta Alvim.
O especialista explica que as cidades aprenderam, após a era da industrialização, a combater as epidemias, mas que se esqueceram disso com o tempo e hoje estão perdendo essa batalha. “Hoje elas são produtoras de exclusão sócioespacial. A classe alta está levando a cidade para dentro do condomínio e a classe pobre está indo morar cada vez mais longe do trabalho, em locais sem infraestrutura e, muitas vezes, sem governança. A gente mesmo produziu o pior cenário.”
Reversão do quadro
A criação da medicina urbana veio junto com a melhor estruturação das cidades e a percepção de que o saneamento básico deveria existir em todos os lugares. Já nos anos 1800 ingleses e franceses sabiam que isso era primordial para combater as epidemias que à época dizimaram milhares de vidas. Segundo Alvim, o crescimento desenfreado e desorganizado no Brasil regrediu nesse sentido e a pandemia atual mostrou, de forma mais enfática, a necessidade urgente de ações mais bem estruturadas.
“Se você tem um país que é essencialmente urbanizado, você tem de fazer uma agenda que priorize reverter esse quadro com políticas públicas efetivas e transformadoras dessa realidade. Tudo o que a gente produziu num passado recente no Brasil só fez aumentar essa exclusão, essa segregação. A gente tem de produzir cidades em que as pessoas possam estar mais perto do trabalho, dos serviços públicos, dos equipamentos, da qualidade de vida. Já era uma questão latente antes da pandemia e, agora, é ainda mais notória”, pontua.
Eleonora Lisboa Mascia, presidente da Federação Nacional dos Arquitetos Urbanistas, aponta que a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus evidenciou ainda mais a desigualdade social e territorial, onde a periferização das grandes cidades é basicamente recortada pela precariedade da unidade habitacional. A especialista explica que a impossibilidade das pessoas de se deslocarem, não só pela questão das distâncias, mas também pela questão do isolamento trouxe novamente à tona uma série de questões que envolvem os grandes centros urbanos.
“Essa questão do ficar em casa. Mas qual casa? Em que condições as pessoas estão morando? Isso pode ser considerado uma moradia digna? As pessoas passam grande parte do tempo ou no trabalho, ou se deslocando para o trabalho e pouco tempo nos espaços, muitas vezes, sem condições sanitárias ou de adequação e de habitabilidade. Isso, na pandemia, ficou bastante escancarado”, ressalta Eleonora.
Segundo a especialista, além do diagnóstico feito neste período e de posicionamentos mais forte em torno de questões como a regularização fundiária por parte de várias entidades, algumas iniciativas locais já estão sendo feitas e podem servir de exemplo para a mudança desse quadro. Ela cita a comunidade paulista de Paraisópolis que se organizou para atendimento da população necessitada durante a pandemia, e o Morro da Providência, no Rio de Janeiro, onde um grupo chamado Urbanismo contra o Coronavírus, formado por profissionais de diversas áreas, prestou assistência nesse momento, inclusive nas questões de melhorias mais céleres em relação à melhoria urbanística da comunidade.
“Tivemos uma mobilização forte de diversas organizações comunitárias para que pudesse atender à demanda onde o estado não está presente”, conta Eleonora. Hoje estamos em um momento difícil, com desmonte das políticas públicas, principalmente de habitação, saneamento e planejamento urbano e esses movimentos podem servir de exemplo”, destaca Eleonora.
Locação social
O foco de produção habitacional deve ser um dos principais instrumentos da política de desenvolvimento urbano no país, segundo Eleonora. Ela acredita que outras soluções, como a locação social, podem resolver o problema, já que há um enorme contingente de imóveis vazios sem cumprir a função social e que poderia ser disponibilizados pelo poder público, como acontece em vários países.
Um levantamento feito pela Fundação João Pinheiro aponta que no Brasil há cerca de oito milhões de domicílios vagos em condições de serem ocupados e em construção. Muitas vezes, um edifício inteiro. O volume tem a capacidade de atender dezenas de milhões de pessoas. A mesma pesquisa, feita entre 2015 e 2018, mostra que o país possui um déficit habitacional de 6,3 milhões de habitações. Paralelo a isso, quase um milhão de domicílios estão em condições precárias, sem sanitários, sem infraestrutura ou mesmo sem cobertura adequadas e mais de 5 milhões estão superlotados e ou alugados por trabalhadores sem condições de arcar com a despesa.
Eleonora cita que o Brasil ainda engatinha neste sentido e menciona o exemplo de um prédio em São Paulo adquirido pela Companhia Metropolitana de Habitação para disponibilizar 50 unidades de moradia a artistas idosos. “O Palacete dos Artistas, em São Paulo. É um prédio na Avenida São João adquirido pela Cohab São Paulo, disponibilizado para idosos que atuaram na área cultural de alguma forma e que hoje não têm onde morar. É cobrado um valor simbólico para o município para manter aquele espaço”, conta.
A locação social é um programa instituído pelos governos e geralmente é aplicado por prefeituras locais. A finalidade é utilizar imóveis urbanos desabitados e antigos, que são restaurados e disponibilizados para pessoas de baixa renda. O valor do aluguel também precisa ser bem mais abaixo daquele cobrado na área. Na França, por exemplo, a estratégia é feita para recuperar imóveis na área central e trazer mais equalização à população.
Plano Diretor
O portal Brasil 61 trouxe uma matéria sobre os Planos de Mobilidade Urbana (link: https://www.brasil61.com/noticias/ausencia-de-planos-de-mobilidade-urbana-persiste-na-maior-parte-dos-municipios-brasileiros-bras200430), que devem ser integrados ao Plano Diretor, um planejamento obrigatório para municípios com mais de 20 mil habitantes. Segundo os especialistas, esse é um dos maiores problemas de gestão no que tange o desenvolvimento urbano.
Tomas Alvim, do Laboratório de Cidades, explica que o Brasil sabe o que precisa, mas tem muita dificuldade de fazer transformações dos espaços urbanos, investir nas cidades, gerar mais mão de obra e, consequentemente, mais taxas aos municípios. Ele acredita que essa prioridade não é apenas do setor público, que tem sido ineficiente em transformar essa realidade, mas da sociedade como um todo. E após a pandemia, é possível que novos modelos de gestão compartilhada surjam para modificar a realidade das cidades.
“Confesso que sou otimista por esse lado porque essa oportunidade que surgiu é única. Várias cidades no mundo estão aproveitando essas oportunidades para fazer saltos importantes no seu planejamento urbano. Nós chegamos a um ponto insustentável da condição de vida nesses centros urbanos. Não podemos ter a grande massa da nossa sociedade vivendo nesse nível de precariedade”, destaca Alvim. “O município tem o Plano Diretor, a lei de zoneamento e o código de uso e obras da cidade. Mas mesmo os municípios que possuem esse arcabouço não estão fazendo transformações substantivas. A pandemia mostrou para a gente que o problema é muito mais grave do que esses instrumentos estão dando conta. Esses instrumentos regulatórios historicamente não resolveram nossos problemas e implementar novas estratégias é mais do que necessário.”
Brasil61/Foto: Divulgação
Aneel prorroga proibição de cortes no fornecimento de energia por falta de pagamento até 31 de julho
No início da semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu prorrogar a proibição de cortes no fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento dos consumidores. Agora, o prazo final é 31 de julho.
Inicialmente, a suspensão dos cortes, aprovada em março, valeria até o dia 23 de junho. A medida foi adotada devido à da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a Aneel, a prorrogação foi necessária porque até 23 de junho as consequências da pandemia da Covid-19 ainda estarão persistindo.
Pela medida, todas as residências urbanas e rurais e os serviços considerados essenciais, como hospitais, por exemplo, estão protegidas contra corte do fornecimento desse serviço.
A resolução que suspendeu os cortes, aprovada em março, autorizou outras medidas, como a permissão para que as distribuidoras de energia emitam fatura levando em consideração o consumo médio dos últimos 12 meses. Além disso, foi estabelecido que o consumidor faça a própria leitura dos medidores.
Brasil61/Foto: Divulgação
Manejo do melão no Rio Grande do Norte apresenta bons resultados com BRANDT
A BRANDT, uma das maiores fornecedoras de fertilizantes especiais do mundo, investe em pesquisas e desenvolvimento de melão. Alguns produtos da empresa já foram testados em universidades do Rio Grande do Norte e os primeiros resultados são animadores. “Nossos tratamentos aumentaram a produtividade e a qualidade dos melões nos trabalhos realizados. Itens já tradicionais em nossa linha também podem contribuir imediatamente para a melhoria dos resultados da cultura dessa importante fruta”, destaca Antonio Coutinho, Diretor de Inovação da BRANDT do Brasil.
A produção brasileira de melão mantém-se estável nos últimos 10 anos, sem crescimento expressivo. A área cultivada é aproximadamente de 24 mil hectares, com produção estimada em 582 mil toneladas anuais. “Em 2020, esperava-se incremento importante de exportações para a China. A expectativa era vender 25% a mais do que as atuais 250 mil toneladas. Mas possivelmente esta previsão tenha um resultado diferente, por conta de algumas limitações impostas pela situação em que estamos passando com a COVID-19”, informa Coutinho.
De acordo com o diretor da BRANDT, problemas de logística dentro da China também impactaram negativamente as exportações. “Mesmo diante das dificuldades, os produtores trabalham para colocam a fruta no mercado interno, especialmente nas regiões de maior consumo, como o Sudeste”.
O Nordeste produz 90% do melão brasileiro. O Rio Grande do Norte lidera, com 338.615 t, seguido pelo Ceará, com 85.219 t. A fruta enfrenta adversidades frequentes. Nas propriedades, as doenças e pragas representam as maiores dificuldades. A doença cancro-das-hastes e a praga mosca branca são as principais inimigas. Externamente, problemas de logística e baixo consumo do continente europeu, pressionam a cultura do melão.
“Para o controle destas pragas e doenças, os produtores contam com defensivos agrícolas, cujos preços também estão afetados pela alta do dólar”, diz Antonio Coutinho.
O meloeiro é uma planta de ciclo curto (65-75 dias) e a cultura é de rápido retorno de capital. O consumo per capita no Brasil é de 56 kg/ano, enquanto nos países de Primeiro Mundo aproxima-se de 120 kg/ano, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). “Provavelmente, o baixo consumo no país está relacionado à renda, mas também trata-se de uma questão de hábito, pois algumas frutas importadas e caras encontram o seu espaço no mercado nacional”, assinala o diretor da BRANDT.
Um dos maiores desafios dos fruticultores é a redução dos custos de produção, que variam de R$ 19 mil a R$ 21 mil por hectare. Para Coutinho, a solução para amortecer os elevados custos é o aumento de produtividade e da qualidade de frutas, aumentando o índice de frutos aprovados para exportação. “Não basta produzir em quantidade. Também é preciso reduzir o percentual de frutos descartados para o mercado internacional, que paga mais”.
A BRANDT oferece a linha de produtos com a tecnologia Manni-plex, que conta com substâncias transportadoras de nutrientes, para contribuir para o melhor desenvolvimento das plantas e consequente aumento da produtividade e qualidade dos melões. A empresa também acumula conhecimento de outros países, os quais podem ser adaptados à realidade brasileira, ajudando os fruticultores a produzir amis e melhor.
“Nosso planejamento inclui a contratação de agrônomos para atuar nos polos produtores de melão no Rio Grande do Norte e Ceará, bem como a ampliação da rede de distribuidores dos nossos produtos. A BRANDT é parceria da fruticultura nacional e quer contribuir para a melhoria dos resultados da cultura do melão no país”, informa Antonio Coutinho.
Por Irvin Dias