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Lula pensa em convidar Rui para coordenar sua campanha à Presidência da República

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A turma que acompanha Lula não descarta a possibilidade de o ex-presidente fazer um convite formal ao governador Rui Costa (PT) para coordenar sua campanha à Presidência da República.

As conversas sobre o convite têm ganho corpo no PT tanto da Bahia quanto no nacional, mas faltaria ver como Rui poderia atendê-lo compatibilizando-o com sua função de primeiro mandatário do Estado.

Política Livre/Foto: Divulgação/Arquivo

ACM Neto descarta apoio a Bolsonaro em 2022

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O presidente do DEM e candidato ao governo da Bahia, ACM Neto, revelou hoje em entrevista ao UOL, que o novo partido que será criado pela fusão do Democrata com o PSL será independente e descartou possibilidade de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em 2022.

De acordo com ACM Neto a fusão dará uma musculatura grande ao novo partido, que passa a se chamar União Brasil e nasce com mais de 80 deputados federais, com força suficiente para ter candidatura própria a presidente da república.

"Nosso caminho é ter um projeto próprio de candidato à Presidência. Esse partido não nasce debaixo das asas de governo e não há nenhum interesse de estar fazendo jogo com perspectiva de negociar o que quer que seja com o governo", disse em trecho da entrevista.

ACM Neto foi além e disse que os deputados e senadores do atual DEM e PSL que não concordarem com o novo direcionamento poderão deixar a legenda: “A gente entende que muitos quadros, que se podem chamar de bolsonaristas mais radicais, de pessoas muito identificadas com o presidente da República, vão acabar deixando o partido”, externou.

Em relação aos nomes que poderiam ser lançados como candidatos à presidência, ACM Neto citou o presidente do senado, Rodrigo Pacheco, Mandetta, ex-ministro da Saúde, os dois do DEM;  José Luiz Datena, do PSL e não descartou Ciro Gomes, do PDT, com quem tem boas relações.

Não retiraria Ciro Gomes e o PDT desse diálogo. Apesar de não concordar com tudo que é o pensamento de Ciro, acho que é uma pessoa que tem espírito público e quer ajudar a construir um ambiente melhor para a política brasileira”, pontuou.

O DEM e o PSL tem convenção marcada para este dia 6, em Brasília, quando será selada a unificação e o nascimento da nova sigla, o União Brasil.

Com informações do UOL entrevista/Foto: Divulgação

Facebook e Instagram voltam a funcionar após ficarem 6 horas fora do ar

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Após uma tarde fora do ar, o Facebook e o Instagram começaram a normalizar os serviços no início da noite desta segunda-feira (4), enquanto o WhatsApp segue com os serviços interrompidos. O Messenger, outro serviço de mensagens do Facebook, também está operando normalmente.

Em nota, o Facebook se desculpou pela interrupção de seus serviços. “Nossas sinceras desculpas a todos os afetados pela interrupção dos serviços do Facebook neste momento. Estamos passando por problemas em nossas redes e nossos times estão trabalhando para resolver essa situação o mais rápido possível”, diz o comunicado assinado por Mike Schroepfer, CTO da empresa.

O que aconteceu?

Os aplicativos e as versões web do WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger ficaram fora do ar no começo da tarde desta segunda-feira (4), por volta de 12h30. Segundo as empresas, a falha — global — aconteceu por conta de um problema entre a comunicação do servidor de origem e o dispositivo de rede.

O motivo da interrupção não foi imediatamente esclarecido. No entanto, vários especialistas em segurança apontaram rapidamente para um problema de Sistema de Nomes de Domínio, conhecido pela sigla em inglês DNS, como um possível culpado.

Por volta das 13h no horário do leste dos EUA, a ThousandEyes, divisão de análise de Internet da Cisco, disse no Twitter que seus testes indicam que a interrupção se deve a uma falha contínua de DNS. O DNS traduz nomes de sites em endereços IP que podem ser lidos por um computador. Geralmente é chamada de “lista telefônica da Internet”.

Segundo o site DownDetector, que monitora sites e apps que não estão funcionando, 38% dos problemas mais notificados no WhatsApp têm relação com o envio de mensagens, bem como no Messenger, enquanto os feeds do Instagram e do Facebook não carregam.

Usuários do TikTok também passaram a apontar problemas na ferramenta. O CNN Brasil Business entrou em contato com a empresa e ainda aguarda resposta.

Problemão

Segundo Arthur Igreja,  especialista em inovação, cibersegurança e tecnologia, esta pode ser considerada uma queda histórica, já que em outras falhas das redes, o tempo médio foi de uma a duas horas de duração. Esta durou seis horas.

Para ele, a queda tão demorada deve impactar por um período, até que todo o sistema esteja reestabelecido. “É ‘efeito dominó’, quando uma rede falha automaticamente, a procura pela outra acaba crescendo. E isso gera uma sobrecarga.”

Em entrevista à CNN, Igreja disse que a demora atípica para a resolução do problema mostra a gravidade dele.

“Para dar a dimensão da gravidade do que está acontecendo, porque passaram muitas horas, e esses problemas geralmente são resolvidos em minutos. Não é a primeira vez que acontece, mas normalmente é resolvido mais rapidamente”, afirmou o especialista.

Igreja destaca que os motivos levantados até agora não passam de especulação, que só pode ser cravado após análise técnica. “Só saberemos ao certo quando a empresa divulgar, de fato, o que aconteceu. Mas a hipótese mais provável é que seja um problema de DNS, que é a forma como nós acessamos os sites.”

O especialista explica que toda vez que você digita um site em seu navegador, você está procurando um número, e o DNS é como se fosse o caminho para que ninguém tenha que decorar o número.

Reações

Com a queda dos serviços, muitos migraram para aplicativos como Telegram. O serviço chegou a ficar instável por conta do pico de atividade.

A queda das redes sociais de Mark Zuckerberg também provocou reações em outras redes sociais, principalmente no Twitter, onde usuários reagiram com memes e piadas.

Qual o impacto nas ações?

As ações do Facebook, listadas na Nasdaq, em Nova York, caíam mais de 5% na tarde desta segunda-feira (4), em um dia em que as páginas e aplicativos do grupo saíram do ar em todo o mundo e também em meio a quedas generalizadas no setor de tecnologia.

Outros casos

Não foi a primeira vez que nem o Facebook, e nem outros sites sofrem interrupções.

O próprio Facebook, também junto com os aplicativos Whatsapp e Instagram, deixou de funcionar por 12 horas no dia 13 de março de 2019.

O evento encabeça a lista dos maiores apagões da internet desde 2012, divulgada em junho pela plataforma global de monitoramento Downdetector.

À época, o Downdetector recebeu 7,5 milhões de relatórios de problemas. De acordo com a empresa, que coleta reclamações de usuários e relatórios quando programas ou aplicativos falham, foi o maior corte em termos de duração e também em termos de notificações de bugs.

A segunda maior interrupção registrada pelo site aconteceu com o YouTube, em outubro de 2018, quando a rede de vídeos deixou de rodar por cerca de uma hora. O Downdetector recebeu 2,7 milhões de relatórios de problemas na ocasião.

O terceiro e quarto lugares, ambos de 2017, foram para interrupções no Snapchat, em 6 de novembro, e no WhatsApp, em 3 de maio: na falha do Snapchat foram geradas 1,8 milhão de denúncias e, na do WhatsApp, outras 1,7 milhão.

Em novembro daquele mesmo ano, também o WhatsApp voltou a ficar fora do ar e foi o responsável por 1,2 milhão de registros de reclamações no Downdetector.

CNN / foto: reprodução

Lula (PT) se reuniu com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) para discutir cenário político

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O ex-presidente Lula (PT) se reuniu, ontem domingo, 3, com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Durante o encontro, que contou com a presença do senador Humberto Costa (PT), Lula e Paulo conversaram sobre o cenário nacional.

Para o senador, a conversa foi positiva e mostra que os dois partidos estão construindo um bom entendimento na luta para derrotar o governo Jair Bolsonaro (sem partido).

No instagram, o líder petista afirmou, nas redes sociais, que foi recebido pelo governador de Pernambuco, em Brasília, e definiu o encontro com "boa conversa". "Acabo de desembarcar em Brasília para uma semana intensa de muitos encontros e atividades. Na chegada fui recebido pelos meus companheiros de Pernambuco, o governador @paulocamara40 e nosso @senadorhumberto. Boa conversa!", escreveu Lula.

Já o governador Paulo Câmara comentou sobre o encontro no Twitter. "Reunião importante em Brasília com o ex-presidente @LulaOficial e o senador  @senadorhumberto. Discutimos os novos passos da frente ampla do campo progressista de oposição ao atual Governo Federal. Diálogo produtivo em favor de Pernambuco e do Brasil", destacou.

O senador Humberto, ressaltou, no Twitter, que esteve na pauta Pernambuco, CPI e o cenário nacional. " É fato que Bolsonaro abandonou o Brasil e persegue o Nordeste de maneira deliberada. O povo sente falta do tempo em que Lula governou e nosso estado viveu um grande crescimento econômico", disse. "Tivemos uma boa conversa sobre Pernambuco, sobre a CPI e sobre o cenário Nacional. É fato que Bolsonaro abandonou o Brasil e persegue o Nordeste de maneira deliberada. O povo sente falta do tempo em que Lula governou e nosso estado viveu um grande crescimento econômico", completou o parlamentar.

Folha Pernambuco Foto Divulgação

CBHSF vai realizar capacitação da plataforma siga São Francisco

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A Agência Peixe Vivo irá realizar Capacitação dos Módulos do Siga São Francisco para os membros do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF.

A capacitação, acontecerá entre os dias 26 e 29 de outubro, dividida em grupos focais (Alto SF, Médio SF, Submédio SF, e Baixo SF) e que terá a duração de 4 horas, ministrada pela empresa ECOPLAN de forma remota.

O Siga São Francisco é uma Plataforma de gestão e acesso a dados do Rio São Francisco e suas bacias hidrográficas, dividida em módulos para acompanhamento das ações, avaliação do desenvolvimento do Plano de Aplicação Plurianual, visualização e análise espacial das informações dos projetos, permitindo estudos e interpretações geográficas, gestão, manutenção e atualização dos dados referentes ao Plano de Recursos Hídricos e compartilhamento de informações relevantes na gestão de recursos hídricos entre os Estados, Distrito Federal e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico.

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Governo publica regras para retorno ao trabalho presencial de servidor

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Uma instrução normativa do Ministério da Economia, publicada no Diário Oficial da União trouxe regras para o retorno seguro e gradual de servidores e empregados públicos ao trabalho presencial.

Pelo documento, a volta deve ocorrer com a observação das medidas sanitárias recomendadas pelo Ministério da Saúde como uso de equipamentos de proteção individual e de medidas em relação aos casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus.

A instrução normativa não se aplica aos servidores e empregados públicos que exercem atividades nas áreas de segurança, saúde ou outras consideradas essenciais pelo Decreto nº 10.282, de 20 de março 2020.

A mesma instrução normativa traz uma lista de casos nos quais os servidores e empregados deverão permanecer em trabalho remoto. Na lista estão, por exemplo, os que apresentem condições ou fatores de risco como idade igual ou superior a 60 anos; tabagismo; obesidade; insuficiência cardíaca, miocardiopatia isquêmica entre outras. Também figuram na lista de risco quem tem hipertensão arterial; doença cerebrovascular; pneumopatias graves ou descompensadas (asma moderada/grave), imunodepressão e imunossupressão; doenças renais crônicas em estágio avançado, diabetes melito, além de doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; neoplasia maligna, cirrose hepática, doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme e talassemia); e gestação.

Além de casos de saúde, ficam liberados do trabalho presencialmente pais e/ou responsáveis legais de crianças em idade escolar e inferior, em locais onde aulas presenciais e serviços de creche ainda não tenham sido retomados.

Em todos esses casos a dispensa deverá ser solicitada pelo próprio servidor ou empregado público mediante uma autodeclaração enviada por e-mail à chefia imediata. A instrução normativa ressalta no entanto que quem fornecer informações falsas poderá sofrer sanções penais e administrativas. A chefia imediata do servidor deverá avaliar se o regime de trabalho remoto é compatível com a função desempenhada por cada um dos seus subordinados.

“Entende-se por trabalho remoto a execução das atividades fora das dependências físicas do órgão ou entidade pelos servidores e empregados públicos impossibilitados de comparecimento presencial ao trabalho, não se confundindo com o teletrabalho decorrente do programa de gestão a que se refere a Instrução Normativa nº 65, de 30 de julho de 2020”, ressalta a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia no documento.

Vedações

Servidores e empregados públicos que continuarem em trabalho remoto ou que estejam afastados de suas atividades presenciais não poderão receber auxílio-transporte, nem adicional noturno. Nesse último caso a exceção é para atividades que tenham necessidade de ser prestadas em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia seguinte, desde que autorizada pela chefia imediata. Fica vedado ainda o pagamento de adicionais ocupacionais de insalubridade, periculosidade, irradiação ionizante e gratificação por atividades com Raios X ou substâncias radioativas, previstos na Lei nº 8.112, de 1990.

Agência Brasil / foto: Marcelo Camargo-Agência Brasil

MP da crise hídrica sofre alterações que vão deixar conta de luz mais cara, dizem especialistas

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O deputado Adolfo Viana (PSDB-BA) incluiu em seu relatório da MP (Medida Provisória) da crise hídrica a extensão de subsídios para usinas a carvão e outras medidas para setores específicos que, segundo entidades e especialistas, devem aumentar o custo da energia no país.

Estimativas da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) apontam que o custo repassado para conta de luz vai chegar a R$ 46,5 bilhões.

No jargão do Congresso, as emendas estranhas ao tema principal de uma MP —como fez o deputado— são apelidadas de “jabutis”.

Viana apresentou seu relatório na sexta-feira (1º). O texto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no final de junho já está valendo. Para que as alterações feitas pelo parlamentar entrem em vigor, a MP precisa ser votada pela Câmara e pelo Senado.

O ponto principal da MP é a criação da CREG (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética), um grupo emergencial de monitoramento do sistema elétrico liderado pelo Ministério de Minas e Energia.

O objetivo da câmara é garantir uma resposta mais rápida eficaz do governo no enfrentamento da crise hídrica.

O comitê recebeu poderes para decidir sobre o nível de vazão de água nos reservatórios das hidrelétricas, um tipo de medida que antes dependia do aval de agências como Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento).

Em seu relatório, Viana incluiu um dispositivo que, na prática, dá mais poderes ao presidente da República.

A mudança permite que, em situações de escassez hídrica, o chefe do Executivo instaure a CREG a qualquer momento por meio de decreto e defina sua duração.

O decreto só pode ser editado caso a ANA comunique situação de escassez ou por recomendação do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) da entidade.

De acordo com o texto original editado por Bolsonaro, a previsão era que a duração do grupo emergencial terminasse em 30 de dezembro de 2021.

O congressista também estabeleceu que a CREG terá competência para promover ações de conscientização sobre redução voluntária do consumo de energia.

Entidades do setor criticaram os trechos do relatório de Viana que tratam de benefícios e subsídios a segmentos específicos. Essas inclusões feitas pelo deputado não têm relação com o grupo emergencial de monitoramento do sistema elétrico.

Viana acrescentou no texto, por exemplo, a ampliação de subsídios para a produção de energia a partir do carvão mineral. Pela nova redação, o prazo para uso de recursos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) na promoção desse combustível passou de 2027 para 2035.

Ele colocou como condicionante que o benefício valerá apenas para as termelétricas que, a partir de 2028, passem a substituir o carvão por biomassa.

Viana também acolheu uma emenda que permite que as despesas de instalação de gasodutos sejam diluídas nos custos de transmissão do setor elétrico.

Ana Carla Petti, presidente da MegaWhat Consultoria, explica que a modificação determina que o custeio desses novos gasodutos deverá ocorrer por meio da tarifa de uso do sistema de transmissão, que é paga pelos consumidores e pelos geradores.

Ela considerou ainda que a definição da competência do presidente para “instituir e definir o prazo de duração da CREG por meio de decreto é importante por tornar esse processo mais célere”.

Já Paulo Pedrosa, da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), criticou a inclusão dos “jabutis”.

“É impressionante a perspectiva de um parecer que traz tantos custos para a sociedade ser votado sem transparência e sem debate. Com o debate, vai ficar evidente que essas novas inclusões são péssimas para consumidores e para a sociedade. Mais da metade da nossa energia já está atribuída a custos adicionais que não fazem parte da cadeia da energia. E isso tira desenvolvimento do país”, afirma.

O relator também estendeu o prazo para que os geradores decidam pela renovação do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica).

Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel e especialista em energia, concorda que as medidas incluídas no relatório devem elevar o preço da energia elétrica.

“O consumidor vai pagar, além do consumo da energia, a construção de gasodutos que abastecem as termelétricas por meio de tarifa. Isso tende a distorcer a matriz de recursos”, afirma.

Sobre a prorrogação do Proinfa, o especialista diz que a contratação deveria ser feita por meio de leilão, porque cria reserva de mercado.

Ao colocar diferentes “jabutis” em seu relatório, Viana tenta repetir a estratégia adotada pelo Congresso durante a votação da MP da desestatização da Eletrobras. Na ocasião, parlamentares conseguiram incluir emendas que não estavam na versão original do projeto.

Segundo associações do setor elétrico, as mudanças feitas na MP da Eletrobras irão encarecer a geração de energia nos próximos anos. O governo refuta a tese e diz que, apesar das alterações do Parlamento, haverá corte no custo da energia.

Pelas estimativas de Abrace os custos adicionais serão bilionários.

Na contratação de reserva de capacidade, por exemplo, o custo de gasodutos pode ser incorporado ao custo do sistema de transmissão de energia. Nesse caso, o aumento para geradores e consumidores deve chegar a R$ 33,2 bilhões para 15 anos de operação.

A prorrogação do subsídio para carvão nacional, que acabaria em 2027 e seria estendido até 2035, criaria uma conta extra de R$ 2,8 bilhões na CDE.

A entidade também avaliou um outro ponto: a reserva de mercado de PCHs da MP Eletrobras. Haveria aumento no prazo dos contratos de 20 para 25 anos. Considerando encargos e tributos, o aumento seria de R$ 700 milhões.

Foi avaliada também a extensão do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) por 20 anos. O impacto seria de R$ 8 bilhões. Como será possível elevar a entrega de energia a preços fixados, sem competição, a Abrace avaliou que para cada 10% de aumento da entrega de energia, o custo do Proinfa aumenta em R$ 1,9 bilhão.

Procurado, o deputado Adolfo Viana não retornou os contatos feitos pela Folha.

Ricardo Della Coletta e Larissa Garcia, Folhapress/Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Arquivo

Brasil é maior que fascismo travestido de vermelho ou de verde e amarelo, diz Ciro, que saiu sob ataque de opositores na Paulista

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O pré-candidato a presidente da República Ciro Gomes (PDT) foi vaiado na manifestação deste sábado (2) na avenida Paulista, e deixou o local com seu carro sob ataques de pedaços de pau por opositores.

Ao subir no palco e discursar, ele foi vaiado por parte dos manifestantes, e disse que “meia duzia de bandidos travestidos de esquerda acham-se donos da verdade”.

“O povo brasileiro é muito maior que o fascismo travestido de vermelho ou de verde e amarelo”, afirmou.

Ciro, que tem sido crítico ao PT, defendeu o impeachment de Bolsonaro e disse que a medida é necessária para evitar um golpe.

Seus apoiadores aplaudiam, e os opositores vaiavam e xingavam.

Ao sair do trio, logo após o discurso, ele pediu a repórteres para procurarem no Google sobre o Cabo Anselmo -agente duplo da ditadura, que entregava militantes.

Foi então que, ao entrar em seu carro, militantes contrários e apoiadores se provocaram. O seu carro deixou o local sob ataque. Depois, houve uma briga de manifestantes. Segundo a Polícia Militar, ninguém foi preso até o momento.

Ao deixar o local, o ex-prefeito de SP Fernando Haddad (PT) disse que a tentativa de agressão a Ciro foi “lamentável”.

Afirmou ainda que o ato foi bem preparado pelos organizadores, mas devido ao número de pessoas às vezes “um ou outro” sai do roteiro. “Mas vamos chegar no nosso objetivo [impeachment de Bolsonaro]. Não dá pra recuar, temos que avançar”, disse.(José Marques)

Por José Marques, Folhapress/Foto: Gabriele/Folhapress

Brasil cai em rankings mundiais de corrupção, democracia, violência e produtividade

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As duas primeiras décadas deste século foram marcadas por uma piora da imagem do Brasil em relação à de outros países em aspectos variados, que vão da sofisticação da economia à percepção de segurança e corrupção.

Um levantamento feito pela Folha mostra que o país foi ultrapassado por outras nações em sete de oito rankings com foco em quesitos considerados importantes por investidores, organizações multilaterais e não governamentais.

Os recuos ocorreram nas listas que mensuram solidez democrática, liberdade do ambiente de negócios, complexidade das exportações, combate à corrupção, renda per capita, produtividade do trabalho e segurança.

A exceção —entre os oito rankings analisados pela reportagem— foi o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pelas Nações Unidas, no qual o país teve um modesto avanço desde 2010.

Em todos os casos, as séries foram consideradas apenas a partir do ano em que o número de nações incluídas ficou estável ou muito próximo ao do dado mais recente disponível, para evitar que mudanças de posição do Brasil fossem causadas pela entrada de novos países.

O maior declínio brasileiro foi registrado no Índice de Liberdade Econômica calculado pela Heritage Foundation, centro de pesquisa liberal americano. Desde 2009, o país perdeu 38 posições nesse ranking, recuando do 105º para o 143º lugar.

A aprovação da reforma da Previdência, em 2019, havia contribuído para uma pequena recuperação do Brasil, vista, no entanto, como insuficiente para mudar o quadro geral de má classificação em pilares considerados cruciais para um ambiente favorável à livre iniciativa.

Em seu relatório de 2021, a Heritage Foundation ressaltou que, embora o governo de Jair Bolsonaro levante uma bandeira liberal, tem falhado em reduzir gastos públicos e níveis insustentáveis de dívida.

A instituição considera em seu cálculo 12 indicadores, agrupados em quatro grupos: Estado de Direito, tamanho do governo, eficiência regulatória e liberdade de mercado.

“O Brasil devolveu alguns ganhos em liberdade econômica que tinha atingido em 2020, retomando seu declínio no ranking dos [países], de forma geral, não livres”, ressaltou a organização.

Outro ranking no qual o Brasil despencou foi o de complexidade econômica, calculado pela Universidade Harvard. O país passou da 26ª para a 53ª posição, entre 2000 e 2019 —ano mais recente para o qual há dados.

Calculado pelo Laboratório de Crescimento da instituição, o índice parte da ideia de que o nível de conhecimento em uma sociedade se traduz nos produtos que ela faz. Quanto mais diversos, tecnologicamente sofisticados e raros forem esses bens, maior o nível de complexidade econômica.

“Histórias econômicas globais bem sucedidas são aquelas de países que aumentaram sua complexidade econômica e seus volumes de exportação ao mesmo tempo”, disse à Folha Tim Cheston, gerente sênior do Laboratório de Crescimento de Harvard.

“No Brasil, ocorreu o contrário: o período de crescimento das exportações [nos anos 2000] foi acompanhado de um declínio da complefoxidade econômica”, afirmou o especialista.

Segundo ele, a pauta exportadora cada vez mais baseada em commodities prejudica o Brasil.

A capacidade de inovação de um país está ligada, entre outros fatores, à qualidade de sua mão de obra. O Brasil conseguiu aumentar os anos de estudo da população nas últimas décadas, o que contribuiu para o avanço pequeno do país no IDH, que, além das escolaridades alcançada e esperada, também considera a expectativa de vida.

Mas, além de outras nações também terem feito esse movimento, o progresso brasileiro em termos de qualidade da educação tem sido lento.

Somado à dificuldade em tornar o ambiente de negócios menos burocrático e livre, as deficiências de formação da mão de obra limitam a inovação, freando a sofisticação econômica.

Como esses fatores se autoalimentam, isso se reflete em outro ranking: o de produtividade dos trabalhadores, no qual o Brasil foi ultrapassado nas últimas duas décadas por nações como Colômbia, República Dominicana e Bulgária.

A dificuldade em sustentar um ritmo mais acelerado de crescimento, por sua vez, também aumenta o risco de instabilidade política e a violência.

Esses são outros dois aspectos nos quais o Brasil tem sido deixado para trás por outras nações.

A Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisa do grupo britânico The Economist, calcula o Índice de Democracia, com base em indicadores de cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo; funcionamento do governo; participação política; cultura política e liberdades civis.

Embora esse seja, entre os oito rankings analisados, o de melhor desempenho relativo do Brasil, houve uma pequena deterioração na última década. Desde 2010, a posição brasileira caiu de 47ª para 49ª, entre 167 nações e territórios.

Segundo Robert Wood, economista-chefe da EIU para a América Latina, a emergência de grandes escândalos de corrupção nos últimos anos levou a uma crescente descrença em relação à classe política.

“Isso alimentou uma desilusão perigosa para o processo político, abrindo espaço para um ‘outsider’ como Bolsonaro”, disse Wood à Folha.

Em relatório recente, outra organização respeitada, a Transparência Internacional, afirmou que o Brasil enfrenta “sérios retrocessos no combate à corrupção”.

Entre 2007 e 2020, o país perdeu 22 posições no ranking da organização que mensura a percepção de corrupção nas diferentes nações, com base na opinião de representantes do setor privado e analistas.

Wood destaca que, apesar do aumento da polarização política causado por problemas como a corrupção, o Brasil teve leve melhora no índice de democracia da EIU entre 2019 e 2020 em consequência do maior apoio popular à democracia e da capacidade demonstrada pelos poderes Legislativo e Judiciário de cumprir seu papel de peso e contrapeso ao Executivo.

A realização bem sucedida de eleições municipais em meio à pandemia do coronavírus também contou a favor do país.

Já em termos de segurança, o Brasil teve uma piora em seu desempenho no Índice de Paz Global referente a 2020. Segundo o Institute for Economics and Peace, que calcula o indicador, entre as populações dos 163 países pesquisados, a brasileira é a que expressa o maior temor em relação à violência no mundo.

Os fatores expressos nesses rankings são importantes empecilhos ao avanço social e econômico do país, o que se reflete no índice de renda per capita do Brasil.

Medido em paridade do poder de compra —metodologia que desconta os diferentes custos de vida das nações—, o rendimento médio do brasileiro avança, lentamente, há décadas.

Assim, países como China, Chile, Turquia e Botsuana, além de Taiwan, que eram mais pobres que o Brasil no início da década de 1980, hoje registram renda per capita média maior do que a brasileira.

Érica Fraga e Gustavo Queirolo, Folhapress/Foto: Danilo Verpa/Folhapress/Arquivo

Preso no Pará homem suspeito de assédio a ciclista em Palmas

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Um homem suspeito de assediar uma jovem ciclista em Palmas, no sudoeste do Paraná, foi preso pela Polícia Civil (PCPR) na manhã desta terça-feira (28). O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais após a vítima postar um vídeo do momento do assédio.

De acordo com a Polícia, um homem foi detido e outros dois ocupantes do carro foram identificados. Um quarto suspeito, que seria menor de idade, ainda não foi identificado. O suspeito foi preso em flagrante por importunação sexual e lesão corporal e já foi indiciado.

Ainda segundo informações da Polícia Civil de Palmas, o suspeito negou ter assediado a vítima e alegou que estava apenas com a mão para fora do carro quando esbarrou na mulher por acidente.

De acordo com o depoimento do suspeito, os ocupantes do veículo estavam embriagados. Como havia um menor de idade no carro, que é irmão do condutor do veículo, a polícia ainda investiga o crime de oferecer bebida a menores de 18 anos.

Entenda o caso

Uma jovem transitava pela Avenida Constantino Fabrício da Silva Pinto, próximo à prefeitura, seguindo em direção ao Campus do Instituto Federal, quando dois indivíduos, em um carro da marca  VW/Gol, de cor branca, se aproximaram. No vídeo publicado pela vítima é possível ver que o carona passa a mão nas nádegas da jovem e acaba a derrubando da bicicleta.

Após o suposto assédio, a dupla se evadiu sem prestar ajuda à jovem, que sofreu ferimentos leves e foi socorrida  por três rapazes que passavam pelo local.

Folha de Pernambuco / fotos: reprodução

Bolsonaro: “Está insatisfeito comigo? Tem eleição ano que vem, é só mudar”

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (27/9) que, para aqueles que estão insatisfeitos com o atual governo, “tem eleição no que vem. Só mudar”. A declaração, feita a apoiadores, no Palácio da Alvorada, e transmitida por um canal simpatizante ao governo, ocorre num momento em que a popularidade de Bolsonaro atinge o pior índice desde o início do mandato: 53% de reprovação.

O chefe do Executivo comentava a situação econômica do país e as sucessivas altas nos preços médios dos combustíveis. “Se o pessoal está insatisfeito comigo – não estou reclamando, não, tá? –, tem eleição no ano que vem. Só mudar lá. Não tem outro caminho”, declarou.

Durante a conversa, Bolsonaro disse que a culpa pelos preços altos é do “PT”, que gastou “R$ 200 bilhões em refinarias que não aconteceram”.

“Não posso fazer milagre. Quem quebrou a Petrobras? Quebrou, não, né? Quem arrebentou com a Petrobras foi o PT. Mais de R$ 200 bilhões gastos com refinarias que não aconteceram. A conta para quem bota combustível no carro pagar.”

Em tom de alerta, o chefe do Executivo ainda afirmou que o preço do diesel será reajustado, ao lembrar que o combustível não tem aumento de preço há três meses.

O último reajuste da Petrobras sobre o preço do diesel ocorreu em 5 de julho deste ano. Na ocasião, o valor médio de venda do combustível passou para R$ 2,81 por litro, o que significa um reajuste médio de R$ 0,10 por litro (3,7%).

“Pessoal está insatisfeito? Está. Inclusive estamos há três meses sem reajustar o diesel. Vai ter um reajuste daqui a pouco. Não vai demorar. Agora, não posso fazer milagre”, afirmou durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. A conversa foi transmitida por um canal simpatizante ao governo.

ICMS unificado

Na fala, o chefe do Executivo voltou a comentar a alta no preço dos combustíveis e disse que esse é um problema no mundo inteiro, não apenas no Brasil. Ele lembrou que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), no início do mês, para que o Congresso Nacional fixe, em um prazo de 120 dias, o preço do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis nos estados.

Em janeiro deste ano, o governo encaminhou um projeto de lei ao Congresso propondo mudanças no cálculo do ICMS sobre os combustíveis. O projeto, no entanto, não avançou. A ideia do governo era definir uma “alíquota uniforme e específica” para cada combustível, ou seja, um valor fixo e unificado em todo o país.

Na ação enviada ao STF, também assinada pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, o governo afirma que o Legislativo, ao se omitir sobre o assunto, fere os princípios constitucionais, gerando uma situação em que as alíquotas do tributo variam em cada estado e de acordo com o tipo de produto.

“A forte assimetria das alíquotas de ICMS enseja problemas que vão muito além da integridade do federalismo fiscal brasileiro, onerando, sobretudo, o consumidor final, que acaba penalizado com o alto custo gerado por alíquotas excessivas para combustíveis – que são insumos essenciais, e, por isso, deveriam ser tratados com modicidade – e com a dificuldade no entendimento da composição do preço final desses produtos”, diz o documento.

O governo federal ressaltou que a unificação do preço do ICMS foi incluída na legislação por meio da Emenda Constitucional 32 de 2001. O ato prevê que o valor do imposto estadual pode ser estabelecido por ad valorem, ou seja, quando o tributo incide como uma porcentagem sobre o valor da operação, a exemplo do que é feito hoje em dia – ou por preço por unidade de medida adotada.

Metrópoles / foto: Antônio Cruz/Agência Brasil