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Ministro pede que corte no orçamento seja revisto "urgentemente"

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, comentou, no último fim de semana, o corte no orçamento da pasta, aprovado pelo Congresso Nacional por solicitação do Ministério da Economia. O projeto retirou R$ 690 milhões do ministério comandado por Pontes e repassou para outros setores. 

Com a redução, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) perdeu 90% do seu orçamento, incluindo recursos que serviriam para o pagamento de bolsas de pesquisa, o que pode impactar projetos em andamento. 

Em nota conjunta, entidades científicas como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM) e Associação Nacional de Estudantes de Pós-Graduação (ANPG) criticaram a mudança de destinação de recursos. 

"Quando mais precisamos da ciência, a equipe econômica age contra a lei, com manobras que sugerem a intenção deliberada de prejudicar o desenvolvimento científico do Brasil. Além de não liberar os R$ 690 milhões à revelia dos compromissos firmados com setor, cerca de R$ 2 bilhões do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] seguem pendentes de destinação, em claro descumprimento da Lei Complementar n° 177/2021. É incompreensível que o Congresso Nacional permita que suas decisões, manifestadas democraticamente na aprovação de leis para o país, sigam sendo descumpridas por meio de manobras de último momento. É preciso priorizar a ciência. Ciência é vida!", diz a nota.

Nota do Ministério da Economia

Em nota, o Ministério da Economia informou, na sexta-feira (8), que proposta de alteração na programação orçamentária "ocorreu para cumprir decisão governamental quanto à necessidade de remanejar recursos neste momento, a qual foi referendada pela Junta de Execução Orçamentária (JEO)". 

"Não são recursos originados da reserva de contingência do FNDCT. Entre essas demandas, consta o atendimento de R$ 89,8 milhões para o MCTI. Desse total, R$ 63 milhões serão destinados para despesas com produção e fornecimento de radiofármacos no país. Outros R$ 19 milhões vão para o funcionamento das instalações laboratoriais que dão suporte operacional às atividades de produção, prestação de serviços, desenvolvimento e pesquisa. Estão contempladas ainda despesas do Ministério da Saúde, Educação (R$ 107 milhões para a concessão de bolsas de estudo no ensino superior e outros R$ 5 milhões para o apoio ao desenvolvimento da educação básica), Cidadania, Comunicações, Desenvolvimento Regional (R$ 150 milhões para ações de proteção e Defesa Civil associadas à distribuição de água potável às populações atingidas por estiagem e seca (Operação Carro-Pipa), R$ 100 milhões para a integralização de cotas de moradia do Fundo de Arrendamento Residencial e R$ 2,2 milhões para obras de infraestrutura hídrica) e Agricultura, Pecuária e Abastecimento", informou a pasta.

Agência Brasil / Foto: Reprodução TV Brasil)

Inatividade física de brasileiros causa gastos de R$ 300 milhões ao SUS

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Estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) constatou que o impacto econômico da inatividade física de brasileiros, em diferentes regiões do país, representa gastos no Sistema Único da Saúde (SUS) de cerca de R$ 300 milhões somente com internações, em valores de 2019. 

"Esse custo seria evitável na medida em que você ampliasse o acesso da população a programas de promoção de atividade física", disse à Agência Brasil Marco Antonio Vargas, subchefe do Departamento de Economia da UFF e coordenador executivo da pesquisa, denominada "Implicações socioeconômicas da inatividade física: panorama nacional e implicações para políticas públicas".

Ele afirmou que esses programas devem ser direcionados a variados segmentos de diferentes faixas da população. "Você tem carências muito claras em alguns setores, principalmente em populações mais vulneráveis", ponderou. Aí entram ações promovidas pelos municípios. O estudo objetiva contribuir para a formulação e implementação de políticas em saúde preventiva, assim como ao estímulo à prática de atividade física no país.

O foco do trabalho se situou em pessoas maiores de 40 anos de idade, em função do volume de dados existentes. Buscou-se correlacionar os dados com os custos de tratamento no SUS, isto é, custos de hospitalização. O levantamento envolveu uma equipe interdisciplinar de pesquisadores, coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - (In) Atividade Física e Exercício da UFF - e foi feito em 2019, portanto, antes da pandemia do novo coronavírus. No momento, está se buscando a atualização dos dados de 2020 para cá, por pesquisadores do Laboratório de Ciências do Exercício (Lace) e do Núcleo de Pesquisa em Indústria, Energia, Território e Inovação (Neiti) da UFF.

DOEÇAS CRÔNICAS: Vargas esclareceu que a inatividade está associada à incidência de diversas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), entre as quais hipertensão, diabetes, neoplasias de cólon e mama e doenças isquêmicas do coração, entre outras. A inatividade física constitui um dos principais fatores de risco associados à mortalidade DCNTs no mundo e no Brasil. 

"Em maior ou menor medida, essas enfermidades guardam correlação com a inatividade física. Algumas em percentual menor e outras, maior", observou Vargas. Dentro do conjunto de custos no SUS associado ao tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, a pesquisa buscou a parte que pode ser atribuída à inatividade física.

O coordenador informou que o nível de escolaridade e de renda está associado à prevalência maior de inatividade física. A partir de dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério de Saúde, de 2017, observou-se, por exemplo, que o sedentarismo é maior entre os indivíduos com sete anos ou menos de escolaridade (57,92%) em comparação com aqueles que possuem 12 anos ou mais de escolaridade (41,18%). 

O nível de inatividade é maior entre mulheres do que entre homens e quanto menor for o nível de escolaridade, maior o nível de inatividade.

Vargas defendeu, ainda, que a promoção da atividade física deve ser encarada como parte integrante de uma política de saúde. "Ela não está separada e, portanto, deve ter uma atenção bastante especial do ponto de vista de programas voltados à prevenção", salientou.

O estudo cita dados da Base de Informações Municipais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BIM-IBGE). Eles mostram que  88% dos municípios brasileiros desenvolvem algum tipo de ação, projeto ou programa permanente na área de esporte e lazer. 

Vargas argumentou, entretanto, que o percentual ainda é muito baixo quando se trata de programas na área de esporte voltados à inclusão social em comunidades carentes (26,4%) ou para pessoas com deficiência (16,8%).

O mesmo ocorre em relação a programas de inclusão social de idosos e de mulheres, por exemplo, que apenas 30% dos municípios apresentam. Ações para jovens e adultos já contam com um percentual maior: 50% das cidades têm iniciativas de inclusão social para essas camadas da população voltadas à educação física. 

O coordenador destacou que esses dados necessitam de um olhar mais minucioso para identificar o que está ocorrendo nas cidades e como estão acontecendo esses programas de esporte nas escolas. Ao mesmo tempo, a pesquisa observou que, ao longo dos últimos anos, houve uma queda significativa de gastos com desporto e lazer na esfera federal, que representam, em média, apenas 0,024% do total de gastos federais.

CENÁRIO MUNDIAL; Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que a inatividade física é um fenômeno que envolve mais de 20% da população mundial de adultos e mais de 80% da população mundial de adolescentes. Isso significa que um em cada quatro adultos, e quatro em cada cinco adolescentes, não fazem atividades físicas regulares, suficientes para atender às recomendações globais estabelecidas pela OMS.

Ainda segundo a OMS, 27,5% da população global não atingem níveis mínimos desejáveis de atividade física durante a semana. Na América Latina e no Caribe, 39,1% da população são fisicamente inativos. A maior prevalência de inatividade física na região é encontrada no Brasil, onde 47% da população não atingem os níveis mínimos recomendados. 

Agencia Brasil

Copa do Mundo de 2022 pode ser a última da carreira de Neymar

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A Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar, pode ser a última da carreira de Neymar. O jogador da seleção brasileira, que participou das Copas de 2014 e 2018, disse, em entrevista ao documentário Neymar Jr. and The Line Of Kings, da DAZN, não saber se terá condições para competir em alto nível no Mundial de 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, Canadá e México.

“Acho que é minha última Copa do Mundo (2022). Eu encaro como a minha última porque não sei se terei mais condições, de cabeça, de aguentar mais futebol. Então vou fazer de tudo para chegar muito bem, fazer de tudo para ganhar com meu país. Para realizar o meu sonho desde pequeno e espero poder conseguir”, disse Neymar.

Neymar tem 29 anos. Chegará em 2026 com 34 anos, na Copa a ser disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. O atacante estreou no campeonato em 2014, quando foi realizado no Brasil. Em 2018, na Rússia, também foi convocado.

Foto: Divulgação

Paulo Câmara sanciona lei que torna vacinação de servidores obrigatória em Pernambuco

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, sancionou a lei que torna obrigatória a vacinação contra a Covid-19 de servidores, empregados públicos, militares de estado, contratados temporários e prestadores de serviço contratados pelos órgãos e poderes do Estado. 

Após ser apresentado, tramitado em regime de urgência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e aprovado pelos deputados por 34 votos a favor e seis contrários em segunda discussão no plenário, na última quinta-feira (7), o projeto tornou-se lei com a publicação no Diário Oficial do Estado de sábado (9) e já está em vigor.

Segundo o texto da lei complementar nº 458, será permitido o exercício funcional regular para aqueles que tomaram a primeira dose até o curso da imunização completa com a aplicação da segunda dose da vacina, respeitados os prazos definidos no calendário de vacinação municipal, desde que devidamente comprovado.

"Aqueles que não comprovarem a realização da primeira dose ou dose única da vacinação contra a Covid-19 ou não apresentarem justa causa para não o ter feito serão impedidos de permanecer nos seus locais de trabalho, sendo atribuída falta ao serviço até a efetiva regularização", diz o texto da lei.

Para a comprovação da vacinação, os servidores deverão apresentar o certificado nacional de vacinação, em versão impressa, disponível para emissão no aplicativo ou site Conecte SUS Cidadão.

Apenas quem comprovar justa causa por natureza de saúde estará isento da vacinação e das sanções previstas na lei. Essa certificação deve ser feita mediante apresentação de declaração médica que contraindique a imunização.

Em caso de ausência ao serviço sem justa causa por mais de 30 dias, os servidores estarão passíveis de instauração de processo administrativo para apurar o "abandono de serviço público".

A comprovação da vacinação contra Covid-19 ou a apresentação de declaração médica que justifique a ausência de imunização será feita junto à área de gestão de pessoas do órgão, entidade ou poder de exercício, em até 20 dias após a publicação da lei - ou seja, prazo contado a partir de sábado.

Empresas contratadas para prestar serviços ao Estado deverão apresentar declaração assinada pelos respectivos representantes legais, conforme modelo contido no Diário Oficial, em até 30 dias após a publicação da lei.

Em mensagem encaminhada aos deputados da Alepe, o governador Paulo Câmara, autor do projeto, havia afirmado que o "projeto tem por objetivo conter a disseminação da Covid-19 e assegurar o adequado funcionamento dos serviços de saúde, de preservação da saúde pública, bem como dos serviços públicos em geral".

Folha de Pernambuco / foto: reprodução

Cristo Retentor: 90 anos

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Imagem mais famosa do Brasil, o Cristo Redentor completa 90 anos, e a história da sua construção ainda é pouco conhecida dos brasileiros. O monumento de 38 metros de altura, no alto do morro do Corcovado, a 710 metros do nível do mar, com os braços abertos, é um dos principais cartões postais do Brasil.

A obra foi eleita uma das “sete maravilhas do mundo moderno” em 2007 e tombada em 2009 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Local é o ponto turístico mais visitado do país pelos estrangeiros. Segundo pesquisa da FGV, o Cristo rende cerca de R$ 1,5 bilhão para a cidade do Rio por ano e mais de 21 mil empregos diretos e indiretos. Em média, 35% dos visitantes vem do exterior; 44% são brasileiros (mas de fora do Rio); e apenas 8% moram na cidade.

Estátua foi criada por arquiteto e engenheiro que venceu concurso

“É a história do Brasil que está ali. Envolve a política, a república, a monarquia, o Getúlio Vargas, que inaugurou (a estátua),” afirma Rodrigo Alvarez, jornalista e autor do livro Redentor, lançado para o aniversário do Cristo Redentor.

“Há um grande contexto brasileiro no Cristo Redentor. Não é à toa que quando tem um problema no Brasil, as revistas internacionais colocam o Cristo na capa. O Cristo é a imagem do Brasil”, acrescenta ele.

Por muito tempo a documentarista Bel Noronha, assim como muita gente, chegou a acreditar num mito de que a estátua teria sido um presente da França para o Brasil. Ela achava que a família estava exagerando quando ouvia em casa “vovô fez o Cristo”. Até que começou a pesquisar o assunto para a realização do documentário Christo Redemptor (2005) e depois De braços abertos (2008) e resgatou memórias e documentos que estavam sendo esquecidos.

Bel Noronha é bisneta de Heitor da Silva Costa, o engenheiro e arquiteto que venceu um concurso organizado por um grupo de católicos em 1921 com a finalidade de promover a construção de uma estátua em homenagem a Jesus Cristo para o centenário da independência, no ano seguinte. Foi o brasileiro que liderou o projeto, da concepção até a entrega da obra, em 12 de outubro de 1931.

O teólogo Alexandre Pinheiro, coordenador do Núcleo de Acervo e Memória do Cristo Redentor, conta que não foi fácil na época conseguir a autorização do governo republicano para a obra. Um abaixo-assinado de 20 mil mulheres, lideradas pela escritora Laurita Lacerda, ajudou a vencer a resistência do então presidente Epitácio Pessoa.

Arquidiocese do Rio construiu monumento com doações de brasileiros

A arquidiocese do Rio de Janeiro organizou uma campanha de arrecadação de fundos que mobilizou não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil. Toda a construção do Cristo foi financiada com o dinheiro das doações dos brasileiros, destaca Pinheiro.

Heitor da Silva Costa buscou parcerias na França para a obra. Para fazer os cálculos estruturais, contratou o engenheiro Alberto Caquot e para fazer a estátua, o escultor Paul Landowski, grande expoente do movimento art déco. Landowski mandou a maquete de 4 metros para o Brasil de navio. A cabeça e as mãos foram feitas em tamanho natural.

A escultura foi reproduzida em concreto armado e revestida em pedra-sabão. Grupos de mulheres se reuniam na casa paroquial para fazer os mosaicos que eram posteriormente aplicados na estátua. Muitas escreveram os nomes de namorados e outras pessoas queridas atrás das pecinhas.

A qualidade da obra impressiona a arquiteta e escultora Cristina Ventura, coordenadora da mais recente restauração do Cristo. Para o aniversário de 90 anos foram feitos reparos emergenciais em partes que haviam sido danificadas pelas intempéries: trechos do manto, dedo direito e parte frontal da cabeça.

Além disso, como parte da manutenção preventiva, o Cristo ganhou uma estação meteorológica, que vai medir os ventos que atingem a estátua. Ganhou também para-raios reforçados.

(Com Agência Brasil).

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Cristo Redentor é uma estátua art déco que retrata Jesus Cristo, localizada no topo do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar, no Parque Nacional da Tijuca, com vista para a maior parte da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Em 2007 foi eleito informalmente como uma das sete maravilhas do mundo moderno. Em 2012 a UNESCO considerou o Cristo Redentor como parte da paisagem do Rio de Janeiro incluída na lista de Patrimônios da Humanidade.

O monumento foi concebido pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa e construído em colaboração com o escultor francês Paul Landowski e com o engenheiro compatriota Albert Caquot, entre 1922 e 1931 na França, devido o pensamento dos franceses, de que os brasileiros não tinham experiência para construir a estátua. Foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931, dia de Nossa Senhora Aparecida e fica no bairro do Alto da Boa Vista.

Símbolo do cristianismo brasileiro, a estátua se tornou um ícone do Rio de Janeiro e do Brasil.  Em 2011, em uma pesquisa de opinião pela internet, o Cristo Redentor foi considerado por 23,5 % de 1 734 executivos de todos os países da região como o maior símbolo da América Latina. O monumento também é um importante ponte de visitação, que recebe, em média, 2 milhões de turistas por ano.

O Cristo Redentor é feito de concreto armado e pedra-sabão. Tem trinta metros de altura, sem contar os oito metros do pedestal, e seus braços se esticam por 28 metros de largura. A estátua pesa 1145 toneladas e é a terceira maior escultura de Cristo no mundo, menor apenas que a Estátua de Cristo Rei de Świebodzi na Polônia (a maior escultura de Cristo no mundo) e a de Cristo de la Concordia na Bolívia (a segunda maior escultura de Cristo no mundo).

A ideia de construir uma grande estátua no alto do Corcovado foi sugerida pela primeira vez em meados da década de 1850, quando o padre Pedro Maria Boss sugeriu a colocação de um monumento cristão no Monte do Corcovado para homenagear a Princesa Isabel, regente do Brasil e filha do Imperador Dom Pedro II. A princesa gostou da ideia e chegou a dar apoio à construção da obra.

Na época da assinatura da Lei Áurea, diante da possibilidade de homenagem com uma estátua que a representaria como “A redentora”, a Princesa Isabel não aceitou o pedido, conforme o aviso de 2 de agosto de 1888, destacando que a homenagem deveria ser feita ao verdadeiro “Redentor dos homens”, com uma imagem ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1889, o país se tornou uma república e, com a oficialização da separação entre Igreja e Estado, a proposta foi descartada.

O primeiro projeto do Cristo Redentor, desenhado por Heitor da Silva Costa.

A segunda proposta de uma estátua no topo da montanha foi feita em 1920, pelo Círculo Católico do Rio de Janeiro.[20] O grupo organizou um evento chamado "Semana do Monumento" para atrair doações e recolher assinaturas para apoiar a construção da estátua. As doações vieram principalmente de católicos brasileiros. Os projetos considerados para a "Estátua do Cristo" incluíam uma representação da cruz cristã, uma estátua de Jesus com um globo nas mãos e um pedestal que simbolizaria o mundo. A estátua do Cristo Redentor de braços abertos, um símbolo de paz, foi a escolhida. O engenheiro local Heitor da Silva Costa projetou a estátua, que foi esculpida por Paul Landowski, um escultor franco-polonês.

Apesar de, atualmente, protestantes de todo o mundo visitarem o Cristo, inicialmente os líderes da Igreja Batista eram contrários à construção dele, chegando a propor que o dinheiro arrecadado fosse usado na construção de uma obra beneficente. Em 23 de março de 1923, os seguidores da Igreja Batista publicaram uma nota no O Jornal Batista, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira em que afirmavam que a construção "será, a um tempo, um atestado eloquente de idolatria da Igreja de Roma" e sugeriram que o dinheiro arrecadado para a construção deveria ser utilizado em obras assistenciais.

Construção e inauguração

O rosto da estátua foi criado pelo escultor Gheorghe Leonida, que nasceu em Galati, na Romênia, em 1893. Estudou escultura no Conservatório Belas Artes de Bucareste, em seguida, após estudos de mais três anos na Itália, ele ganhou um prêmio de escultura Reveil ("Despertar"). Depois ele se mudou para Paris, onde sua obra Le Diable ("O Diabo") foi premiada com o Grand Prix. Tornando-se famoso na França como retratista, ele foi incluído por Paul Landowski na equipe que começou a trabalhar no Cristo Redentor em 1922. Gheorghe Leonida contribuiu retratando o rosto de Jesus Cristo na estátua, fato que o tornou famoso.

Um grupo de engenheiros e técnicos estudou as apresentações de Landowski e tomou a decisão de construir a estrutura em concreto armado (projetado por Albert Caquot) em vez de aço, mais adequado para uma estátua em forma de cruz. As camadas exteriores são feitas de pedra-sabão, escolhida por suas qualidades duradouras e facilidade de uso. A construção durou nove anos (entre 1922 e 1931) e custou o equivalente a 250 mil dólares (ou 3,3 milhões de dólares em valores de 2014). O monumento foi inaugurado em 12 de outubro de 1931.

Ex-presidente Lula da Silva promove o Cristo como uma das novas sete maravilhas do mundo.

Durante a cerimônia de inauguração, a estátua foi iluminada por uma bateria de holofotes que acionada remotamente pelo pioneiro da rádio de ondas curtas, Guglielmo Marconi, que estava a 9.200 quilômetros de distância, em Roma, na Itália. A sua missa de inauguração aconteceu no Estádio de Laranjeiras, igualmente ocorrida no dia 12 de outubro de 1931.

Em outubro de 2006, no 75 º aniversário da conclusão da estátua, o Arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Eusébio Oscar Scheid, consagrou uma capela em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, sob a estátua. Isso permite que os católicos possam realizar batismos e casamentos no local.[12] No dia 7 de julho de 2007, em uma festa realizada em Portugal, o Cristo Redentor foi incluído entre as novas sete maravilhas do mundo. A decisão, após um concurso informal, foi baseada em votos populares (internet e telefone), votação que ultrapassou a casa dos cem milhões de votos.[26] Todavia, o concurso não foi apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que apontou a falta de critérios científicos para a escolha das maravilhas.

Danos e restaurações

Detalhe do rosto do monumento.

Em 1990, um trabalho de restauração foi realizada por meio de um acordo entre várias organizações, incluindo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, empresa de mídia Rede Globo, a companhia petrolífera Shell do Brasil, o regulador ambiental Ibama, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o governo do município do Rio de Janeiro.

Em 2003, mais transformações na estátua e em seus arredores foram realizadas, quando um conjunto de escadas rolantes, passarelas e elevadores foram instalados para facilitar o acesso à plataforma em torno da estátua. Em 2010, uma restauração maciça da estátua foi realizada. O monumento foi lavado, a argamassa e pedra-sabão que cobrem a estátua foram substituídos, a estrutura interna de ferro foi restaurada e a estátua tornou-se à prova d'água. Um incidente ocorreu durante a restauração quando picharam um dos braços em um ato de vandalismo. O prefeito Eduardo Paes chamou o ato "um crime contra a nação". Os culpados mais tarde pediram desculpas e se apresentaram à polícia.

Comparação da altura do Cristo e das estátuas Estátua da Unidade; Buda do Templo da Primavera; Estátua da Liberdade; Mãe Pátria; e David.
 

A restauração de 2010 envolveu cem pessoas e usou mais de 60 mil pedaços de pedra retirados da mesma pedreira que a estátua original. Durante a inauguração da restauração, a estátua foi iluminada em verde-e-amarelo em apoio a Seleção Brasileira de Futebol, que estava jogando na Copa do Mundo FIFA de 2010.

A estátua foi atingida por um raio durante uma violenta tempestade em 10 de fevereiro de 2008 e sofreu alguns danos nos dedos, cabeça e sobrancelhas. Um esforço de restauração foi posto em prática pelo governo do estado do Rio de Janeiro para substituir algumas das camadas de pedra-sabão exteriores e reparar os para-raios instalados na estátua. O monumento foi danificado novamente por um raio em 17 janeiro de 2014, quando um dedo na mão direita foi destruído.

Além dos relâmpagos, a estátua está exposta a fortes ventos e a erosão, por isso os trabalhos de manutenção do monumento devem ser realizados periodicamente. A pedra original pálida não está mais disponível em quantidades suficientes e pedras de substitutas são cada vez de tons mais escuros.

Foto: Divulgação

Marcos Pontes critica Ministério da Economia por corte de R$ 600 milhões no orçamento da ciência

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O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes considerou uma “falta de consideração”  o corte de R$ 600 milhões do orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia, em verbas destinadas ao financiamento de pesquisas.

Marcos Pontes publicou em uma rede social neste domingo (10) que o corte é “equivocado e ilógico”, cobrando uma correção imediata: "Falta de consideração. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a Comunidade. Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente”, escreveu.

Em que pese as críticas endereçadas ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, o corte nas verbas da ciência foi feito a pedido do próprio governo. 

Foto imagem TV Brasil

Despejos por falta de aluguel estão suspensos até o fim do ano

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O presidente Jair Bolsonaro promulgou a lei que proíbe o despejo ou a desocupação de imóveis comerciais ou residenciais até o fim de 2021, em razão da pandemia de covid-19. A medida havia sido vetada por Bolsonaro em agosto, mas o veto foi derrubado pelo Congresso no mês passado.

A Lei nº 14.216/2021 foi publicada no Diário Oficial da União, abrangendo ordens de despejos proferidas antes mesmo do período de calamidade pública, que entrou em vigor em 20 de março de 2020.

Para isso, o locatário deve comprovar que sua situação financeira mudou em razão das medidas de enfrentamento da pandemia, ocasionando prejuízo à subsistência da família e impossibilitando o pagamento do aluguel e dos demais encargos. A lei se aplica aos contratos de aluguel até R$ 600, no caso de locação residencial, e de R$ 1,2 mil para imóveis comerciais.

O texto também suspende os atos judiciais, extrajudiciais ou administrativos que imponham a desocupação ou a remoção forçada coletiva de imóveis urbanos, privados ou públicos. Nesse caso, não serão adotadas medidas preparatórias ou negociações para efetivar eventual remoção, e a autoridade administrativa ou judicial deverá interromper os processos em curso.

A medida atinge as decisões editadas ou proferidas desde 20 de março do ano passado. A regra não vale para as ocupações ocorridas após 31 de março de 2021 ou para as desocupações já concluídas.

Após 31 de dezembro de 2021, o Poder Judiciário deverá realizar audiência de mediação entre as partes, com a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública, nos processos de despejo, remoção forçada e reintegração de posse coletivos que estejam em tramitação.

Agencia Brasil

Senadores lamentam a marca de 600 mil mortes por covid-19

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Senadores lamentaram, ontem sexta-feira (8), a marca de 600 mil mortes causadas pela Covid 19. Até a tarde desta sexta-feira, o Ministério da Saúde indicava que 599.810 brasileiros haviam morrido vítimas do novo coronavírus. Mas, segundo dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa, em boletim extra, o Brasil chegou a 600.077 mortos pela Covid.

Em várias partes do Brasil, como na Praça dos Três Poderes em Brasília (foto acima), atos lembraram as vidas perdidas. Pelas redes sociais, os senadores lamentaram as perdas e apontaram ineficiência do governo no combate à Covid-19. Para o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), muitas mortes não deveriam ter ocorrido.  

“Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas, caso a vacinação tivesse começado antes e outras medidas fossem adotadas para amenizar o contágio. O Senado, então, instalou a CPI e, além da aceleração da vacinação reduzindo a velocidade dos contágio, temos a responsabilidade de evitar que isso se repita. Faremos o nosso trabalho”, garantiu o senador pelo Twitter.

Ao longo dos últimos meses, senadores como o vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), têm exibido placas com o número de vidas perdidas para a covid-19 no Brasil. Para Randolfe, a marca representa um momento triste para o País e tem relação com a estratégia adotada pelo governo no controle da pandemia.

“Hoje atingimos a triste marca de 600 mil óbitos. A maioria dessas mortes poderiam ser evitadas, caso a estratégia adotada pelo governo federal fosse diferente. Nossa solidariedade a cada um e cada uma neste momento. Também sentimos muita falta de nossos entes queridos”, lamentou o senador.

FATORES: Também pelo Twitter, o líder do Cidadania, senador Alessandro Vieira (SE), apontou fatores que considera responsáveis pelo número de mortes e afirmou que a reparação exigirá esforço.

“Seiscentos mil mortos pela COVID no Brasil. Uma sensação triste de que muitas vidas se foram pela soma de ineficiência do estado, desinformação e ganância. É hora de enxugar as lágrimas e começar a longa caminhada pela reparação da dor de cada família. Precisamos reconstruir o Brasil”, disse.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que a marca de 600 mil mortes é a prova de que a doença não deveria ter sido subestimada. “Fica uma tristeza enorme saber que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se o governo federal tivesse buscado a vacina e não o negacionismo”, argumentou.

O líder do PT, senador Paulo Rocha (PA), compartilhou imagem que atribui ao presidente Jair Bolsonaro parte da responsabilidade 600 mil mortes. “Uma tragédia caiu sob o Brasil desgovernado”, disse o senador.  Ele também compartilhou uma notícia que mostra que, apesar da desaceleração do ritmo da pandemia, em razão da vacinação, ainda é preciso se proteger contra a doença.

Na mesma linha, a líder do PP, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), pediu que a população mantenha os cuidados para evitar o contágio. “Passamos da estarrecedora marca de 600 mil vidas levadas pela COVID-19. A vacinação avançou, o número de mortes diminuiu, mas ainda precisamos nos cuidar e cuidar das outras pessoas. A todas as famílias enlutadas por esse vírus destruidor, a minha irrestrita solidariedade”, publicou a senadora.

VIDAS: Fabiano Contarato (Rede-ES) lembrou que é preciso enxergar mais que o número.  “Não é uma gripezinha. Muito mais do que um número, são vidas! Pais, mães, avós, irmãos. Seiscentos mil brasileiros com suas dores e sonhos que, agora, deixam um vazio no coração de outras milhares de pessoas. Que Deus nos conforte.”, publicou o senador nas redes sociais.

A senadora Leila Barros (Cidadania-DF) expressou solidariedade ás famílias atingidas. “São milhares de famílias enlutadas e destroçadas por essa tragédia que infelizmente ainda não terminou. Quero expressar meus sentimentos e solidariedade a todos aqueles que, como eu, perderam pessoas queridas. Tamanho sofrimento não pode ser menosprezado ou esquecido. Pelo contrário. Deve servir para que tiremos lições sobre nossas prioridades e escolhas. Vamos seguir com a vacinação, respeitando os protocolos sanitários, até que possamos, juntos, superar essa pandemia”.

Para o líder do MDB, senador Eduardo Braga, as vidas perdidas significam uma dor que não acaba “Seiscentas mil vidas perdidas. São pessoas, histórias e famílias destruídas. A todos a minha solidariedade. Uma dor que não acaba, um luto que entristece o país inteiro”, lamentou pelo Twitter.

CRONOLOGIA: A primeira morte por covid-19 no Brasil foi registrada em 17 de março de 2020. Em agosto do mesmo ano, o País já havia chegado a 100 mil mortes. Em janeiro de 2021, o número chegou a 200 mil e o ritmo das mortes acelerou, com a marca de 300 mil mortos registrada em março e de 400 mil em abril. Com o andamento da vacinação, o ritmo de crescimento no número de óbitos desacelerou. A marca de 500 mil mortes foi registrada em junho de 2021 e nesta sexta-feira,  quase três meses depois, o número chegou a 600 mil mortes.

Agencia Senado

Bonner diz que vai se aposentar: “Tenho que descansar”

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Usando sua conta oficial no Instagram, o jornalista não titubeou ao responder sobre seu futuro na bancada do telejornal.

Apresentador do Jornal Nacional desde 1996, o jornalista William Bonner revelou que tem uma expectativa para deixar o comando do telejornal mais assistido e repercutido do país.

Usando sua conta oficial no Instagram, Bonner abriu a caixinha de perguntas, que faz muito sucesso entre os famosos da plataforma, e foi questionado sobre como vê a atração daqui a 10 anos. E ele não pretende estar atrás da bancada.

“Bom, daqui a 10 anos eu certamente vou ver de casa. Eu não pretendendo estar com essa idade toda apresentando o ‘JN’, vou estar com 67 anos. O tio tem que descansar também, né? Vamos devagar”, pediu o apresentador.

Outras dúvidas

Uma outra internauta perguntou por qual motivo William Bonner decidiu deixar a barba crescer. Ele garantiu que o motivo não foi estético, mas ligado ao trabalho de ter que cuidar do detalhe diariamente.

“Porque eu não aguentava mais fazer a minha barba. Eu usava barba na faculdade, até começar a trabalhar na televisão e passei esses anos todos me barbeando. E cheguei à conclusão de que eu não precisava mais fazer isso porque é uma perda de tempo enorme”, comentou.

Outra curiosidade foi sobre os bastidores do Jornal Nacional. “Dá tempo de beber água ou ir ao banheiro durante o JN?”, perguntou a internauta. “Às vezes dá. Quando tem uma reportagem muito longa”, disse Bonner, que garantiu que bebe água na bancada, mas saiu pra ir ao banheiro pouquíssimas vezes em todos esses anos.

Fonte: PORTAL OVERTUBE/Foto: Reprodução/TVGlobo

Hospital diz que Jefferson já pode ter alta e reclama do custo para vigiá-lo

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O Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro, informou que o ex-deputado Roberto Jefferson, que está internado na unidade desde o começo de setembro, já tem condições de ter alta médico-hospitalar. Pediu também pressa para o envio de escolta policial para que ele possa ser transferido de lá, uma vez que a permanência de Jefferson no hospital tem gerado elevados custos com vigilância privada.

"O hospital vem custeando, há quase 35 dias, um posto de vigilância privada, 24 horas por dia, em frente ao quarto do sr. Roberto Jefferson; ocorre que, lamentavelmente, o hospital não tem mais condições de suportar os ônus financeiro e humano decorrentes dessa vigilância privada 24 horas por dia, seja porque não possui poder de policia, seja porque não detém condições de garantir a devida segurança ao paciente/custodiado, bem como aos colaboradores e demais pacientes do hospital", diz trecho do texto.

O documento foi enviado à Polícia Federal (PF), que o encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi Moraes quem determinou a prisão preventiva de Jefferon em agosto por ataques às instituições democráticas, e que depois autorizou a internação dele no hospital para tratamento médico com uso de tornozeleira eletrônica.

"O sr. Roberto Jefferson já se encontra em condições médicas de receber imediata alta hospitalar. Assim, é a presente para solicitar que sejam enviadas informações sobre o procedimento a ser seguido para a desospitalização e a transferência do custodiado, bem como requerer o envio, tão célere quanto possível, de equipe policial para fazer a escolta do sr. Roberto Jefferson", informou o hospital.

Em seguida, faz um pedido: "Caso os procedimentos de designação de equipe policial para acompanhar a alta hospitalar possam demorar, requer-se respeitosamente a imediata designação de policiais federais para monitorar o custodiado Roberto Jefferson até sua efetiva saída deste hospital."

extra.globo.com/Foto: Reprodução

Dia do Nordestino: além do 'oxente' e 'eita', conheça algumas expressões usadas na região

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No início do ano, Gil, Juliette e Lumena, três participantes nordestinos do Big Brother Brasil 2021, levaram para a rede nacional o jeito nordestino de falar.

Apesar de os três serem de Pernambuco, Paraíba e Bahia, respectivamente, estados geográfica e culturalmente próximos, foi possível perceber as inúmeras especificidades culturais de cada um.

"Alagoanos e pernambucanos, por exemplo, têm um jeito próprio de colocar os artigos 'o' e 'a'. Juliette, Gil e Lumena protagonizaram várias cenas em que é possível perceber o quanto, mesmo no Nordeste, falamos diferente", apontou o pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Cleber Ataíde.

Um exemplo foi quando Gil, durante uma discussão com a funkeira Pocah, recorreu ao regionalismo para tirar satisfação. "Eu não vim do lixo para perder para basculho", disse o pernambucano. A cantora, nascida no Rio de Janeiro, não entendeu a gíria e o caso viralizou nas redes.

A expressão é um regionalismo antigo, pouco conhecido pelos jovens, inclusive pelo próprio Gilberto. Basculho significa tudo aquilo que é mais desprezível que o lixo.

Juliette, por sua vez, foi criticada pelo sotaque carregado. A "mulinga", expressão de espanto ou surpresa, foi inúmeras vezes utilizada pela advogada e maquiadora que venceu o programa. Já a psicóloga Lumena, além de recorrer a termos acadêmicos, introduziu os "brothers" ao "barril grandão", para se referir a problemas.

Ataíde apontou que algumas palavras assumem diferentes significados em cada estado, como no caso da palavra “pirangueiro”.

"No Ceará, designa uma pessoa que se veste mal: 'ele é o maior pirangueiro, só vive com aquele boné'. Em Pernambuco, significa muquirana, mão fechada, avarento: 'cabra pirangueiro! Não me deu um centavo!'. Na Paraíba, a expressão é utilizada para se referir à pessoa desprezível que se aproveita dos outros", explicou o pesquisador.

Confira expressões comuns em cada estado:
Avalie: imagine, veja só;
Azogado: pessoa inquieta ou ansiosa;
Biboca: lugar distante ou esquisito;
Catenga: lagartixa;
Chimbra: bola de gude;
Lomba: algo engraçado;
Peidado: revoltado, indignado ou satisfeito.Barril ou barril dobrado: algo difícil, tenso ou que provavelmente vai dar errado;
Bater um baba: jogar uma pelada de futebol;
Boca de me dê: alguém que constantemente pede coisas;
Boca de zero nove: alguém eficiente, mas também pode significar algo ruim;
Ó paí: corruptela de "olha para isso";
Parta a mil: ir depressa;
Queixar: convidar para um encontro amoroso.

Bregueço: algo velho ou ultrapassado;
Canelau: alguém pobre ou ignorante;
Ceroto: sujeira;
Chei dos pau: alguém que está bêbado;
Gastura: azia ou mal estar, tanto físico quanto psicológico;
Magote: aglomeração de pessoas.
Brocado: com muita fome;
Égua: expressão dita em situação de surpresa ou espanto;
O raio: esperto, rápido, ágil;
Pior: verdade;
Piqueno/Piquena: menino ou menina;
Triscar: cutucar;
Vai pra caixa prego: "sai daqui" ou "vai para longe".
Paraíba
Abilobado: alguém sem juízo;
Arribar: sair, ir embora;
Avoar: jogar fora, arremessar;
Chapéu de touro: alguém que mantém relacionamento com uma pessoa infiel;
Encarcar: fazer pressão;
Miolo de pote: coisa sem importância.

G1 Pedro Alves