Foto: Mateus Pereira/ GOVBA
A corrida agora é contra o tempo. Até sexta-feira (10), 50 indústrias do país vão entregar 500 mil máscaras de acrílico (face shield) para profissionais de saúde. Semelhantes a escudos contra o coronavírus, esses materiais se tornaram essenciais nessa época de pandemia, já que protegem uma área maior do rosto. A expectativa é que também sejam produzidas luvas e toucas.
As máscaras serão produzidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Santa Catarina e pela Associação Brasileira da Indústria da Ferramenta (Abinfer). O modelo de produção das duas redes vai permitir a confecção de 360 unidades por hora. Além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais fabricam 12 moldes da máscara, que posteriormente serão distribuídos para as parceiras que farão a injeção termoplástica, nome dado ao processo para moldar componentes de plástico.
A produção desses moldes pode ser complementada por indústrias ou empresas fabricantes de polipropileno, aço (para confecção dos moldes), elástico (para fixação da proteção facial), caixas de papelão (para embalagem) e itens comumente utilizados na impressão 3D, como PETG, acetato, policarbonato e ABS transparentes para a viseira. Doações também são bem-vindas, já que a produção desse equipamento de proteção individual (EPI) não é barata. O custo de cada máscara-escudo fica entre R$ 14 e R$ 15 – os 500 mil EPI’s custarão cerca de R$ 7,5 milhões. Para saber como ajudar, acesse o site do SENAI do seu estado.
No Amapá, a produção da máscara-escudo ocorre por meio de impressoras 3D. Com a proteção facial, o usuário pode se proteger de doenças transmitidas por substâncias corporais, como respingo de sangue, secreção corporal ou saliva. O coordenador Tecnologia e Inovação do SENAI Amapá, José Reinaldo do Nascimento, explica que a vantagem desse tipo de equipamento é que ele pode ser usado diversas vezes, se higienizado e esterilizado corretamente.
“É extremamente seguro. As máscaras são feitas de acrílico de dupla proteção, que evita o contato com gotículas que possam atingir o rosto, nariz, boca e olhos, evitando, assim, que o vírus seja transmitido ou recebido”, detalha.
Saúde como prioridade
Em nível nacional, o SENAI lançou o edital de inovação para a indústria, que serão investidos em projetos destinados a prevenir, diagnosticar e tratar a covid-19 e sejam de aplicação imediata. As propostas podem abordar temas como: ampliação do número de respiradores; desenvolvimento de testes de detecção do vírus e de equipamentos de proteção individual (EPIs) que possam substituir máscaras, luvas e sabonetes; reposição de peças e componentes utilizados em unidades de terapia intensiva (UTIs), entre outros.
O investimento disponível para empresas e startups chega a R$ 30 milhões, se somadas as duas chamadas da licitação, e cada projeto Os projetos devem ter aplicação imediata e produzir efeitos em até 40 dias.
“A nossa atuação será no suprimento desses problemas, como os testes rápidos para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla desses testes vai ser de grande importância, bem como a fabricação de ventiladores (respiradores)”, afirma o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
Para participar do edital de inovação, as proposições podem ser realizadas por meio do WhatsApp, no número (61) 99628-7337 ou pelo e-mail
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A instituição também se uniu a dez multinacionais para manter em funcionamento os respiradores em uso. Haverá 25 pontos para recolher os aparelhos em todo país. Dez dessas unidades de manutenção são da rede SENAI, enquanto as outras 15 ficam a cargo das indústrias participantes da ação. Os estados com os pontos da Iniciativa +Manutenção de Respiradores são Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.