O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que sua recém-lançada pré-candidatura ao governo de Pernambuco é para valer e assegurou que ela não representa riscos à formação de uma federação entre o partido e o PSB em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na corrida pelo Planalto.
Pernambuco é um reduto histórico para o PSB e foi governado por expoentes da sigla como Miguel Arraes e Eduardo Campos. Por essa razão, a pré-candidatura de Costa tem sido interpretada, nos bastidores, como uma forma de pressão para que, em São Paulo, o ex-governador Márcio França (PSB) abra mão da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em favor do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
Incentivado por Lula, que conta com alta popularidade em Pernambuco, Costa comunicou, há uma semana, ao governador do estado, Paulo Câmara (PSB), de quem é muito próximo, que sua pré-candidatura está definida.
Ao Correio, o senador negou que a intenção do PT seja exercer pressão sobre o PSB. “O objetivo não é provocar nenhuma dissensão, nenhuma divisão, nada. A questão nacional continua sendo a mais importante, a mais relevante: o apoio do PSB à candidatura de Lula. E, como tal, esse é o nosso objetivo principal”, disse Costa.
O parlamentar considera ter chances de ser eleito ao governo pernambucano. “O que nós fizemos foi apresentar a sugestão do meu nome para que seja avaliado pela Frente Popular, pelo PSB. Achamos que temos legitimidade para isso”, destacou. “Estou bem nas pesquisas de opinião. Achamos que poderíamos montar uma aliança política que pudesse ser vitoriosa. Ao mesmo tempo dar, aqui, a eleição de uma bancada expressiva, significativa.”
Segundo ele, “o governador vai abrir um processo de discussão sobre essa questão da candidatura na composição da chapa da Frente Popular e deve, até o fim do mês, apresentar a indicação do nome que ele considera importante”.
Por Jorge Vasconcellos/Correio