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Mais 43 cidades participarão do projeto “Municípios contra o Conoravírus”

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O Instituto Votorantim e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciam a seleção de mais 43 municípios que participarão do projeto “Municípios contra o Conoravírus”. A ação visa levar até essas localidades uma assessoria técnica especializada para que as prefeituras e suas equipes possam trabalhar de forma coordenada para o melhor enfrentamento da pandemia, bem como o gerenciamento dos efeitos causados pela Covid-19.

A primeira fase da iniciativa já vinha apoiando outras 87 cidades com a mentoria e, agora, os novos 43 municípios já estão montando suas equipes especializadas para colocar em prática os ensinamentos.

O Instituto nasceu em 2002 com o objetivo de apoiar em diversas questões os municípios onde a Votorantim S.A. estava presente, como desenvolvimento territorial e social, nas áreas de educação, saúde, criação de trabalho e renda, entre outros. Quando surgiu a pandemia, o instituto já tinha um escopo de atuação em mais de 300 municípios, principalmente em apoio à gestão pública, e resolveu utilizar sua experiência para ajudar no combate à emergência de saúde, instituindo esse programa.

As ações de mentoria do instituto se baseiam em cinco principais eixos: Governança de Crise, com a criação de uma equipe local que possa atuar em conjunto e analisar os dados e ações no município; a Vigilância, que é o processo de monitoramento da informação; a Comunicação, ou seja, o reporte dos dados à população de forma assertiva; a Assistência, que é a ajuda dos gestores públicos a preparar o seu sistema de atendimento; e Impactos Fiscais, que são as iniciativas para a retomada econômica. 

O Atendimento

O Instituto tem um corpo técnico multidisciplinar formado por especialistas das mais diversas áreas, como saúde, gestão pública e assistência social, que fazem o atendimento semanal. Eles se reportam ao mentor do município, a pessoa responsável por montar o Comitê Gestor, grupo de integrantes da Secretaria de Saúde que vão traçar as ações em conjunto para o combate à pandemia. 

Ana Bonimani, gerente de gestão de Programas do Instituto Votorantim, explica que o apoio vai se moldando e se adaptando ao cenário e às necessidades que os municípios apresentam ao longo dessa jornada.

“A ideia é pensar em como eles tomam decisões pautadas nos dados e vamos acompanhando nesses quatro meses, se as ações estão funcionando, que novas ações precisam ser feitas, como precisa melhorar a comunicação com a sociedade, se as equipes de saúde estão respondendo bem, que ações precisam ser repensadas, quais articulações regionais eles precisam fazer. É um rito semanal de apoio”, explica Ana. “Nosso objetivo é garantir que essa equipe do município tenha condições de tomar decisões, que eles tenham um sistema de gestão mais robusto e que possam desempenhar um melhor enfrentamento da pandemia.”

O primeiro edital selecionou 20 municípios de cinco estados brasileiros. As cidades escolhidas pelo segundo edital são de 13 estados e ficam nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. A maior parte se concentra no Nordeste, região onde estão 32 dos municípios beneficiados.

Os municípios selecionados receberão apoio técnico remoto pelo período de até quatro meses, que pode ser prorrogado conforme necessidade e a disponibilidade de recursos.  

Mudança de rumo

Um dos selecionados no primeiro edital, em abril, Itajuípe é um município de pouco mais de 20 mil habitantes a 303 quilômetros de Salvador, capital da Bahia. 
Os três primeiros casos na cidade foram detectados em março, mas por estar ligada à BR-101 e ser vizinha a Itabuna e Ilhéus, dois dos maiores focos do estado, Itajuípe se tornou em junho a cidade baiana com maior quantidade de casos confirmados por habitante. Segundo o boletim epidemiológico de 12 de julho, são 476 as pessoas que testaram positivo para Covid-19, cerca de 232 casos a cada 10 mil habitantes. No total, foram sete as vítimas fatais da pandemia na localidade.

Adilson Ribeiro dos Santos, assessor técnico da Secretaria de Saúde de Itajuípe, explica que a grande incidência se deve, em parte, a uma maior testagem promovida pela prefeitura e que a tomada de ações de enfrentamento da pandemia mudou da água para o vinho após a mentoria. 

“Eles auxiliam na estruturação do boletim epidemiológico, na estruturação do processo de trabalho, nas ações de vigilância, nas ações de comunicação e educação em saúde com a população. Tem também o Comitê de Retomada econômica que discute questões atreladas à economia do município”, explica o assessor. “O importante é o olhar externo, é o observador que consegue ver os detalhes que não conseguimos perceber. Temos técnicos preparados, mas o Instituto Votorantim trouxe elementos qualificadores para a pandemia.”

Seguindo a assessoria do projeto, a Secretaria de Saúde de Itajuípe montou seu Comitê de Crise com um representante do prefeito, o chefe de gabinete e os secretários de saúde, de educação, de assistência social e de desenvolvimento urbano. Foi só então que a equipe passou a trabalhar de forma coordenada para potencializar a gestão e enxergar melhor o que deve ser feito nas próximas semanas para minimizar os estragos deixados pelo novo coronavírus. 

“Principalmente em ações que ainda vão acontecer. Quando o Instituto traz pra gente essa questão do Comitê Executivo, um comitê de retomada econômica, a gente consegue ter um olhar para questões que antes não tínhamos. Temos aí a retomada econômica, a questão da educação, da volta às aulas. Só por causa do comitê, ideia da Votorantim, nós podemos traçar estratégias que antes não faríamos”, destaca.

Um legado

O instituto observou uma melhora significativa na gestão de crise dos municípios, como por exemplo um melhor monitoramento dos dados, melhor capacitação de equipes, otimização do uso de equipamentos e iniciativas de testagem. 

“A gente percebe que os municípios têm avançado nessa questão. Temos exemplos que, por meio da mentoria, se organizaram melhor para obter recursos disponibilizados pelo Governo Federal”, destaca Ana. “Eles conseguiram ter melhor resposta de atendimento, da questão da retomada econômica, da saúde dos seus profissionais. Bem mais do que aqueles que não receberam a mentoria.”

A ideia do projeto é também deixar um legado aos municípios no que diz respeito à gestão pública, um ensinamento que vai servir não só para a pandemia, mas também para o planejamento futuro daquela localidade.

“Essa pandemia necessita que as áreas da prefeitura trabalhem em integração. É um legado de pensar em forma conjunta e não em separado. A área de saúde não pode ficar sozinha, sem olhar para a questão da área econômica, para a área de educação. A gente sabe que os municípios vão enfrentar questões para a retomada das aulas, por exemplo. Então, um dos legados é esse, fazer um trabalho conjunto no município, sabemos que não é simples, porque as equipes são enxutas.”

Mais beneficiados

Puderam participar do segundo edital cidades de até 350 mil habitantes das microrregiões listadas como as de maior risco e vulnerabilidade frente à pandemia, conforme estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse levantamento lista cerca de 900 municípios de 41 microrregiões que podem ser atingidas em duas ondas de propagação do coronavírus.

Segundo a gerente de projetos do instituto, além dos 43 escolhidos, a ideia é realizar uma nova chamada de municípios que não foram contemplados. Houve uma ampliação de investimentos para a iniciativa, que pode chegar a R$ 4 milhões, e mais 55 localidades devem entrar na mentoria, totalizando 150 cidades assessoradas durante a pandemia.

 

Fonte: Agência do Rádio

 

 

Justiça Federal ordena que governo pare de celebrar golpe de 64

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A Justiça Federal do Rio Grande do Norte determinou que o governo federal se abstenha de publicar nota que comemore o golpe de 1964 em qualquer meio de comunicação. Além disso, a juíza federal Moniky ...

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/blog/matheus-leitao/justica-federal-ordena-que-governo-pare-de-celebrar-golpe-de-64/?__twitter_impression=true

Foto: Divulgação

Brasil chega a quase 1,9 milhão de casos confirmados de Covid-19

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O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre a Covid-19 desta segunda-feira (13) aponta     novo aumento do número de casos confirmados. Em 24 horas, mais de 20 mil casos foram notificados – são quase 1,9 milhão em todo o país. Desde o início da crise sanitária, o Brasil acumula 72.833 mortes.

Neste início de semana, Minas Gerais ultrapassou Pernambuco no número de casos confirmados, embora a quantidade de mortes em território mineiro seja menor do que a do estado pernambucano. São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Pará seguem como os locais mais afetados pela pandemia.

 

Agência do Rádio

Óbitos por novo coronavírus caem pela 3ª semana seguida em SP

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O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (13) uma queda de 27 óbitos pelo novo coronavírus na última semana com relação à semana anterior. Foi a terceira vez seguida que o estado registrou diminuição.

Entre 5 e 11 de julho, foram registrados 1.706 mortes, contra 1.733 da semana epidemiológica anterior, a de número 27 da pandemia. Na 26, foram 1.769 fatalidades e, na anterior, 1.913.

Segundo o governador João Doria (PSDB), o estado chegou a 4,8% de taxa de letalidade por caso confirmado da Covid-19, a menor da série histórica.

“Temos que ficar atentos a possibilidade de uma segunda onda. Vimos alguns episódios que temos que trabalhar, a comunicação tem que ser forte no sentido de que as pessoas não se aglomerem, mas estamos confiantes de que o risco está dentro do controle”, afirmou Paulo Menezes, coordenador do comitê de contingência do coronavírus.

O estado também iniciará a terceira fase do desenvolvimento da vacina contra o vírus, abrindo o processo seletivo de voluntários, restrito apenas a profissionais da saúde.

Segundo explicou Dimas Covas, diretor do instituto Butantã (responsável pelo projeto em São Paulo), os critérios para o candidato ser elegível são: que ele trabalhem em um serviço de atenção direta a Covid-19; não tenha nenhuma doença associada, nem faça uso de medicação ou terapia crônica; no caso de mulheres, não esteja grávida nem tenha planos de engravidar; não tenha contraído a doença; não participe de outro estudo clínico.

O formulário de inscrição está disponível na internet, no endereço: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/vacina. Segundo o governo, além do estado de São Paulo, podem se candidatar pessoas do Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul, Minas e Paraná.

“Os teste serão coordenados pelos centros de pesquisa credenciados pelo Instituto Butantã,
com acompanhamento da Anvisa”, afirmou o governador João Doria (PSDB).

“Com base nesses dados, a pessoa será orientada a procurar os centros que farão, de fato, a análise do candidato. Esse processo é absolutamente anônimo”, completou Dimas Covas.

O governo também lançou uma nova ferramenta de mapeamento do novo coronavírus.

Segundo Flavio Amary, secretário de habitação do estado, o intuito é criar formas de atuar em regiões que se enquadrem como de maior vulnerabilidade.

“Amanhã a gente inicia 3.593 testes, numa amostra de 26 mil pessoas, usando o mapa de calor [criado pela ferramenta, que mostra as áreas de maior atenção]”, afirmou Amary.

Serão feitos testes sorológicos e PCR, entre 14 e 17 de julho.

De acordo com Fernando Marangoni, secretário executivo da Habitação, a região metropolitana de São Paulo concentra 80% das áreas de maior vulnerabilidade do estado de São Paulo.

Folha/Foto: Divulgação 

Executivo quer fazer reforma administrativa antes das eleições de 2022

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O Governo Federal pretende fazer a reforma administrativa antes do término do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. A reforma pretende mudar os direitos dos futuros servidores públicos federais. Entre os pontos a serem modificados adiantados pelo governo, estão a revisão dos salários iniciais, a redução no número de carreiras e o aumento no prazo para o servidor atingir a estabilidade. 

De acordo com o Executivo, as mudanças não afetarão os servidores atuais, mas quem tomar posse após a eventual aprovação da reforma.

Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou do governo federal o envio da proposta, que, segundo ele, pode melhorar a gestão da administração pública. 

Reforma tributária com IVA Dual ameniza perda de recursos de estados e municípios, defende deputado Luis Miranda

Cidades e estados brasileiros se adequam à chegada do 5G no país

Por conta da pandemia, governo federal prorroga prazo para conclusão de obras do PAC

Frente Parlamentar da Reforma

Recentemente, parlamentares favoráveis a um Estado mais enxuto e eficaz criaram a Frente Parlamentar da Reforma Administrativa. O grupo é formado por 12 deputados e dois senadores. O coordenador da frente, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), defende que há áreas do funcionalismo público brasileiro que são “ineficientes e defasadas”. 

“Gastamos milhões e milhões de reais por ano simplesmente para processar folha de pagamento. A gente tem até hoje na folha de pagamento do Estado brasileiro soprador de vidro, especialista em vídeo cacete”, pontua o parlamentar.

“Quando conseguirmos transmitir para a população que uma mudança na gestão e estrutura do Estado, vai resultar em mais foco, mais esforço, mais recurso, para aquilo que faz a diferença e o brasileiro não está tendo, acho que fica compreensível essa mensagem que queremos transmitir”, completa Mitraud. 

Prioridades

A Frente Parlamentar da Reforma Administrativa defende alguns pontos prioritários na reforma do serviço público. Alguns deles são desburocratização dos atos do Poder Público; desempenho e desenvolvimento por competência; modelos de carreiras; novas formas de acesso e seleção; políticas e diretrizes para a remuneração e benefícios; segurança jurídica e ambiente para inovação; entre alguns outros temas. 

“O problema do serviço público brasileiro é a qualidade desse serviço ao usuário. Não é tanto a quantidade de servidores, nem tanto o recurso alocado nas diversas áreas, é a forma de gerir esses meios para termos um resultado mais positivo. Nunca nos incomodamos no Brasil, de maneira séria, com a boa gestão pública”, destaca o vice-presidente da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, senador Antônio Anastasia (PSD-MG).

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Administração (Consad), Fabrício Santos, avalia que a abrangência nacional da reforma administrativa é um dos principais fatores para a eficácia da proposta. Santos cita como exemplo a reforma previdenciária. 

“A reforma da previdência, por si só, se tivesse sido realizada na sua abrangência nacional, ela poderia permitir quase dobrar a capacidade de investimento por recursos próprios dos estados. Mas isso não foi feito. Isso é um grande exemplo, que se a gente não tiver no debate como premissa a abrangência nacional, claro que respeitando a autonomia federativa, nós não teremos de fato uma grande reforma de estado”, destaca o presidente do Consad. 

Agencia do Rádio

Após rompimento da barragem em Brumadinho (MG), sobreviventes pedem justiça e punições mais duras

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Vinte e cinco de janeiro de 2019, 12h28. Foi nesse momento que a vida dos quase 40 mil habitantes do município de Brumadinho (MG) foi completamente transformada. Nesse dia, o Brasil assistiu a barragem na mina Córrego do Feijão se romper, matando ao menos 270 pessoas. Até hoje, onze ainda estão desaparecidas. Desde então, Josiana Resende, 32 anos, amarga a perda da irmã, Juliana, e do cunhado DenisNa tragédia, o casal deixou órfão um casal de gêmeos, que tinha apenas dez meses na época – hoje, é Josiana que ajuda na criação dos bebês e mantém viva a memória dos pais. 

“A cidade mudou completamente. Nos primeiros dias, parecia cena de guerra. Tudo muito tumultuado, as pessoas procurando por seus familiares que estavam desaparecidos, na esperança de encontrá-los ainda com vida”, lembra a técnica de enfermagem, com voz embargada. “Mas a dimensão da tragédia-crime ninguém tinha, até que as pessoas foram entendendo melhor o que aconteceu”, diz.

Josiane perdeu ainda vários amigos naquele dia – ela era funcionária da Vale, mineradora estatal responsável pela barragem. “Eu trabalhava no posto de saúde da mina e perdi praticamente a equipe toda. Como eu trabalhava de plantão, eu não estava lá. Por isso estou viva hoje”, emociona-se. No momento da ruptura, mais de 400 funcionários da companhia trabalhavam no local. “É esse o sentimento que fica, de confiança quebrada, de ter sido traída pela empresa.”  

Apesar do sentimento constante de luto, Josiane ainda tem esperança. “Espero que o governo dê o apoio que a gente precisa e que as leis se tornem mais rígidas, ou que pelo menos a fiscalização seja mais eficaz para que outras famílias não passem pelo que estamos passando hoje. Tem que melhorar mesmo.”  

Como uma tentativa de resposta ao rompimento em Brumadinho, em 2019, e em Mariana (MG), em 2015 (que matou quase 20 pessoas, sendo o maior desastre ambiental até então), um projeto de lei que institui a Lei de Segurança das Barragens (PL 550/2019) pode ganhar fôlego no Senado. Proposto pela senadora Leila Barros (PSB-DF), o texto estabelece maior controle sobre as barragens e endurece penas em caso de crimes ambientais, prevendo infrações e sanções que a lei que estabelece a Política Nacional de Segurança das Barragens (PNSB – Lei nº. 12.334/2010) não apresenta. 

Entre as medidas previstas pelo PL original, estão a alteração de alguns conceitos, como os de barragem e de quem pode ser o empreendedor da barragem, e o acréscimo de mais “etapas” antes, durante e depois da obra, como ouvir órgãos de proteção e defesa civil e a população da área parcialmente afetada na elaboração do Plano de Ação de Emergência (PAE), para definir medidas de segurança e procedimentos de evacuação em caso de emergência. 

Outra mudança sugerida pelo texto do Senado é a obrigação de o órgão fiscalizado exigir do empreendedor da obra a contratação de seguro ou apresentação de garantia financeira para a cobertura de danos a terceiros e ao meio ambiente, em caso de acidente ou desastre nas barragens. 

“Nós não vamos amenizar o sofrimento, a dor daqueles que perderam seus entes queridos nessas tragédias, mas estamos respondendo a toda sociedade, a todos que ficaram chocados e estarrecidos com as cenas de violência e destruição a que assistimos”, comenta a autora do projeto, Leila Barros. 

O texto passou pela avaliação dos deputados federais e, em maio deste ano, retornou ao Senado. A Câmara dos deputados fez acréscimos – afrouxando algumas medidas, endurecendo outras. Uma das propostas da Casa, talvez a mais significativa, é a proibição de construir novas barragens pelo método de alteamento a montante, que é quando se forma uma espécie de escada cujos degraus são feitos a partir dos rejeitos da mineração – semelhante ao modelo operado nas barragens rompidas em MG. Essa previsão, considerada mais severa, não está no texto original da senadora Leila Barros.

Hoje, 68 barragens operam dessa forma, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) – mais da metade em Minas Gerais. O prazo para que as que ainda operam nesses moldes sejam descaracterizadas vai até 2027, dependendo da capacidade, como determina a Resolução 13 da autarquia.  

A Agência mostra também outro dado preocupante: atualmente, são 838 barragens com algum nível de risco – 738 são classificadas como “sem emergência”, 39 estão no “nível 1”, seis no “nível 2” e quatro no “nível 3”, sendo esse último o nível com maior potencial de danos e risco de rompimento. Dessas, três são operadas pela mineradora estatal Vale e todas estão localizadas no estado mineiro.

Barragens em MG

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Minas Gerais é o estado com o maior número de barragens (das 838 obras, 364 estão concentradas na unidade federativa). Ainda restam, na unidade federativa, 49 obras de alteamento a montante, nos moldes das barragens rompidas em Mariana e Brumadinho. Segundo a ANM, a fiscalização é feita por meio de relatório preenchido pelas próprias mineradoras e disponibilizado para a Agência.

Ouro Preto (MG) é um dos municípios com maior número de barragens em risco iminente (níveis 2 e 3). No final de junho, segundo informações da prefeitura local, a Vale (responsável pela operação da maior parte das barragens) entregou a primeira remessa de materiais para incremento dos recursos que serão utilizados para atender as comunidades, como equipamentos de proteção individual (capacetes resgate, óculos, capuz de segurança), ferramentas, mantas e colchões, entre outros. Esses equipamentos, destinados à Defesa Civil do município, serão aplicados em ações de rotina e salvamento. 

Já no município de Rio Acima (MG), existe um plano de ação traçado, que foi elaborado logo após o rompimento da barragem na mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho. Atualmente, o município conta com oito barragens, sendo três na categoria de risco nível 1. 

De acordo com o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil da cidade, Márcio Eduardo, uma delas está passando por reforço para ser descaracterizada, por se tratar de barragem pelo método de alteamento a montante, e outra está em fase final desse procedimento. 

“O município de Rio Acima trabalha com um Plano de Ação de Emergência das Barragens de Mineração (PAEBM). Nesse documento, temos todas as etapas do que deve ser feito em possível rompimento de barragem”, adianta. O PAEBM é um documento técnico que deve ser elaborado pelo empreendedor da obra de barragem, no qual estão identificadas as situações que possam colocar em risco a integridade da barragem, além de estabelecer ações para minimizar os danos com perdas de vida, às propriedades e às comunidades próximas à barragem. 

Texto na Câmara

O texto aprovado na Câmara dos Deputados modifica algumas propostas do texto original, proposto pela senadora Leila Barros. Os deputados federais alteraram algumas punições em caso de danos causados por acidente, incidente ou desastre com as obras. Em alguns deles, os deputados endureceram as sanções, como embargo da obra ou da atividade (no texto do Senado, esse embargo pode ser provisório), demolição da obra e apreensão de minérios, bens e equipamentos, entre outros. 

Outra regra mais severa versa sobre multa. O valor sugerido pelos deputados federais é superior ao sugerido pelos senadores – pode variar de R$ 2 mil até R$ 1 bilhão. O texto também lista mais obrigações às construtoras, como a atualização periódica do plano de segurança para a obra, e a obrigatoriedade de a empresa notificar a Defesa Civil ao observar qualquer alteração nas barragens, além da criação de uma zona de salvamento, de segurança secundária e de um mapa de inundação. 

Porém, a obrigação de as barragens de alto risco contratarem seguro contra desastres ambientais foi retirada do texto aprovado pelos deputados federais. O senador Carlos Viana (PSD-MG), em sessão virtual, afirmou ter muito respeito pelo trabalho dos deputados, mas foi enfático ao lembrar que o Senado é a casa de origem do projeto. “Nós deveremos, sim, rediscutir os pontos importantes e manter as mudanças que a gente entenda que estejam equilibradas para o País.” 

A autora do projeto defende também a publicidade dos relatórios de fiscalização das empresas responsáveis pelas obras e o monitoramento em tempo real da estabilidade da barragem, utilizando o acionamento automático de sirenes, rotas de fugas e alarmes em caso de acidente – o que não foi apreciado pela Câmara dos Deputados. “Isso para evitar o que ocorreu em Brumadinho e Mariana, onde a população não recebeu o alerta de evacuação das áreas atingidas”, lembra Leila Barros. 

O diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Rinaldo Mancin, reforça a avaliação da senadora. “Sem dúvidas, os avanços dessa instrumentação e dos alertas são fatores que reforçam a segurança e, numa eventual emergência, o acionamento desses alarmes podem mobilizar a comunidade a ser evacuada”, pontua. 

Na opinião do diretor, no entanto, o projeto pode gerar alguns custos adicionais ao setor de mineração. “Descaracterizar uma barragem a montante é algo pouco testado ainda no mundo, diferentemente de uma barragem de água, em que você pode abrir a ‘torneirinha’ e deixar a água ir embora devagar. No nosso caso, estamos falando de rejeitos, que, em alguns casos, podem ser até tóxicos. Vamos ter que passar por uma profunda reformulação de como construir barragens”, reflete.

Apesar disso, Mancin elogia o projeto. “O PL é positivo para a sociedade brasileira e para a mineração. O setor se mostra convergente com a última versão, aprovada pela Câmara dos Deputados, e a nossa expectativa é que sejam mantidos os termos aprovados pelos deputados.”

O diretor da Agência Nacional de Mineração, Eduardo Leão, reforça outro ponto importante, na opinião dele, em relação ao projeto vindo da Câmara. Esse texto faz a menção ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, acrescentando um inciso ao artigo 5º da lei original (Lei 7.797/1989).  

Caso aprovado, o artigo em questão, que trata das áreas onde serão consideradas prioritárias as aplicações de recursos financeiros, fica acrescido de “recuperação de áreas degradadas por acidentes ou desastres ambientais”. “Faltava realmente essa base legal. O PL ajuda bastante na nossa atuação para descaracterização, contingenciamento e atuação em emergências com barragens”, destaca. 

Atribuições da ANA

O superintendente de Fiscalização da Agência Nacional de Águas (ANA), Alan Lopes, esclarece que as barragens rompidas em Minas Gerais eram de contenção de rejeitos de mineração. A responsabilidade pela segurança das barragens de Mariana e Brumadinho era das empreendedoras (Samarco e Vale, respectivamente) e a fiscalização da segurança, nesses casos, é da ANM. 

“No caso de barragem de cumulação de água para diferentes usos, como irrigação e abastecimento público, a responsabilidade de fiscalização é da ANA em rios da União”, diferencia. Ele reforça que a prefeitura não tem atribuição de fiscalizar as barragens, mas pode ser responsável por barramentos em que atua como empreendedora. 

“Nesse caso, elas têm várias obrigações perante a lei para evitar acidentes. Ela precisa elaborar plano de segurança de barragem, efetuar inspeções periódicas, executar inspeções especiais em casos de anomalias e fazer revisão periódica das barragens, reavaliando os projetos iniciais”, elenca. Em caso de dano potencial alto, Alan Lopes acrescenta que a prefeitura pode ser obrigada a ter um Plano de Ação Emergencial (PAE). 

Outra atribuição da prefeitura relacionada a barragens, prevista em outra lei, é a de que municípios precisam organizar e estruturar órgãos de defesa civil e elaborar planos de contingência para eventuais acidentes em barragens. “Essa é uma deficiência grande em vários locais do País, mas é muito importante que os municípios estejam preparados para atender a população e minimizar os dados de um eventual acidente, mesmo que isso seja responsabilidade do empreendedor. É importante ter implementado esse plano em cada prefeitura”, ressalta. 

As barragens que não atenderem aos requisitos de segurança, mesmo que sejam de acumulação de água, devem ser desativadas. “As prefeituras também devem estar atentas a isso”, conclui. 

A Agência Nacional de Águas (ANA), segundo a Política Nacional de Segurança das Barragens (PNSB), cria regras para a acumulação de água, de resíduos industriais e a disposição final ou temporária de rejeitos. A estatal é responsável, também, por organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB) e receber denúncias dos demais órgãos ou entidades fiscalizadores sobre qualquer não conformidade que implique em risco imediato à segurança ou qualquer acidente ocorrido nas barragens, entre outros.

Reparos 

A geógrafa e moradora de Brumadinho Alexandra Andrade Costa, de 39 anos, também foi uma das vítimas da tragédia-crime da Vale, como é conhecido o episódio em MG. Ela conta que, no desastre, perdeu o irmão mais velho, que “era como um segundo pai”, um primo muito próximo e mais de 70 pessoas amigas e conhecidas.

“É lamentável a situação ocorrida em nossa cidade. O município mudou muito - para pior. Antes, era conhecido por suas belezas naturais, pelo turismo e pelo maior museu a céu aberto da América Latina. Hoje, é lembrada pela tragédia-crime da Vale”, lamenta.

Ela conta que a população aumentou muito após o ocorrido por causa do pagamento do auxílio emergencial. O benefício se estendeu a pessoas que moravam, até 25 de janeiro, a até um quilômetro da calha do Rio Paraopeba até a cidade de Pompéu. Para Alexandra, isso abalou ainda mais os nativos. “Antes morávamos em uma cidade tranquila e, de uma hora para outra, ela se transformou todinha. Perdeu a característica de lugar tranquilo. O trânsito ficou horrível, filas enormes em bancos, supermercados, lotéricas. Familiares desolados tentam retomar as vidas, mas sem saber como e por onde começar”, relata Alexandra.

Nessa segunda-feira (6), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve em Minas Gerais e assinou o Acordo de Multa Ambiental, em conjunto com a mineradora Vale, na Cidade Administrativa do governo mineiro, em Belo Horizonte.  O ato, segundo Salles, teve o objetivo de destinar o valor das multas decorrentes dos danos causados pelo rompimento em Brumadinho a ações ambientais no estado. 

Durante o ato, o ministro frisou que a aplicação da multa de R$ 250 milhões foi uma das primeiras medidas tomadas pelo governo na época da ruptura. O anúncio, feito hoje, é para que essa multa seja revertida em investimentos para sete parques nacionais do estado, já que, na avaliação dele, o turismo é uma das pautas de interesse do governo. 

“Isso vai arrumar os parques e deixar em condições de visitação, com toda infraestrutura necessária, além de investir em treinamento de pessoas e na geração de empregos”, disse o ministro em coletiva. O primeiro montante, de R$ 150 milhões, será aplicado em até três anos. 

 

Agência do Rádio/Fotos: Divulgação

Brasileiro não resiste Russo e deixa escapar a chance de ser campeão peso-galo no UFC 251

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Brasileiro tem boa atuação, mas sente o volume dos golpes do russo, principalmente no primeiro e quinto rounds, e acaba sofrendo o nocaute técnico. Yan diz que seu plano deu certo.

Não foi desta vez que José Aldo conseguiu realizar o sonho de ser campeão em duas categorias do UFC. Mesmo atuando com muita agressividade e tendo chances de sair vencedor nos rounds anteriores, o brasileiro foi superado pelo russo Petr Yan, sendo nocauteado aos 3m24s do quinto round após uma série de golpes duros no chão. A vitória de Yan deu a ele o cinturão vago do peso-galo.
 

– Meu plano era fazer exatamente o que eu fiz. Cansá-lo nos dois primeiros rounds e depois partir para o nocaute. Ser campeão tão jovem me motiva muito, e agora quero ir para casa comemorar com a minha família – disse o russo após a luta.

A luta

A disputa teve início com os dois lutadores na curta distância e se movimentando pouco, e Yan desferindo jabs. Aldo respondeu com um chute forte na perna do russo, que respondeu com um duro golpe de direita no rosto do brasileiro. Aldo deu mais um chute baixo que derrubou Yan, e completou com um gancho de direita na cabeça. O russo diminuiu o ímpeto, e Aldo ganhou confiança para aplicar uma combinação de jab e direto. Yan conectou um direto de direita, e Aldo, ao tentar catar a perna do russo, acabou por baixo no chão. Yan aproveitou para acertar golpes de cima para baixo, afetando a costela do brasileiro que acusou o golpe, faltando pouco para ser nocauteado. O brasileiro foi salvo pelo gongo.

No segundo round, Aldo mostrou estar recuperado e começou a aplicar chutes fortes nas pernas de Yan. O russo apostava no boxe e seguia na custa distância. O brasileiro conectou um bom gancho na linha de cintura e o russo respondeu com uma tentativa de direto, que Aldo desviou com uma boa esquiva. A luta era tensa, pois ambos os atletas mostravam velocidade e força nos golpes, e qualquer um poderia cair. Aldo passou a minar a linha de cintura de Yan com chutes e socos. O russo perdia a precisão e Aldo aproveitava para pontuar.

O terceiro round teve o início no mesmo ritmo que o round anterior. Aldo buscava atacar a linha de cintura de Yan, que se protegia e atacava com combinações potentes de jab e direto. Com dois minutos de luta, Aldo acertou uma sequência de golpes que abalaram Yan. Aldo foi para cima para tentar capitalizar, mas o russo se defendeu bem. O brasileiro mirava seguidamente a linha de cintura do russo, que buscava contra-golpear, e voltou a ter um bom momento após acertar uma cotovelada giratória e abalar Aldo com uma sequência de diretos.

No quarto round, Petr Yan começou a atacar com mais volume, tentando acuar José Aldo e impedir que seus golpes o incomodassem como no início do round anterior. O brasileiro encurtava a distância para lutar no clinche, mas o russo golpeava com velocidade. O combate se mantinha equilibrado, e Aldo se defendia dos ataques de Yan, e não chutava mais. O russo conseguiu catar a perna do brasileiro e derrubar, ficando por cima no chão. Aldo montou a guarda, mas Yan levantou-se e passou a desferir golpes de cima para baixo, como no round inicial, terminando em posição de domínio.

Os dois lutadores se cumprimentaram no centro do octógono no início do quinto round, e logo depois Petr Yan acertou um duro golpe de esquerda, que abalou José Aldo. O brasileiro foi derrubado e Yan foi para cima do brasileiro, ficando na meia-guarda e golpeando de cima para baixo. Aldo tentava se defender, e girou, dando as costas ao russo. Yan golpeava sem parar e o brasileiro apenas protegia a cabeça enquanto recebia joelhadas nas costelas e socos na cabeça. O árbitro acompanhava a situação de muito perto, e a 1m37s do fim da luta não teve alternativa a não ser interromper a disputa, decretando o nocaute técnico e a vitória de Petr Yan.

 

Por Globesporte.com/Foto: Getty Images

Sem público, Fluminense e Flamengo se enfrentam na final do Estadual

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Fluminense x Flamengo se enfrentam neste domingo (12), no Maracanã, às 16h (horário de Brasilia), no primeiro jogo da final do Campeonato Estadual. O clube que sair vitorioso levará vantagem para a segunda partida da decisão, que será disputada na próxima quarta-feira (15).

Assim como aconteceu na final da Taça Rio, na quarta (8) passada, também não haverá presença de público no estádio. Esta medida foi anunciada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) no final de junho, quando confirmou que independente da Prefeitura do Rio de Janeiro liberar a venda de ingressos, os jogos finais seriam disputados sem torcedores no local da partida.

A dupla Fla x Flu é a maior vencedora do Campeonato Estadual, que começou em 1906. Os flamenguistas já gritaram campeão 35 vezes, seguido dos tricolores que acumulam 31 conquistas.

Em relação ao time que começa jogando, o técnico Odair Hellmann deve manter praticamente a mesma equipe que conquistou a Taça Rio na última quarta-feira (8), no Maracanã. A única mudança deverá ser no setor defensivo. O zagueiro Nino sofreu uma entorse no joelho esquerdo no treinamento da última sexta-feira (10) e não foi relacionado. Desta forma, Digão e Luccas Claro lutam pela vaga para atuar ao lado de Matheus Ferraz na zaga.

Para enfrentar o Flamengo havia a esperança do retorno do atacante Fred. O camisa 9 desfalcou o tricolor na última partida após sentir dores no pé. Desta vez, o jogador descobriu um problema oftalmológico no olho esquerdo e precisará passar por uma cirurgia. Sendo assim, Evanilson deve ganhar nova oportunidade.

O meio-campista Paulo Henrique Ganso vive a mesma situação de Fred, ele não foi relacionado na final da Taça Rio, após sentir dores na região lombar, e permanece sem condições de jogar.

Pelo lado rubro-negro, o técnico português Jorge Jesus também deverá manter quase todos os 11 titulares que empataram com o Fluminense de 1 a 1, na final da Taça Rio, e que acabaram sendo derrotados nos pênaltis por 3 a 2. A exceção será no ataque, Bruno Henrique sentiu dores na panturrilha na´última partida e provavelmente será poupado. O treinador português tem duas opções para posição, Pedro que mais centralizado ou Micheal com características de velocidade, atuando pelos flancos.

As prováveis escalações

Fluminense: Muriel; Gilberto, Matheus Ferraz, Luccas Claro ou Digão e Egídio; Dodi, Hudson e Yago; Nenê, Marcos Paulo e Evanilson. Técnico: Odair Hellmann.

Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Léo Pereira e Filipe Luís; Arão, Gerson e Everton Ribeiro; Arrascaeta, Pedro ou MIchael e Gabigol. Técnico: Jorge Jesus.

Agência Brasil/Foto: Daniel Basil/Portal da Copa

Famílias têm papel fundamental na relação da criança com mundo digital

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Durante a pandemia de covid-19, os dispositivos eletrônicos com acesso à internet se tornaram um elemento fundamental na vida de muitas crianças brasileiras.

Os tablets, celulares, smart TVs (televisor com acesso à internet) e os vídeogames se tornaram o único passatempo de muitas crianças e adolescentes, que estão confinados em casa há mais de 100 dias. Helena Sérvio de apenas um aninho e três meses, é um exemplo de crianças que se divertem com os dispositivos eletrônicos com acesso à internet.

Para construir uma relação saudável, criativa e segura das crianças com o mundo digital, as famílias têm papel fundamental, diz a pesquisadora do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, Maria Isabel Amando de Barros. Segundo ela, para começar, pais, mães e responsáveis também precisam rever os hábitos digitais.

“Somos um verdadeiro espelho para as crianças. Nesse sentido, é muito bom compartilhar com elas que vários desafios estão postos também para nós: sentimos que a internet "rouba" tempo de outras atividades como sono, alimentação, atividade física e lazer. Muitas vezes não temos clareza sobre os pensamentos, sentimentos ou impulsos que nos levam a pegar o celular e temos muito a aprender para, de fato, usar a tecnologia a nosso favor”.

É assim que a consultora imobiliária Carla Christiane de Carvalho Pereira procura orientar seu filho Caio, de 10 anos, e a filha Clara, de 8. “Oriento a pesquisar sobre significado das coisas, manuais, configuração da televisão, do celular, dos eletrodomésticos. Acho importante, já que eles têm essa facilidade com a tecnologia”.

Carla diz que faz acertos com eles e direciona os conteúdos a serem vistos, sempre com muito diálogo. Para jogos e navegação eles só podem ficar até as 21h. “Não tenho muito regra de quantidade de horas, mas não pode usar nenhum tipo de tecnologia durante as refeições, durante as lições, não podem levar para o banheiro. São pequenas restrições, para educação mesmo. O restante do dia é liberado”.

Ela conta que sabe o que eles acessam e quando tem algo que não acha adequado, conversa com eles. “O Youtube deles é monitorado, sei o que consomem. O Caio vê muito tutorial de vídeogame, já a Clara vê músicas e desafios. As crianças nasceram preparadas para essa era digital, a preparação que a gente tem que fazer é na absorção de conteúdo. Quando o Caio vê um vídeo que tem muito palavrão, ou linguagem e conteúdo impróprios, converso com ele. Quantos aos canais da Clara, verifico quem a está seguindo e digo que só pode segui-la quem tem até 12 anos, então ela mesma fica atenta. Acho que a vigilância existe, mas é adaptável. Então, eu trabalho a questão do discernimento ao receber esses conteúdos, sempre com muito diálogo”.

Segundo a pesquisadora do Instituto Alana, os responsáveis devem seguir esse caminho, o do diálogo. “As pesquisas mostram que a principal estratégia para ajudar as crianças a terem bons hábitos é mediar sua relação com o mundo digital de forma construtiva, ou seja, mostrando os desafios e analisando como suas ferramentas podem nos ajudar a ter experiências online onde prevaleçam as conexões significativas, os aprendizados com sentido e a diversão saudável”.

Maria Isabel explica que essa mediação ativa é diferente para cada faixa etária e deve ser adequada a cada criança, de acordo com sua individualidade e interesses. Deve também ser baseada no diálogo, na escuta e reflexão com a própria criança sobre a forma como ela se apropria das tecnologias. 

“Há que se avaliar qual caminho faz mais sentido em cada fase da infância: dosar o tempo, considerar a qualidade do conteúdo, combinar onde e como os dispositivos podem ser acessados e, acima de tudo, fazer do mundo digital uma experiência compartilhada entre crianças e adultos, pais, mães e filhos, educadores e estudantes”, diz a pesquisadora. Para ela, “há outro aspecto importante: a construção de um sólido repertório de interesses, habilidades e rotinas offline, que certamente irão ajudar a criança a desenvolver a autorregulação em relação ao uso do ambiente digital”.

Dessa forma, a consultora financeira Luciana Flávia Bonsembiante busca conduzir o filho Enzo, de 6 anos, no mundo digital. “Digo para ele ver conteúdos educativos, como os aplicativos de leitura, jogos voltados para a idade dele, incentivo também para a criatividade, ele adora gravar vídeo e tem um canal no Youtube, então eu procuro incentivar essa parte também”.

Quanto ao tempo, ela diz que há horários determinados para usar as telas. “Cerca de uma hora durante a manhã e mais uma hora à noite. A tarde é voltada para o estudo e algum tipo de educação física. A gente orienta sobre os conteúdos inadequados, sobre conversas com estranhos e, graças a Deus, nunca tivemos nenhum tipo de contratempo em relação a ele conversar com qualquer tipo de pessoa. Ficamos muito atentos porque é um perigo na época de hoje. Fora de casa, a utilização é muito esporádica, ele tem o próprio celular, mas geralmente evito que ele saia de casa com o aparelho”. 

Ela conta que às vezes o filho quer ficar mais um pouco com o celular, mas aí ela o chama para outras atividades. “Gosto muito de brincar com ele de quebra-cabeça, lego, ele adora montar e desmontar coisas e assim vai. É muito disciplinado e é bem obediente”.

Tempo de exposição às telas
No caso de crianças até 2 anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda evitar exposição às telas. Para crianças de 2 a 5 anos, a recomendação é de até uma hora por dia, sempre com supervisão. Esse tempo pode ser estendido até duas horas por dia para crianças de 6 a 10 anos. Já crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos devem limitar seu tempo online a duas ou três horas por dia.

“Entretanto, as pesquisas também mostram que o tempo de tela não é a medida mais relevante ou a única variável a ser considerada quando pensamos em cuidar da relação que as crianças estabelecem com o mundo digital. Afinal de contas, passar uma hora assistindo sozinho filmes violentos, permeados por mensagens publicitárias, é completamente diferente de assistir em família a um documentário sobre música ou vida selvagem”, pondera a pesquisadora.

Maria Isabel acrescenta que é fundamental avaliar e refletir a intenção do tempo de tela: por que a criança vai ter essa experiência, o que ela vai aprender ou vivenciar com ela, a qualidade do conteúdo acessado e ainda se esse tempo de tela está impedindo que a criança realize atividades importantes como dormir, se alimentar, brincar ao ar livre e interagir com outras crianças e adultos.

Dieta digital
A pesquisadora Maria Isabel considera que uma forma de avaliar se um conteúdo digital é bom é semelhante a quando escolhemos o que vamos comer. “Numa boa dieta digital prevalecem conteúdos sem violência gratuita, conteúdos publicitários, notícias falsas, mensagens discriminatórias e desafios perigosos”.

Ela orienta que bons conteúdos são aqueles em que há respeito à privacidade e à identidade online. “São aqueles vinculados aos produtos e plataformas que respeitam nossa capacidade de desconectar e nos ajudam a encontrar espaço e oportunidades para brincar, criar, ler, desenhar, jogar, entre inúmeras possibilidades de encontros significativos conosco e com o outro. Em suma, bons conteúdos digitais são aqueles que trazem mais autoria - em oposição àqueles de uso mais passivo -, são acessados com intenção e nos fazem bem”.

Responsabilidade 
Na visão da pesquisadora, a responsabilidade com o ambiente digital não é apenas do usuário. “É muito importante também percebermos - e compartilharmos esse aspecto com as crianças - que a responsabilidade por uma relação saudável, criativa e segura com o ambiente digital não é apenas do usuário. É também do governo, das empresas e das plataformas de tecnologia. É fundamental advogarmos por um ambiente digital mais humano, que proteja nossa privacidade, resguarde nossa capacidade de desconectar e fortaleça nossos laços sociais”, defende Maria Isabel.

Para contribuir com esse debate, o Instituto Alana, com o apoio do Nic.Br, da Safernet Brasil e do portal Lunetas, está realizando o evento “Ser Criança no Mundo Digital – série de conversas online”. Os diálogos serão transmitidos pelo Instituto Alana. A estreia da série de conversas foi no dia 26 de junho, e os dois primeiros episódios podem ser acessados em Episódio 1 e Episódio 2.

Agência Brasil/Foto de Tassiane

Bahia registra 3.002 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas

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Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.002 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +3,0%), 53 óbitos (+2,2%) e 1.210 curados (+1,7%). Dos 104.188 casos confirmados desde o início da pandemia, 73.136 já são considerados curados, 28.616 encontram-se ativos e 2.436 tiveram óbito confirmado.

Os casos confirmados ocorreram em 397 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (41,72%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Gandu (2.586,18), Itajuípe (2.318,09), Ipiaú (1.900,90), Lauro de Freitas (1.701,27) e Itabuna (1.626,47).

O boletim epidemiológico contabiliza 104.188 casos confirmados, 204.428 casos descartados e 101501 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado (11).

Na Bahia, 11.188 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Todos os dados estão disponíveis no Painel Epidemiológico (bi.saude.ba.gov.br/transparencia/).

Taxa de ocupação

Na Bahia, dos 2.378 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para coronavírus, 1.535 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 65%. No que se refere aos leitos de UTI adulto, dos 926 leitos exclusivos para o coronavírus, 733 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 79%. A região Extremo-Sul da Bahia possui a maior taxa de ocupação, com 100% dos leitos de UTI ocupados, seguida da região Sul, com 84%.

Cabe ressaltar que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.

Desde esta sexta-feira, 10 de julho, a Sesab divulga mais uma ferramenta estatística para avaliar a tendência, denominada de média móvel, como pode ser vista na figura 4 do boletim (página 19). Nos últimos sete dias, verifica-se uma tendência de aumento mais evidente nos casos confirmados, enquanto que os casos ativos apresentam-se com evolução mais discreta.

Óbitos

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) contabiliza 2.436 mortes pelo novo coronavírus.

2384º óbito – homem, 92 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internado dia 11/06, foi a óbito dia 20/06, em hospital da rede privada, em Salvador;

2385º óbito – homem, 64 anos, residente em Ilhéus, sem comorbidades. Foi a óbito dia 22/06, em seu domicílio, em Ilhéus;

2386º óbito – homem, 40 anos, residente em Eunápolis, portador de hipertensão arterial, diabetes mellitus e obesidade. Internado dia 04/06, foi a óbito 20/06, em hospital da rede privada, em Eunápolis;

2387º óbito – homem, 72 anos, sem comorbidades, residente em Jacobina. Internado dia 07/06, foi a óbito dia 30/06, em hospital da rede pública, em Salvador;

2388º óbito – mulher, 85 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial. Internada dia 28/06, foi a óbito dia 07/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2389º óbito – homem, 86 anos, residente em Nova Ibiá, sem informações acerca de comorbidades. Foi a óbito dia 10/07, em seu domicílio, em Nova Ibiá;

2390º óbito – homem, 76 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial. Internado dia 06/07, foi a óbito dia 08/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2391º óbito – mulher, 67 anos, residente em Ubaitaba, portadora de diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade e doença respiratória crônica. Internada dia 27/06, foi a óbito dia 08/07, em hospital da rede pública, em Vitória da Conquista;

2392º óbito – mulher, 95 anos, residente em Salvador, sem informação acerca da existência de comorbidades. Internada dia 08/07, foi a óbito no mesmo dia (08/07), em hospital da rede pública, em Salvador;

2393º óbito – homem, 67 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial. Internado dia 22/06, foi a óbito dia 07/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2394º óbito – homem, 98 anos, residente em Salvador, portador de demências, incluindo Alzheimer e hipertensão arterial. Internado dia 19/06, foi a óbito dia 22/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

2395º óbito – homem, 78 anos, residente em Ilhéus, portador de diabetes mellitus. Internado dia 20/06, foi a óbito dia 07/07, em hospital da rede privada, em Ilhéus;

2396º óbito – homem, 65 anos, residente em Salvador, fumante. Internado dia 05/07, foi a óbito 07/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2397º óbito – homem, 68 anos, residente em Ilhéus, sem comorbidades. Internado no dia 22/06, foi a óbito no mesmo dia (22/06), em unidade da rede pública, em Ilhéus;

2398º óbito – mulher, 80 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus e doença renal crônica. Internada dia 25/06, foi a óbito dia 07/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2399º óbito – homem, 48 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial. Internado dia 30/06, foi a óbito dia 07/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2400º óbito – mulher, 55 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus, hipertensão arterial e obesidade. Internada dia 14/06, foi a óbito 22/06, em hospital da rede pública, em Salvador;

2401º óbito – homem, 62 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Foi a óbito dia (02/07), a caminho do hospital, em Lauro de Freitas;

2402º óbito – homem, 76 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial. Internado dia 08/07, foi a óbito dia 09/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2403º óbito – mulher, 85 anos, residente em Manoel Vitorino, portadora de hipertensão arterial e neoplasias. Internada dia 30/06, foi a óbito dia 07/07, em hospital da rede pública, em Jequié;

2404º óbito – mulher, 87 anos, residente em Serra Preta, sem informações acerca da existência de comorbidades. Internada dia 07/07, foi a óbito no mesmo dia (07/07), em hospital da rede pública, em Serra Preta;

2405º óbito – mulher, 34 anos, residente em Teodoro Sampaio, portadora de obesidade. Internada dia 27/06, foi a óbito dia 07/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2406º óbito – homem, 93 anos, residente em Jequié, portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internado dia 24/06, foi a óbito dia 09/07, em hospital da rede pública, em Jequié;

2407º óbito – mulher, 81 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial. Internada dia 28/06, foi a óbito dia 03/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2408º óbito – homem, 54 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Internado 26/06, foi a óbito dia 03/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2409º óbito – homem, 42 anos, residente em Cândido Sales, portador de diabetes mellitus. Sem informação acerca da data de internação, foi a óbito dia 08/07, em hospital da rede pública, em Cândido Sales;

2410º óbito – homem, 67 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular e diabetes mellitus. Internado dia 02/07, foi a óbito 06/07, em hospital da rede pública em Salvador;

2411º óbito – mulher, 68 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internada dia 29/06, foi a óbito dia 03/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2412º óbito – homem, 31 anos, residente em Salvador, portador de obesidade e doença cardiovascular. Internado dia 17/06, foi a óbito dia 03/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2413º óbito – homem, 67 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internado dia 16/06, foi a óbito dia 03/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2414º óbito – homem, 77 anos, residente em Dias D´Ávila, sem comorbidades. Internado dia 26/06, foi a óbito dia 03/07, em hospital da rede pública, em Lauro de Freitas;

2415º óbito – mulher, 42 anos, residente em Salvador, portadora de doença renal crônica. Internada dia 27/06, foi a óbito dia 01/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2416º óbito – homem, 72 anos, residente em Salvador, portador de doença hepática. Internado dia 21/05, foi a óbito dia 30/05, em hospital da rede pública, em Salvador;

2417º óbito - mulher, 65 anos, residente em Salvador, sem informações acerca de comorbidades. Sem informação também sobre a data de internação, foi a óbito dia 28/06, em hospital da rede privada, em Salvador;

2418º óbito – homem, 63 anos, residente em Castro Alves, portador de diabetes mellitus. Internado dia 08/07, foi a óbito dia 10/07, em hospital da rede pública, em Santo Antônio de Jesus;

2419º óbito – homem, 71 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Internado dia 25/06, foi a óbito dia 01/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2420º óbito – mulher, 66 anos, residente em Simões Filho, portadora de neoplasias, hipertensão arterial, demências, incluindo Alzheimer. Internada dia 03/07, foi a óbito dia 05/07, em hospital da rede pública, em Simões Filho;

2421º óbito – homem, 32 anos, residente em Salvador, sem informações acerca de comorbidades. Internado dia 26/06, foi a óbito dia 02/07, em hospital da rede pública em Lauro de Freitas;

2422º óbito – homem, 61 anos, residente em Serrinha, portador de neoplasias. Internado dia 20/06, foi a óbito dia 24/06, em hospital da rede privada, em Salvador;

2423º óbito – mulher, 60 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e obesidade. Sem informação acerca da data de internação, foi a óbito dia 09/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2424º óbito – homem, 88 anos, residente em Salvador, sem informações acerca de comorbidades. Internado dia 25/06, foi a óbito dia 04/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2425º óbito – homem, 68 anos, residente em Jaguaquara, portador de diabetes mellitus. Sem informação acerca da data de internação, foi a óbito dia 09/07, em hospital da rede pública, em Itabuna;

2426º óbito – homem, 60 anos, residente em Valença, portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internado dia 20/06, foi a óbito dia 08/07, em hospital da rede pública, em Ilhéus;

2427º óbito – homem, 93 anos, residente em Taperoá, portador de doença cardiovascular. Internado dia 01/07, foi a óbito dia 09/07, em hospital da rede privada, em Santo Antônio de Jesus;

2428º óbito – mulher, 87 anos, residente em Itabuna, sem comorbidades. Internada dia 02/07, foi a óbito no mesmo dia (02/07), em hospital da rede pública, em Itabuna;

2429º óbito – homem, 59 anos, residente em Sobradinho, portador de hipertensão arterial. Sem informação acerca da data de internação, foi a óbito dia 09/07, em hospital da rede pública, em Salgueiro (Pernambuco);

2430º óbito – homem, 79 anos, residente em Valença, sem informações acerca de comorbidades. Também sem informações sobre a data de internação, foi a óbito dia 08/07, em hospital filantrópico, em Valença;

2431º óbito – homem, 65 anos, residente em Dias D´Ávila, portador de hipertensão arterial e doença renal crônica. Internado dia 30/06, foi a óbito dia 03/07, em hospital da rede pública, em Salvador;

2432º óbito – homem, 69 anos, residente em Jaguaquara, portador de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Sem informação da data de internação, foi a óbito dia 10/07, em hospital da rede pública, em Jequié;

2433º óbito – mulher, 80 anos, residente em Vera Cruz, portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internada dia 04/07, foi a óbito no mesmo dia (04/07), em hospital da rede pública, em Itaparica;

2434º óbito – mulher, 80 anos, residente em Vera Cruz, portadora de hipertensão arterial. Internada dia 04/07, foi a óbito no mesmo dia (04/07), em hospital da rede pública, em Itaparica;

2435º óbito – mulher, 71 anos, residente em Simões Filho, portadora de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Internada dia 04/07, foi a óbito no mesmo dia (04/07), em hospital da rede pública, em Simões Filho;

2436º óbito – mulher, 68 anos, residente em Itacaré, portadora de hipertensão arterial. Internada dia 16/06, foi a óbito dia 22/06, em hospital da rede pública, em Ilhéus.

Secretário da Saúde diz que a pandemia desacelerou após o uso da cloroquina

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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou nesta quinta-feira (9/7) que há evidências de que o uso da cloroquina em pacientes de covid-19 com sintomas leves contribuiu para a o decréscimo da evolução da curva epidêmica em alguns estados e cidades. Além disso, Franco que tem a “percepção” que devido ao tratamento precoce o Brasil está chegando ao recorde de curados da doença.
“Há evidências de que em algumas cidades e alguns estados aplicou-se o tratamento medicamentoso precoce e foi justamente o que contribuiu para a o decréscimo dessa curva, dessa evolução da curva epidêmica nesses estados”, afirmou em coletiva de imprensa. O uso da cloroquina no tratamento de pacientes de covid-19 com sintomas leves é recomendado pelo Ministério da Saúde desde 20 de maio. 
Já o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, afirmou que vários indícios sobre dos resultados do uso precoce da cloroquina têm sido enviados por gestores, pesquisadores e administradores de hospitais. 
De acordo com Angotti, os indícios “estão divulgados em vários lugares na internet”, no entanto, ressaltou que não se pode afirmar de forma inequívoca que o uso específico da cloroquina reduziu o número de casos graves no país. 
“O que nós temos em relação ao uso de tratamento precoce (da cloroquina) são vários indícios que têm sido enviados de serviços, gestores, pesquisadores e administradores de hospitais. Há indícios e eles têm falado acerca da redução da ocupação de leitos e isso tem chegado”, disse. 
O secretário explicou que esses indícios ainda não se transformaram em publicações científicas e que precisam ser estudados. “O tempo para uma publicação científica, para se fazer um protocolo aprovado no comitê de ética em pesquisa, é um tempo um pouco maior. Mas relatórios administrativos de serviços hospitalares e planos de saúde têm chegado”, justificou.

Contraindicação 

Na última quarta-feira (8/9), o coordenador do Centro de Contigência covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes, reforçou que a Secretaria de de Saúde do estado contraindica o uso do medicamento em casos leves. “O Centro de Contigência e a Secretaria de Saúde do Estado têm sido muito claros em relação a isso. Nós temos notas técnicas, que contraindicam o uso de cloroquina em casos leves porque não há nenhuma evidência da eficácia desse medicamento e há risco de efeitos colaterais, que podem ser sérios”, disse. 
Em maio, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) desaconselhou a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes leves de covid-19. Mesmo assim, no mesmo mês, o Ministério da Saúde incluiu os medicamentos no protocolo de tratamento de paciente com sintomas leves.  
 
 Braziliense/(foto: Presidência/Divulgação)