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Consumir alguns tipos de gordura não faz mal à saúde, diz especialista

thumbnail Consumir alguns tipos de gordura não faz mal à saúde

Muita gente condena todo tipo de gordura. Mas vale ressaltar que nem toda gordura é ruim para a saúde. A gordura é fonte de energia e de ácidos graxos, que são essenciais para o bom funcionamento do corpo. Por isso, elas devem fazer parte do nosso cardápio. Segundo a British Dietetic Association, do Reino Unido, um homem deve consumir por dia até 30g de gordura saturada e a mulher até 20g. Mas essas quantidades são mínimas e as pessoas devem se atentar a isso! 20 e 30g é muito pouco. O problema é que as pessoas andam consumindo 20% acima da média recomendada pela organização. E o pior, concentrando o consumo na chamada gordura trans. "Uma dieta rica em gorduras saturadas pode elevar o colesterol, levando a doenças cardiovasculares. Carne vermelha, manteiga, queijos gordos e leite integral são fontes de gorduras saturadas", explica Gabriel Pacheco, nutricionista da Rede Alpha Fitness.

Um cardápio balanceado deve conter as chamadas gorduras boas, que são as monoinsaturadas e poli-insaturadas. Elas estão presentes em oleaginosas (castanhas, amendoas, nozes, e outras), alimentos como abacate, ovo, chocolate amargo e azeite. Peixes como salmão, sardinha e atum também são excelentes fontes de gorduras boas e além disso fornecem diversos nutrientes para o dia a dia. "As gorduras boas nos dão maior saciedade, além de serem ótimos alimentos, também colaboram para aumentar o chamado 'colesterol bom' (HDL), que é imprescindível que esteja mais alto", comenta Gabriel. A reeducação alimentar é uma ótima opção para adotar medidas benéficas para a saúde. É preciso mudar hábitos, começar a ingerir alimentos integrais, frescos e naturais, além do consumo diário de fontes de proteínas e sempre, claro, com o acompanhamento de um profissional.

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Brasileiro gasta mais com pão francês do que com frutas, arroz e feijão, mostra estudo

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Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificou que apenas dez produtos concentram quase metade do consumo alimentar da população brasileira. O professor de Economia da universidade que conduziu o estudo, Walter Belik, concluiu que a dieta do brasileiro está monótona.

Juntos: arroz, feijão, pão francês, carne bovina, frango, banana, leite, refrigerantes, cervejas e açúcar cristal compõe mais de 45% do cardápio do brasileiro, enquanto representam cerca de 35% do seu gasto em alimentação.

Outra conclusão foi de que o prato do brasileiro costuma ter uma quantidade grande de carboidrato e pouca variedade de vitaminas.

Reportagem do portal Viva Bem sobre o estudo ressalta que os brasileiros gastam por mês com pão francês (cerca de R$ 1,2 bilhão) quase o dobro do que gasta com banana (R$ 410 mi), laranja (R$ 163 mi) e maçã (R$ 162 mi) juntos.

Outra comparação mostra que os gastos com pão francês, que também é conhecido como pão de sal, superam as despesas com o arroz (R$ 821 mi) e o feijão (R$ 408 mi). 

Aqueles alimentos campeões em despesas são as carnes bovina (R$ 2,8 bi) e de frango (R$ 1,7 bi), ressalta a reportagem.

Os dados ainda mostram que os legumes e verduras compõem apenas cerca de 4% do consumo alimentar, mesma porcentagem das frutas.

O estudo foi realizado em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e apoiado pelo Instituto Ibirapitanga e Instituto Clima e Sociedade. 

Ministério Saúde usou Fiocruz para produzir 4 milhões de comprimidos de cloroquina

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Recursos públicos emergenciais para o enfrentamento da Covid-19 foram empregados pelo Ministério da Saúde na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina. A informação foi obtida pela Folha de S. Paulo a partir de documentos da pasta e indicam que o destino dos medicamentos era no tratamento de pacientes com coronavírus. O medicamento não tem eficácia comprovada contra a infecção pelo vírus.

Os documentos que a reportagem teve acesso são datados de 29 de junho e 6 de outubro, e revelam a produção de cloroquina e fosfato de oseltamivir (o Tamiflu) pela Fiocruz, com destinação a pacientes com Covid-19. Estudos mostram que esse segundo medicamento também não têm eficácia contra a Covid-19.

A verba empregada na produção desses medicamentos tem origem na Medida Provisória nº 940, editada em 2 de abril pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) para o enfrentamento de emergência do novo coronavírus. A reportagem da Folha ressalta que nos dois documentos constam a informação.

O crédito extraordinário aberto pela MP em favor do ministério foi na ordem de  R$ 9,44 bilhões.

Para a Fiocruz, que é vinculada à pasta, foram destinados R$ 457,3 milhões para "enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus".

A matéria ainda traz que os documentos enviados ao MPF apontam gastos de R$ 70,4 milhões, oriundos da MP, com a produção de cloroquina e Tamiflu pela Fiocruz. Mas na exposição de motivos sobre a MP, não houve detalhamento de como o dinheiro seria gasto. O texto da Presidência da República enviado ao Congresso fala em "produção de medicamentos".

Segundo a Folha, os ofícios relacionam a produção dos dois medicamentos sem eficácia para Covid-19 aos recursos destravados para a pandemia.

Fonte: Folha de S. Paulo/BN/Sede da Fiocruz | Foto: Erasmo Salomão/MS

Novozymes doa 100 computadores para crianças e adolescentes

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Incentivar o estudo, a cultura e a pesquisa é uma das propostas das atividades sociais da Novozymes, multinacional dinamarquesa que atua no segmento da biotecnologia (enzimas e microrganismo), Marista Escola Social Ecológica que atende gratuitamente mais de 300 crianças e adolescentes. Neste ano, a empresa está doando cerca de 100 laptops para os alunos da escola.

O objetivo é contribuir para que essas crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, com o conhecimento, a pesquisa e o estudo possam mudar o jeito como enxergam a si mesmas e a comunidade onde vivem. “Reunimos nossos recursos, em uma grande ação social da empresa, para oportunizar que esses jovens possam se desenvolver e estar mais conectados com o mundo globalizado. O conhecimento e o acesso à pesquisa podem fazer muita diferença no mundo”, destaca William Yassumoto, presidente Regional da Novozymes Latin América. “Esperamos que esse seja um incentivo e uma ajuda para que consigam desenvolver seus estudos principalmente nessa nova etapa, de grandes transformações pelas quais todos estamos passando”, completa o presidente.

Impacto da pandemia

O acompanhamento da Escola durante a pandemia da covid-19 faz com que os alunos possam receber os materiais de diversas maneiras. “Nos cercamos de muito diálogo com as famílias, oferecendo entregas presenciais de atividades com hora marcada, atividades online e até via redes sociais, já que muitos adolescentes têm o acesso ilimitado de internet somente no celular”, explica Gillys Vieira da Silva, diretora do Marista Escola Social Ecológica.

A doação dos computadores vai beneficiar o acesso desses adolescentes as atividades remotas. “Vamos monitorar por meio de indicadores de aprendizagem, fizemos uma análise de todas as famílias para falarmos desse acesso com qualidade. Com os notebooks os estudantes terão acesso maior na nossa plataforma, o que com certeza impactar a rotina e também a aprendizagem”, reforça.

Boa ação que transforma

Franciele Souza Santos Cechelero, mãe do aluno Pedro Henrique do 9º ano, comenta que esse é mais um incentivo para a motivação para os estudos. “Ajudou demais recebermos os computadores. O Pedro estudava com as atividades impressas e o celular, que nós sabemos que tem problemas, por travar, ter tela menor, a voz às vezes saia muito baixa e ele não conseguia conversar com os professores da melhor maneira. Agora com o computador ele tem o acesso à plataforma, a tela é maior e ajuda na aula diária. Ele está mais motivado a estudar. O Marista Escola Social Ecológica é fundamental no desenvolvimento dele como aluno, sou muito grata”. Pedro Henrique, 14 anos, concorda: “Está me ajudando a fazer as tarefas, celular travava muito, ainda mais em dia que tinha muitas atividades. Agora com o computador mudou tudo, podemos ver os professores, as aulas com muito mais tranquilidade. Quero ser jogador de futebol no futuro, mas sem deixar de estudar para ser alguém na vida”.

Projeto Inspirar

Esta ação faz parte do Projeto Inspirar, anunciado pela Novozymes em 2019. O objetivo do projeto é permitir que a empresa possa inspirar colaboradores e comunidade, ao disponibilizar recursos que visam contribuir com o enfrentamento de crises locais e também estimular que os colaboradores da empresa usem pelo menos 1% do seu tempo de trabalho em atividades que possam causar algum impacto positivo na sociedade.

Lidi Multimidia

 

Parceria entre Governo da Bahia e Embrapa promove Curso de Fruticultura Orgânica

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Encerrou na quinta-feira (04) o Curso de Fruticultura Orgânica, que contou com aulas ao vivo, pelo canal Embrapa Mandioca e Fruticultura, no Youtube. O curso contou com recursos oriundos de emenda parlamentar, e foi promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Coordenação de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (Cepex), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura.

A iniciativa possibilitou a técnicos, agentes de assistência técnica e extensão rural (Ater) e a agricultores e agricultoras familiares, que desejam aderir à produção orgânica, obterem os conhecimentos e as técnicas para enfrentar a transição sustentável, para cultivo orgânico de frutas como o maracujá, umbu, abacaxi, manga e banana.

De acordo com José Tosato, coordenador da Cepex, o curso priorizou a qualidade do conteúdo e contou com a orientação de pesquisadores da Embrapa de diversas partes do país, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), da Rede Povos da Mata, trabalhando as culturas importantes para a agricultura Familiar em todos os aspectos: “Todos esses conhecimentos, em todas essas áreas, podem ser utilizados na produção orgânica de diversas outras culturas. São técnicas que também podem ser utilizadas também em quintais produtivos. Esperamos que tenha resultados positivos e vamos continuar o contato com os alunos, no sentido de estimulá-los a desenvolver projetos e a ideia é tentar trabalhar a possibilidade de outros módulos”.

Silvana Santos, que atua na gestão de Ater da Cooperativa de Jovens Produtores Rurais da Agricultura Familiar (COOJOPRAF), por meio do convênio com o Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), no município de Água Fria, destacou que o curso foi muito produtivo: “Tirei dúvidas com os palestrantes, todos ótimos. Pretendo pôr em prática, principalmente, o uso da adubação verde, pois onde trabalho hoje eles não têm esse conhecimento”.

Joseane Dias, do Assentamento Luíz Inácio Lula da Silva, em Santa Cruz Cabrália, Território Costa do Descobrimento é professora e tem especialização em Agroecologia e Educação do Campo. Está investindo na produção orgânica, atualmente em processo de certificação com a Rede Povos da Mata. O interesse pelo curso surgiu por já trabalhar com o plantio de orgânicos e em processo de certificação: “Queremos também ampliar as culturas, e o curso vem para agregar valores, conhecimentos, e somar na minha prática. Tem sido de uma importância muito grande para nós agricultores e veio no tempo oportuno, porque, mesmo em tempo de pandemia, nós sabemos que a agricultura familiar não parou, pelo contrário, houve uma aceleração ainda mais na agricultura, que tem mantido as feiras nos municípios”.

O curso de Fruticultura Orgânica teve módulos sobre Produção de Mudas de Umbu e Umbu-cajá, Preparo e o Manejo do Solo para Produção Orgânica de Fruteiras; Produção Orgânica de Banana; Produção Orgânica de Maracujá; Produção Orgânica de Abacaxi; Produção Orgânica de Manga; e Certificação da Produção Orgânica.

No total, foram 717 inscrições para o curso. Entre os inscritos, estavam agricultores e agricultoras, profissionais que atuam na assistência técnica e extensão rural (Ater), estudantes, professores e engenheiros agrônomos, entre outros interessados. Da Bahia foram 437 da Bahia e as demais 280 foram dos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná e Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

 

Assessoria de Comunicação SDR/CAR /Foto: Reprodução

Retomando as rédeas: Brasil está preparado para uma reindustrialização?

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Homens trabalham na linha de produção da MAN Caminhões, em Resende, no Rio de Janeiro (arquivo)

Depois de o Brasil conseguir atingir certo nível de industrialização, em décadas passadas, através, principalmente, da substituição de importações e políticas desenvolvimentistas, com forte participação do Estado, o país começou a enfrentar um processo de desindustrialização precoce, redução da participação da indústria no valor adicionado da economia antes que esta atinja o estágio de maturidade — por uma série de fatores.

Isso vem ocorrendo no país desde 1985. Naquele ano, a indústria tinha 48% de participação no Produto Interno Bruto (PIB), e, de lá para cá, apesar de alguns momentos de oscilações positivas, esse percentual vem caindo. Essa participação ficou em 21,4% em 2019, último ano com dados disponibilizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desses, apenas 11,8% dizem respeito à indústria de transformação, que é a que transforma a matéria-prima em um produto final ou um intermediário que servirá à produção de um item final.

Atualmente, os serviços respondem pela maior parte do PIB brasileiro. Mas, ao contrário do que ocorre em economias mais desenvolvidas, esses serviços, em geral, são pouco sofisticados e, consequentemente, de menor valor, quando comparados aos de países mais ricos.

Na comparação entre os dois setores, a indústria é justamente o que tem maior capacidade de impactar, positivamente, a economia brasileira quando se tem um aumento da produção em cada uma dessas atividades.

Da porta da fábrica para dentro, da porta da fábrica para fora

​Essa perda de espaço da indústria dentro do Brasil ocorre, paralelamente, à perda de participação brasileira na produção global do setor. Até 2014, o Brasil figurava entre os dez maiores produtores no ranking mundial. Entre 2015 e 2019, perdeu seis posições, sendo superado por México, Indonésia, Rússia, Taiwan, Turquia e Espanha.

De acordo com o economista Marco Rocha, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a indústria brasileira vem perdendo competitividade de uma forma generalizada. E isso está relacionado, de um lado, a fatores que estão da porta da fábrica para fora, como, por exemplo, a falta de investimentos em infraestrutura, e também a fatores “que estão da porta da fábrica para dentro”, como o fato de a indústria brasileira ter feito “uma atualização muito marginal em relação às mudanças que ocorreram no sistema industrial mundial nas últimas décadas”.

Na conjuntura atual, isso se somou, segundo ele, a uma aproximação de uma mudança para um novo paradigma tecnológico, representando pela indústria 4.0, que está levando à reorganização de uma série de multinacionais, que inclui “uma espécie de racionalização estratégica dessas operações internacionais”.

​De outro lado, é preciso levar em consideração também, ainda na avaliação do professor, a forma como o comércio internacional reage às grandes crises, como a de 2008 e, agora, a da COVID-19. Nesses contextos, ocorrem uma retração do comércio internacional e, depois, um processo de recuperação no qual as empresas procuram reorganizar suas escalas de produção e suas operações globais.

“Para além disso, existe uma perspectiva de muito pouco crescimento da economia brasileira nos próximos anos. E a América Latina, nesse contexto de reorganização do sistema industrial mundial também foi se tornando um mercado pouco atrativo. E aí o Brasil também tem um peso muito importante em tornar o mercado latino-americano pouco atrativo do ponto de vista industrial”, afirma o especialista em entrevista à Sputnik Brasil.

Na opinião do gerente executivo de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, se, no passado, o Brasil atraiu muitas empresas por conta do grande tamanho do seu mercado, hoje, “nenhuma empresa escolhe uma localização apenas por causa do mercado doméstico, ela tem que exportar”. E é aí que começa o problema.

Em primeiro lugar, Fonseca destaca que, por ter uma educação de baixa qualidade, o Brasil não consegue formar uma mão de obra qualificada para trabalhar com as novas tecnologias que estão sendo implementadas por essas empresas. Em segundo lugar, o complexo sistema tributário nacional, no qual os tributos se acumulam ao longo da cadeia, dificulta a disponibilização de produtos mais competitivos. E o excesso de burocracias, seja para abertura de empresas, as relacionadas ao comércio exterior, ou outras, também são exemplos de fatores desestimulantes, junto com os altos valores pagos por energia, transportes e logística.

Caminhoneiros bloqueiam parcialmente a rodovia Castello Branco, em São Paulo, como parte de uma paralisação nacional protestando contra o alto preço do combustível e baixo valor na tabela de fretes

“Então, no fundo, a gente tem um conjunto de entraves, que a gente chama de custo Brasil, que significa o quê? O que é mais caro para se fazer no Brasil quando se compara com o resto do mundo”, explica o representante da CNI, também ouvido pela Sputnik Brasil. “Isso faz com que as empresas brasileiras tenham dificuldades de competir no mercado internacional. E isso, praticamente, inviabiliza uma empresa multinacional vir para o Brasil e utilizar o Brasil como uma plataforma de exportação, seja de um produto final, seja de um insumo ou parte de um produto que vai se juntar, em outro país, para fazer um produto final.”

De acordo com Fonseca, há uma discussão problemática hoje, no Brasil, sobre “se tem que ter um subsídio para o setor A, um sistema tributário especial para o setor B”, o que, em sua opinião, não é o ideal para o país. Isso, ele acredita, só vai gerar mais complexidade, que é exatamente o que deve ser evitado.

“Você tem um sistema hoje em que o setor que está mais longe da cadeia, que mais agrega valor, tem menos facilidade para competir, porque acaba tendo uma carga tributária maior. Você compara hoje: a indústria, como um todo, paga mais tributos do que os outros setores e, dentro da indústria, setores de cadeias mais longas acabam pagando mais tributos. E, aí, começa a surgir a demanda por esses casos especiais.”

O governo, para o gerente da Confederação Nacional da Indústria, precisa “prover esse ambiente de negócios” e, ao mesmo tempo, “direcionar algumas políticas”, como fazem os Estados Unidos e alguns países europeus, principalmente na questão da inovação.

“A gente teve uma história de sucesso nisso na questão agricultura. Onde você colocou a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], você colocou recursos para inovação nessa área, e, aí, desenvolveu novas sementes, conseguiu expandir a fronteira agrícola brasileira, entrando pelo Centro-Oeste, e, hoje, a gente é a potência que é”, destaca.

utros obstáculos para as empresas do setor industrial apontados por especialistas e empreendedores brasileiros são os juros praticados na concessão de empréstimos e a “excessiva valorização cambial”. Enquanto nos EUA, na Europa, na China ou na Coreia do Sul é possível conseguir créditos com juros abaixo de 10% ao ano, no Brasil, segundo André Rebelo, diretor executivo de economia e estratégia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), se o empresário conseguir empréstimos abaixo dos 25%, isso é considerado “barato”.

“A gente soma isso a alguns longos períodos de excessiva valorização cambial, que a gente viveu, por exemplo, de 2005 até 2016, com o câmbio muito distorcido, favorecendo artificialmente as importações e tirando competitividade do produto nacional”, diz o economista à Sputnik Brasil, defendendo a agenda de reformas e o equilíbrio fiscal.

‘A agenda agora é a da competitividade’

“Não dá mais para fazer substituição de importação, como a gente fez nos anos 1950, 1960, 1970. A agenda agora é a da competitividade”, defende Rebelo.

Para o diretor de economia da FIESP, a atual taxa de câmbio, bastante desvalorizada, não é um problema para o setor industrial. Ele acredita que ela deve se valorizar um pouco, mas não em excesso, de maneira a tornar o preço do produto importado barato “artificialmente”.

Fora isso, o governo, segundo ele, precisa buscar o equilíbrio das contas públicas, para fazer o “Estado brasileiro caber dentro do PIB brasileiro”, consolidar taxas de juros mais baixas, controle da inflação e crédito mais barato para empreendedores e consumidores.

“É isso que vai fazer o Brasil crescer, é isso que vai permitir o Brasil se reindustrializar.”

O caminho para a reindustrialização apontado por Renato da Fonseca é semelhante ao defendido pelo especialista da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Também para ele, as reformas realizadas, nomeadamente, a trabalhista, a da previdência e a emenda do teto de gastos, devem ser vistas como avanços importantes. Mas, ao lado disso, é essencial que a União siga perseguindo o equilíbrio fiscal, que haja mais foco na educação e que vários dos projetos apresentados no Congresso Nacional visando a dar mais dinâmica ao ambiente de negócios sejam aprovados.

“O Congresso vem mostrando, nesses últimos anos, essa vontade de melhorar o ambiente de negócios. E a gente acredita que isso pode ser feito neste primeiro semestre ou, pelo menos, neste ano que está se iniciando.”

Desburocratizar não é suficiente

Na história do capitalismo, nenhum país se desenvolveu, de acordo com o professor Marco Rocha, sem uma “complexificação tecnológica da sua estrutura produtiva” e sem contar com uma atuação ativa do Estado no sentido de induzir esse processo.

“Todos os países buscaram, os países que se desenvolveram, buscaram, através de políticas ativas do Estado, promover uma maior densidade tecnológica do seu parque industrial. Portanto, fizeram políticas ativas de fomento ao seu sistema produtivo, privado, fizeram políticas ativas de ciência, tecnologia e de inovação, promoveram, estruturaram o que a gente chama de sistema nacional de inovação. Quer dizer, criaram toda uma institucionalidade no entorno do seu parque industrial que fornecia a esse parque industrial justamente o suporte tecnológico e auxiliava na criação de inovações.”

Essas, Rocha explica, foram, historicamente, as condições fundamentais e necessárias para a promoção do desenvolvimento econômico.

No momento atual, isso se torna cada vez mais difícil e requer, cada vez mais, uma institucionalidade, em termos de infraestrutura científica e tecnológica, mais ativa. E, hoje, isso não significa apostar apenas na indústria, mas, sim, “em toda uma gama de serviços tecnológicos acoplados à atividade industrial”, pontua o especialista, acrescentando que, no fundo, “é nisso que reside a competitividade”.

“É óbvio que facilitar todos os processos e desburocratizar — que é uma palavra muito usada atualmente — também é um passo importante, mas não é suficiente para deter um processo de porte muito maior.”

Em vez de se limitar a criar um bom ambiente de negócios, o economista da Unicamp acredita que o Estado, ainda hoje, deve ter uma participação ativa no fomento às atividades industriais, bem como na promoção da ciência, tecnologia e inovação e nos investimentos em infraestrutura. Sobretudo em um cenário de pós-pandemia, o qual, para ele, será marcado por políticas estatais de defesa das empresas e das indústrias nacionais.

“Então, é importante o Brasil se posicionar para essa nova realidade internacional. E, nesse sentido, também habilitar práticas de políticas industriais, científicas e tecnológicas que são importantes e que são muito utilizadas lá fora. Como são os casos de compras governamentais, de encomendas tecnológicas e de outras formas de que o Estado possa exercer uma política de demanda tecnológica direta.”

​No período mais atual, casos como o da China e da Coreia do Sul, países que tiveram experiências bem sucedidas, costumam ser apontados como bons exemplos de industrialização mais recente. Mas também são “experiências históricas bem específicas”. Para o Brasil, segundo o professor, seria importante pensar uma experiência própria, tendo em mente “os instrumentos que a gente ainda possui para fazer esse tipo de política”.

“A gente tem alguns complexos produtivos importantes na economia brasileira. A gente tem uma possibilidade de o Estado exercer demanda em alguns setores muito importantes, industriais, setores que têm uma densidade tecnológica alta também. A gente tem algumas empresas brasileiras que ainda participam de setores de alta tecnologia”, afirma Rocha, citando o complexo industrial da saúde e a infraestrutura urbana e logística como exemplos de segmentos de grande potencial no Brasil.

Isso, argumenta o especialista, deveria ser transformado em “eixo estruturante da política econômica nacional”, que é, justamente, o contrário do que o país está fazendo atualmente, mirando no princípio de austeridade como o grande norte da política econômica brasileira.

​Em vez da austeridade, o Brasil, ele sublinha, deve voltar a olhar para o desenvolvimento econômico como “princípio norteador da política econômica”. E se organizar em relação à mudança de conjuntura do pós-pandemia.

“Existe uma capacidade de encadear, de juntar política pública, política de fornecimento de infraestrutura para o país, com política científica e tecnológica, com política de fomento à base produtiva nacional, que pode ser muito utilizada nesse momento como uma forma de reverter esse quadro de desindustrialização e de promover alguns nichos de competitividade da indústria nacional.”

Fonte: Sputnik Brasil/© FOLHAPRESS / DANIEL MARENCO

 

Haddad confirma sua candidatura presidencial: “Lula me pediu para colocar o bloco na rua”

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O ex-prefeito Fernando Haddad antecipou, em entrevista à TV 247 nesta quinta-feira (4), que aceitou ser candidato a presidente em 2022, diante do impasse sobre os direitos políticos do ex-presidente Lula.

“Ele me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar”, disse Haddad ao jornalista Leonardo Attuch. “Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, afirmou Haddad, que disputou com Jair Bolsonaro o segundo turno das eleições presidenciais de 2018.

Fernando Haddad, no entanto, fez uma ressalva. Afirmou que, diante da evidente parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, espera que Lula recupere seus direitos políticos. “Caso isso ocorra, ele terá o apoio de todos nós”, afirmou.

Também em entrevista à TV 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou na manhã desta quinta-feira que no dia em que forem devolvidos os direitos do ex-presidente Lula, ele retira seu nome da sucessão presidencial em nome da unidade democrática.

Fonte: Brasil 247/(Foto: Diego Padilha) 

Maioria da 2ª Turma do STF libera acesso de Lula a conversas vazadas de Moro

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A maioria da Segunda Turma do Supremo Tribunal (STF) votou contra o recurso de procuradores da Operação Lava Jato e liberou o acesso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mensagens que foram apreendidas na Operação Spoofing com conversas do ex-juiz Sergio Moro com procuradores, como Deltan Dallagnol. 

O relator, ministro Ricardo Lewandowski, votou contra o recurso e foi acompanhado do voto dos ministros Nunes Marques e Cármen Lúcia. Edson Fachin discordou e pediu para esperar o julgamento em plenário do uso das mensagens. Ainda resta o voto do ministro Gilmar Mendes.

Lewandowski disse que autorizou que o ex-presidente tivesse acesso às mensagens devido a resistência dos procuradores de fornecer informações sobre as tratativas com autoridades dos Estados Unidos (EUA) para o acordo de leniência da Odebrecht.

O ministro disse que parte das mensagens são “extremamente graves”.  Lewandowski ainda disse que a decisão não é referente à legalidade das menagens, o que vai ser discutido em outro processo.

Fonte: MSN

Na pandemia, Lira quer colocar jornalistas em sala sem janelas na Câmara

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu aval para que, a partir de quinta-feira (11), os jornalistas que cobrem as atividades do Legislativo sejam transferidos para uma sala menor e sem janelas durante a pandemia de Covid-19.

A decisão foi comunicada nesta terça (9) pelo diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio. Com a mudança, Lira pode se livrar de ser abordado pela imprensa, pois terá acesso direto ao plenário da Câmara.

Hoje, ele precisa passar por uma área de circulação de jornalistas e representantes da sociedade que frequentam a Câmara --o chamado Salão Verde. Quando passam por essa área, os presidentes da Casa são geralmente questionados sobre pauta de votações, decisões polêmicas e demais fatos políticos.

A área atualmente usada por profissionais da imprensa é do arquiteto Oscar Niemeyer. Conforme o projeto em estudo, o espaço, que hoje é amplo e arejado, com capacidade para abrigar ao menos 46 jornalistas, seria transferido para uma área que comporta apenas 41 e sem janelas.

A proposta não contempla cabines de imprensa, utilizadas por profissionais que querem fazer entrevistas reservadamente. Também não possui banheiros e copa, como é o caso do atual comitê.

Na sessão desta terça, alguns parlamentares criticaram a decisão de Lira, que não foi discutida com os deputados. Fernanda Melchionna (PSOL-RS) fez um apelo para que o comitê fosse mantido no local atual.

"A liberdade de imprensa é uma das principais questões da Constituição Federal", disse, no plenário. "Infelizmente, nós temos Jair Messias Bolsonaro, que ataca os jornalistas sistematicamente, e não será a Câmara dos Deputados que vai inviabilizar o livre exercício das jornalistas e dos jornalistas."

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) também se manifestou e perguntou se a decisão de transferência dos jornalistas era definitiva. Lira, em resposta, afirmou que a decisão administrativa já estava tomada.

Mais cedo, abordado por jornalistas, Lira afirmou que não discutiria com a imprensa questões administrativas.

O atual comitê dá acesso ao plenário da Câmara e facilita o trânsito de jornalistas pelo Salão Verde. A nova sala fica no térreo, distante do plenário.

Lira ressuscitou um projeto do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (MDB-RJ). A obra no local envolve a instalação de um elevador para cadeirantes no gabinete.

A mudança também chegou a ser discutida quando o PT comandou a Câmara, mas não avançou.

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) só deu aval à obra durante a gestão de Cunha. O emedebista pretendia realizar a reforma, mas acabou afastado e preso pela Operação Lava Jato acusado de receber propina por contratos com órgãos públicos e da Caixa Econômica Federal.

"A intervenção, como foi concebida, não apresenta riscos de descaracterização do edifício e se restringe basicamente à reorganização e redistribuição interna de diversos ambientes de trabalho, conferindo mais clareza à organização e distribuição dos ambientes internos do edifício, não havendo nenhuma alteração, seja na volumetria do edifício, suas fachadas ou obras de arte integradas", afirma o Iphan.

Lira foi eleito para comandar a Casa no primeiro turno com ajuda do governo Bolsonaro, que distribuiu cargos e emendas para partidos aliados em troca do apoio ao candidato alinhado ao Palácio do Planalto.

Em nota nesta segunda-feira (8), o presidente da Câmara afirmou que a medida "em nada vai interferir na circulação da imprensa", que continuará tendo acesso livre a todas as dependências da Câmara, como corredores, salões e plenário. "O objetivo da alteração é aproximar o presidente dos deputados, como eu falei em toda a minha campanha", disse.

por Danielle Brant, Thiado resende e Ranier Bragon|Folhapress/oto: Divulgação/Agência Câmara

Petrobras anuncia aumento no valor da gasolina, diesel e gás de cozinha

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A Petrobras anunciou um aumento de aproximadamente 8% no preço da gasolina vendida pelas refinarias às distribuidoras. Diante disso, o preço médio do litro do combustível subiu R$ 0,17 e passará a ser de R$ 2,25 a partir desta terça-feira (9).

A estatal também aumentou o valor do diesel em cerca de 6%, o que corresponde a um acréscimo de R$ 0,13 por litro, e passará a custar R$ 2,24 também nesta terça. Já o GLP, também conhecido como gás de cozinha, aumentou cerca de 5%, o que equivale R$ 0,14 por kg.

Em nota, a Petrobras afirmou que os valores praticados nas refinarias da empresa são diferentes dos percebidos pelo consumidor final. Além disso, ressaltou que até chegar ao consumidor os combustíveis têm diversos tributos e outros custos acrescidos em seu preço.



Fonte:Brasil 61

Demanda chinesa por carne bovina é tema de webinar da série Global Beef Cattle Journey, da Phibro Academy

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A crescente demanda da China por proteína animal, afetada pela “febre suína africana” (ASF) e disrupturas causadas pela COVID-19, somando-se a falta de sustentabilidade interna para suprir toda essa necessidade, rende oportunidades aos produtores rurais de outros países, entre eles o Brasil. Mas primeiro é preciso compreender quais proteínas estão ganhando espaço, e quais irão perdurar no longo prazo e, ainda, quais nações serão concorrentes da pecuária brasileira. Esta análise será o foco de mais um webinar da série "Global Beef Cattle Journey", iniciativa da Phibro Academy, plataforma de atualização e compartilhamento de conhecimento sobre produção animal da Phibro Saúde Animal. O evento digital acontecerá em 24 de fevereiro,  das 19h30  às 20h45 (horário de Brasília), com transmissão em inglês e tradução simultânea para o português e o espanhol. As inscrições são gratuitas, no link https://academy.pahc.com/catalog/info/id:411

O tema central "Entendendo a demanda da China por carne vermelha" será abordado por Osler Desouzart. O convidado desta edição é ex-membro do conselho consultivo do World Agriculture Forum e possui sua própria empresa de consultoria, a OD Consulting, Market Planning & Strategy, com clientes em diferentes continentes. Formado em Direito, Desouzart se especializou em marketing na Espanha e em gestão da qualidade total, no Brasil.

O diretor global de Ruminantes da Phibro Saúde Animal e responsável pela série, Danilo Grandini explica que este episódio discutirá uma variedade de tópicos atuais e relevantes sobre a carne bovina. "Entre outros assuntos, poderemos observar como os países desenvolveram seus modelos de produção de proteína animal e os impactos dessas ações na oportunidade para o fornecimento de carne ao mercado local, quanto globalmente", destaca o executivo.

Sobre a Phibro

A Phibro Saúde Animal é uma das mais importantes indústrias veterinárias e de nutrição animal do mundo. Criada em 1916, nos Estados Unidos, está presente no Brasil há 25 anos, oferecendo produtos para suínos, aves, bovinos de corte e de leite, peixes e camarões, além oferecer soluções para a produção de fontes energéticas renováveis. Para mais informações, acesse: www.pahc.com/brasil

 

Gabriela Favacho 
Texto Comunicação