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Paralisação de caminhoneiros deve acontecer no próximo dia 1º de fevereiro"

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O caminhoneiro Gildemar José da Silva é desses motoristas responsáveis pela maior parte do transporte de cargas e mercadorias nas rodovias do Brasil.

Nascido em Juazeiro, Bahia, criado em Queimada Nova (Piauí), e residente em Petrolina (PE), desde os 10 anos de idade, ele  tem o destino para viver na estrada. Gildemar caminha para completar 25 anos de profissão de motorista percorrendo o país de norte a sul. Literalmente Gildemar "mora viajando pelos estados brasileiros".

Com exclusividade para a REDEGN, direto de São Paulo, o profissional da estrada confirmou "que existe sim a insatifsação de boa parte da classe dos caminhoneiros e que já aconteceram três aumentos de diesel e vai ter mais outro. O frete não aumenta. Combustível está muito caro e por isto existe sim o indicativo da paralisação. Muitos caminhoneiros querendo a paralisação são as conversas em vários grupos. Não temos políticos que defenda a classe. Por mim já era para ter parado sim", disse Gildemar.

A reportagem da REDEGN obteve o documento do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) reiterando em nota a intenção de manter a greve geral de caminhoneiros no dia 1º de fevereiro “por prazo indeterminado”, apesar da isenção de impostos sobre pneus prometida pelo governo e do aumento do frete mínimo.

Mesmo com a paralisação prevista para o próximo mês, há o compromisso do setor de manter a movimentação de caminhões e cargas dos serviços essenciais em 30%, em decorrência da pandemia do Coronavírus, além de cargas vivas, alimentos perecíveis e afins. A CNTRC afirmou que representa cerca de 40.000 caminhoneiros no Brasil.

Por outro lado,  a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa legalmente a categoria, entende que “este não é o momento ideal para uma paralisação”.

Ainda em nota, a Confederação destacou o cenário positivo do transporte de cargas no Brasil e o relacionamento com o governo. “A CNTA acredita que a deflagração de uma greve, especialmente de caminhoneiros, deve ocorrer somente quando esgotadas todas as alternavas plausíveis de discussão e negociação”.

A movimentação dos caminhoneiros para a greve ocorre em meio a uma nova tabela de preços mínimos de frete rodoviário no Brasil, publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no Diário Oficial da União (DOU) (Resolução nº 5.923), com aumento entre 2,34% a 2,51%.

Além disso, o governo federal anunciou que deve zerar a tarifa de importação de pneus, contra os 16% anteriores, um dos pedidos do setor. O pneu é o segundo item mais caro na manutenção dos caminhões.

Outra queixa dos caminhoneiros era quanto a vacinação prioritária contra a Covid-19. Os transportadores rodoviários de carga não estavam na primeira versão do Plano de Nacional Operacionalização. Agora, em uma nova atualização do documento, chamada de "informe técnico", de 18 de janeiro, o ministério citou especificamente “caminhoneiros”, prevendo que “nessa estratégia será solicitado documento que comprove o exercício efetivo da função de motorista profissional do transporte rodoviário de cargas (caminhoneiro)”.

O documento ainda especificou que, no caso de trabalhadores de transporte coletivo rodoviários de passageiro, que abrange os motoristas e cobradores, estão incluídos os profissionais de “longo curso”.

Fonte: redeGN Foto: Divulgação

TV Globo confirma fim do Domingão do Faustão e estuda novo projeto para 2022

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Após informação divulgada na manhã desta segunda-feira (25) pelo colunista Flávio Ricco, do jornal Super Notícia, a Globo confirmou a saída de Fausto Silva da emissora assim que seu contrato for cumprido no final de 2021.

A emissora também garantiu que em 2021, como forma de despedida e de agradecimento ao apresentador levará ao ar a melhor temporada do "Domingão do Faustão" de todos os tempos.

Em um comunicado, a Globo agradeceu ao apresentador e disse que foi Fausto, um dos maiores comunicadores da televisão brasileira, quem decidiu não apresentar mais programas semanais. o apresentador teria recusado uma proposta do canal para deixar a grade dos domingos e assumir um programa noturno às quintas-feiras. 

"Fausto Silva é um dos maiores comunicadores da televisão brasileira e a Globo tem enorme orgulho dos 32 anos de parceria com ele no Domingão do Faustão. Para honrar esta história de sucesso, a Globo está determinada a fazer em 2021 a melhor temporada de todos os tempos do programa, com edições sensacionais do Dança dos Famosos e do Show dos Famosos", informou a Globo.

Ainda na nota, a emissora incluiu o posicionamento de Fausto Silva, que agradeceu os 32 anos que trabalhos na TV Globo. "Gostaria de deixar aqui registrada a minha gratidão à Globo, onde aprendi muito e com a qual tive a honra de viver nos últimos 32 anos uma parceria de respeito e sucesso. Repito aqui o que sempre disse no ar: a Globo é uma empresa quase perfeita", disse.

Confira a nota na íntegra.

"Nestes mais de 30 anos de parceria, a TV Globo e o apresentador Fausto Silva sempre conversaram sobre novas oportunidades e inovações. Foi assim também nas últimas semanas, quando teve início o último ano do atual contrato.

Mas, diante da decisão do apresentador de encerrar sua jornada à frente de programas semanais, só cabe à TV Globo respeitar e aplaudir a história que ele construiu.

Fausto Silva é um dos maiores comunicadores da televisão brasileira e a Globo tem enorme orgulho dos 32 anos de parceria com ele no Domingão do Faustão. Para honrar esta história de sucesso, a Globo está determinada a fazer em 2021 a melhor temporada de todos os tempos do programa, com edições sensacionais do Dança dos Famosos e do Show dos Famosos.

Ao longo dos próximos meses, a empresa vai reunir a sua comunidade criativa para definir qual dos projetos em discussão para o domingo é o mais adequado aos desafios de 2022 e a seu compromisso permanente com a inovação.

- Gostaria de deixar aqui registrada a minha gratidão à Globo, onde aprendi muito e com a qual tive a honra de viver nos últimos 32 anos uma parceria de respeito e sucesso. Repito aqui o que sempre disse no ar: a Globo é uma empresa quase perfeita! – declarou Fausto Silva, com bom humor."

O Tempo

Lewandowski volta a determinar que PF dê à defesa de Lula acesso integral às conversas da Lava Jato

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“O ministro Ricardo Lewandowski determinou à Polícia Federal que dê à defesa de Lula acesso integral às conversas da Operação Lava Jato apreendidas em investigação contra os hackers que invadiram celulares de autoridades como Sergio Moro e Jair Bolsonaro”, informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna.

O magistrado deu novo despacho dizendo que sua determinação anterior, “clara, direta e objetiva”, não tinha sido “satisfatoriamente cumprida” pela PF “quiçá por não tê-la compreendido de forma adequada”. Saiba mais sobre o caso:

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em um ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as mensagens da Vaza jato, obtidas no âmbito da operação Spoofing, não foram compartilhadas integralmente pela Polícia Federal (PF). O compartilhamento das informações havia sido determinado pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Segundo reportagem da coluna Radar, da revista Veja, os advogados de Lula teriam ressaltado que a Polícia Federal impôs filtros ao material compartilhado, além de ter analisado o material apreendido junto a um dos cinco  hackers investigados pela operação. O volume do material entregue também seria “bem inferior” que os 7 terabytes de dados informados inicialmente pela PF.

No ofício, os advogados de Lula tambpem pedem que o chefe da Divisão de Contrainteligência Policial da PF preste esclarecimentos e seja intimado a proceder “com o compartilhamento integral dos arquivos arrecadados ao longo da Operação Spoofing”.

Fonte: Brasil 247/Lewandowski e Lula. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Insumos para 5 milhões de doses da Coronavac chegam nos próximos dias, diz Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro disse na tarde desta segunda-feira, 25, que a Embaixada da China informou o governo federal nesta manhã que o envio dos insumos necessários para a produção do próximo lote de doses da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, já foi aprovado pelo governo do país asiático e deve ser liberado nos próximos dias.

"Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5.400 litros de insumos para a vacina Coronavac, aprovada e já estão em vias de envio ao Brasil, chegando nos próximos dias (sic)", escreveu Bolsonaro em sua página no Twitter.

Segundo informado anteriormente pelo Butantan, 5,4 mil litros de insumos são suficientes para a produção de cerca de 5 milhões de doses do imunizante. O instituto já havia demonstrado preocupação com a possibilidade de ficar sem ingrediente ativo para dar continuidade à fabricação da vacina. Os insumos já importados terminarão no fim de janeiro.

Até agora, o Butantã já liberou 6,9 milhões de doses da Coronavac para distribuição aos Estados e promete entregar, nos próximos dias, mais 3,2 milhões de unidades do imunizante.

Após a postagem do presidente, o Ministério da Saúde divulgou um vídeo do ministro Eduardo Pazuello confirmando a informação e prevendo a chegada das doses até o final da semana. "A continuidade do recebimento dos insumos para a fabricação das vacinas pelo Butantan voltou à normalidade. Isso graças à ação diplomática do governo federal com o governo chinês por intermédio da Embaixada chinesa no Brasil. A previsão de chegada dos insumos no Brasil é até o final desta semana", declarou.

Ainda de acordo com Bolsonaro, o processo de importação da matéria-prima para a vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também está com a liberação "acelerada".

Também produzido na China, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina inglesa já deveria ter sido entregue em janeiro à Fiocruz para que o primeiro lote de doses fosse distribuído ao Ministério da Saúde no início de fevereiro.

O atraso na entrega fez a fundação adiar para março o fornecimento das primeiras doses e importar do Serum Institute da Índia (parceira produtiva da AstraZeneca) 2 milhões de doses prontas para que o governo não ficasse totalmente desabastecido. A Fiocruz negocia a compra de mais doses prontas. No fim de semana, a presidente da fundação, Nísia Trindade, disse que a previsão para a chegada dos primeiros insumos é "por volta de 8 de fevereiro".

Ainda na postagem nas redes sociais, o presidente mudou o tom e agradeceu a "sensibilidade" do governo chinês. Em diversas ocasiões, o presidente, seus filhos e outros membros do governo já criticaram o país asiático e colocaram em dúvida a segurança dos imunizantes desenvolvidos na China. Bolsonaro chegou a desautorizar Pazuello em outubro após o ministro assinar um protocolo de intenções com o Butantan para a compra da Coronavac. No dia seguinte, Bolsonaro determinou o cancelamento do acordo.

O histórico diplomático turbulento entre Brasil e China na gestão Bolsonaro vem sendo apontado como uma das razões para a demora do governo chinês na liberação da exportação da matéria-prima para as vacinas.

Nas redes sociais, o presidente agradeceu ainda o "empenho" dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Eduardo Pazuello (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultura) pelas negociações com a China. Os dois primeiros vêm sendo criticados por sua atuação na pandemia. Araújo faz parte da ala que já criticou publicamente o governo chinês. Já Pazuello é acusado de lentidão nas negociações com os fabricantes dos imunizantes.

Minutos depois da publicação de Bolsonaro, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que já teve embates públicos com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, compartilhou a postagem do presidente ressaltando a parceria entre os dois países no combate à pandemia.

"A China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar o Brasil neste combate dentro do seu alcance. A União e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia", escreveu Wanming.

Estadão Conteúdo

Vacinados também podem espalhar Covid-19, alerta médico do governo inglês

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O Vice-diretor médico do governo da Inglaterra pede para quem já tomou vacina obedecer regras de isolamento para conter nova onda de coronavírus pessoas que receberam a vacina contra a Covid-19 ainda podem transmitir o vírus para outras pessoas e devem continuar seguindo as regras de distanciamento social, advertiu o vice-diretor médico da Inglaterra Jonathan Van-Tam.

Em artigo no jornal Sunday Telegraph, Van-Tam enfatizou que os cientistas "ainda não sabem qual é o impacto da vacina na transmissão".

Ele disse que as vacinas oferecem "esperança". Segundo o governo do Reino Unido, 75% das pessoas com mais de 80 anos no país já tiveram a primeira dose da vacina. O ministro da saúde Matt Hancock disse que cerca de três quartos dos moradores de lares de idosos do país também foram vacinados.

Segundo Van-Tam "nenhuma vacina nunca foi" 100% eficaz. Portanto, segundo o especialista, não há garantia de proteção. É possível contrair o vírus no período de duas a três semanas após receber uma injeção, disse ele. Também segundo o médico, é "melhor" esperar "pelo menos três semanas" para que uma resposta imunológica se desenvolva totalmente em pessoas mais velhas.

Fonte: Uol

Por mais vacinas, Bolsonaro é esperado na festa de independência da Índia

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O presidente Jair Bolsonaro foi convidado pela embaixada da Índia para comemoração da independência do país asiático, na terça-feira. O encontro irá ocorrer no Clube Naval, um dos mais tradicionais de Brasília. Em busca de mais vacinas, made in Índia, o presidente afirmou a interlocutores que vai.

O convite foi feito pessoalmente pelo embaixador Suresh K. Reddy, na reunião que os dois tiveram no Planalto na semana passada. A presença de Bolsonaro servirá para reafirmar as relações entre os dois países e o interesse do Brasil em adquirir mais vacinas Oxford/AstraZeneca, produzidas no laboratório indiano Serum. Além de agradecer pelo que já está no país.

Na sexta-feira (22), chegaram 2 milhões de doses aguardadas há uma semana.  Até o momento, os insumos vindos da China que garantiriam produção própria ao Brasil ainda não chegaram. Por isso, o país se esforça para manter o canal aberto com a Índia, em caso de nova importação de doses prontas.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, diplomatas e parlamentares brasileiros confirmaram presença na festa de Independência da Índia.

Fonte: CNN Brasil

Embrapa lança livro sobre juventude rural no Semiárido

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“Os jovens do campo querem ser valorizados, acessar internet e mídias digitais, participarem de formações para a agricultura, precisamos de projetos que gerem renda e educação, queremos permanecer no campo”, destaca o jovem Luiz César da Silva, 19 anos, morador da Comunidade Sítio Pedra Miúda, em Mata Grande, Alagoas.

César é um dos milhares de jovens que driblam as dificuldades para permanecerem no campo pelo desejo de seguir o caminho dos pais: trabalhar na agricultura. Dados do Censo Agropecuário de 2017 apontam o envelhecimento dos trabalhadores rurais sem reposição nas camadas etárias mais baixas como um dos principais obstáculos ao crescimento da agricultura familiar no Brasil.

E César também é um dos 150 jovens que participaram do Projeto Pedagroeco – Metodologia de produção pedagógica de materiais multimídia com enfoque agroecológico para a agricultura familiar, que foi implementado com estes atores sociais nos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, Piauí e Paraíba. Durante mais de dois anos, a Embrapa atuou em parceria com universidades, institutos federais de educação, organizações não governamentais que compõem a Articulação  Semiárido Brasileiro (ASA), além do Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô em um projeto que teve justamente o objetivo de estimular o protagonismo juvenil e a divulgação de experiências dos jovens sertanejos e suas famílias com a agricultura familiar e com a agroecologia, com o foco na comunicação para o desenvolvimento e na valorização da cultura local.

A trajetória e os resultados deste projeto foram registrados no livro que a Embrapa e as instituições parceiras lançam nesta quinta-feira (21), nas redes sociais. A publicação Juventudes, Identidades e Saberes Agroecológicos – relatos sobre experiências e diálogos entre o Pedagroeco e a Pedagogia Griô no Nordesteapresenta os resultados do Projeto e traz a visão dos jovens que vivenciaram a experiência. O lançamento acontece, às 19h, durante o Encontro Nacional da Pedagogia Griô, na página do Facebook “Pedagogia Griô”.

Composto por sete capítulos, o livro apresenta leituras de diversos atores e reúne, portanto, uma multiplicidade de formações tais como educadores populares, agricultores, técnicos agrícolas, pedagogos, engenheiros-agrônomos, biólogos, geógrafos, cientistas sociais, jornalistas, historiadores entre outras. Traz os relatos de experiências do Projeto em cada um dos estados e apresenta a proposta metodológica que foi sendo construída no percurso.

A publicação pode ser baixada gratuitamente no repositório de publicações da Embrapa, disponível no endereço https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1125276/juventudes-identidades-e-saberes-agroecologicos-relatos-sobre-experiencia-e-dialogos-entre-o-pedagroeco-e-a-pedagogia-grio-no-nordeste  .

“Não se trata de um guia metodológico. Longe disso. Mas o livro inspira, do ponto de vista metodológico, outras intervenções, outras possibilidades de diálogo entre a ciência e as comunidades locais, sejam assentamentos, comunidades quilombolas e diversos grupos sociais”, salienta o pesquisador Fernando Curado, que atua na Embrapa Alimentos e Territórios, com sede em Maceió (AL).

Ascom

Artigo escancara ataques à ciência do governo Bolsonaro na pandemia de Covid-19

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"S.O.S.: A ciência brasileira está sob ataque". Esse é o título de um artigo publicado na prestigiosa revista científica The Lancet nesta sexta-feira (22), escrito pelo epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal.

No texto, escrito para a seção Correspondências da revista, o pesquisador elenca diversos eventos de descrédito à ciência e ataques diretos aos pesquisadores brasileiros orquestrados pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores.

As consequências dos ataques, diz Hallal, levaram o país a ocupar a trágica posição de segundo colocado em número absoluto de mortes por Covid-19 e terceiro em casos registrados no mundo. "Como cientista, tendo a não acreditar em coincidências."

Apesar de ter acompanhado as políticas de condução da pandemia, que classifica serem muito piores do que as declarações do presidente, que já chamou de "gripezinha" a maior emergência sanitária do último século e disse "E daí? Não posso fazer nada", em resposta a jornalistas após ser questionado sobre o recorde de mortes no país, em abril de 2020, Hallal resolveu escrever a carta à Lancet após sofrer ele mesmo ataques pessoais de Bolsonaro e de seus seguidores.

O agora ex-reitor da Ufpel (seu mandato acabou no último dia 8 de janeiro) conta que participou no último ano de três reuniões no Ministério da Saúde, as duas primeiras para discutir o Epicovid-19, estudo sorológico do coronavírus que encabeçava como pesquisador principal, e a última em dezembro para discutir ações não relacionadas à pesquisa (que acabou em junho). Quatro dias após a última reunião, em Brasília, apresentou sintomas da Covid-19.

"A minha infecção foi divulgada e usada por defensores do governo. Eu fui atacado pelo deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RS) por ser hipócrita, por falar para as pessoas fazerem uma coisa [o distanciamento social] e fazer outra. Fui questionado durante uma entrevista a uma rádio em Guaíba (RS) e o próprio presidente tuitou no dia 14 de janeiro o trecho da entrevista na qual sou atacado por esse assunto."

O pesquisador diz que, após ver a derrocada de cientistas em cargos importantes que se posicionaram contrários ao que o governo pretendia disseminar, como o ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) Ricardo Galvão [que divulgou os dados de desmatamento em 2019 e foi exonerado por isso] e os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich [que não concordaram com as medidas de enfrentamento do vírus], não imaginava ser o próximo.

O Epicovid-19 já havia encontrado resistência no Ministério da Saúde ao apontar para a maior incidência da Covid-19 em indígenas entre os grupos de cor ou etnia autodeclarada. A pasta questionou os dados e cortou o financiamento do estudo após a segunda etapa --estavam previstas três fases.

Para o pesquisador, não é atacando a ciência que o país vai conseguir enfrentar a pandemia. As medidas adotadas até aqui pelo governo são desastrosas: faltam testes, não há rastreamento de contatos, a adesão ao distanciamento social está cada vez mais baixa. "Apesar de muito esforço dos cientistas do [Instituto] Butantan e da Fiocruz, fortemente envolvidos na corrida pela vacina, não houve por parte do governo esforços para a compra de seringas e agulhas para começar a campanha de vacinação", diz o artigo.

O autor cita, inclusive, um editorial da mesma revista The Lancet, publicado em maio de 2020, em que os editores afirmam que "a maior ameaça à resposta do Brasil à Covid-19 parece ser seu presidente, Jair Bolsonaro, mais empenhado em uma guerra contra a ciência do que contra o novo vírus".

"Coincidentemente ou não, no dia que o presidente Bolsonaro me atacou no Twitter, Manaus estava enfrentando a pior situação desde o início da pandemia, com a falta de oxigênio e pacientes morrendo asfixiados. Na mesma semana, o Ministério da Saúde teve uma publicação no Twitter marcada por violar as regras da plataforma ao disseminar informações enganosas e potencialmente danosas relacionadas à Covid-19."

Para Hallal, os ataques do governo à ciência não começaram na pandemia, mas foram intensificados por ela. "Os cortes do presidente à ciência e tecnologia desde o início do seu governo e o negacionismo, inclusive dizendo --o único chefe de Estado que disse isso, para meu conhecimento-- que não vai tomar a vacina [contra Covid-19], já eram preocupantes."

"Essas políticas têm um preço. Se o Brasil, cuja população de 211 milhões de habitantes representa 2,7% da população mundial, tivesse contabilizado 2,7% do número de mortes global por Covid-19 [considerando a mortalidade de Covid em torno de 2,1%], 56.311 pessoas teriam morrido. No entanto, até o último dia 21 de janeiro, 212.893 brasileiros morreram por Covid-19. Em outras palavras, são mais de 150 mil vidas perdidas no país devido à condução abaixo do esperado da pandemia. Atacar os cientistas definitivamente não vai resolver o problema", finaliza o artigo.

Cerca de 4 milhões abandonaram estudos na pandemia, diz pesquisa

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Em 2020, ano marcado pelo novo coronavírus, quarentena e interrupção de aulas presenciais, 8,4% dos estudantes com idade entre 6 e 34 anos matriculados antes da pandemia informaram que abandonaram a escola.

O percentual representa cerca de 4 milhões de alunos, montante superior ao da população do Uruguai.Questões financeiras e falta de acesso a aulas remotas estão entre os principais motivos do abandono e o problema é maior entre os mais pobres. As informações são de pesquisa do Instituto Datafolha, sob encomenda do C6 Bank, e obtida pela reportagem.

Essa é a primeira sondagem que mostra o impacto da pandemia na permanência de estudantes em escolas e faculdades. A divulgação das estatísticas oficiais ainda leva mais tempo.

O Datafolha realizou 1.670 entrevistas, por telefone (com estudantes ou responsáveis), entre os dias 30 de novembro e 9 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e os resultados têm confiabilidade de 95%.

O pior índice de abandono é registrado entre os que estavam matriculados no ensino superior, com taxa de 16,3%.

Na educação básica, 10,8% dos estudantes do ensino médio informaram ter largado os estudos, e o percentual ficou em 4,6% no fundamental.

As taxas são bastante superiores aos índices oficiais de abandono registrados na educação básica do Brasil, que, por sua vez, já são altos. Em 2019, ano do último dado oficial disponível, o índice médio no ensino fundamental foi 1,2% e, no ensino médio, de 4,8%.

O país acumula 26,9 milhões matrículas no ensino fundamental e 7,5 milhões no médio, segundo os dados do MEC (Ministério da Educação). São 8,6 milhões de matrículas de nível superior.

A amostra da pesquisa do Datafolha guarda relação com a realidade educacional brasileira. Mais de 80% dos estudantes dos ensinos fundamental e médio eram de escolas públicas e, no superior, mais de 70% estavam no setor privado.

Na universidade, 42% daqueles que abandonaram o fizeram por falta de condições de pagar as mensalidades. Já na educação básica a precariedade da manutenção de aulas aparece como principal motivação para largar os estudos.

Ter ficado sem aulas surge como explicação do abandono para quase um terço dos estudantes matriculados no ensino fundamental (28,7%) e médio (27,4%).

A maior proporção, sob este motivo, foi registrada entre crianças e adolescentes de 11 a 14 anos (faixa ideal para os anos finais do fundamental, entre o 6º e 9º anos).

O aumento do abandono escolar em meio à pandemia tem sido uma das maiores preocupações por causa da quebra de vínculo entre alunos e escolas causada pela quarentena.

A desigualdade se impôs como um desafio ainda maior. A taxa média de abandono apurada pela pesquisa é de 10,6% nas classes D e E, contra 6,9% na classe A.

Escolas e faculdades passaram a interromper atividades presenciais em março do ano passado. O ano foi marcado pela ausência do MEC do governo Jair Bolsonaro (sem partido) no apoio às ações educacionais de estados e municípios, que concentram as matrículas.

Mais de 6 milhões de estudantes de 6 a 29 anos não haviam tido acesso a atividades escolares durante outubro. Segundo a pesquisa Pnad Covid-19 do IBGE, divulgada em dezembro, isso representa 13,2% dos estudantes dessa faixa etária.

Até o meio do ano passado 2 em cada 10 redes públicas de ensino não contavam com planos para evitar a perda de alunos, segundo estudo do comitê de Educação do Instituto IRB (Rui Barbosa), que agrega tribunais de contas do país, e do centro de pesquisas Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional).

Entre os que largaram os estudos, 17,4% dizem não ter intenção de retornar neste ano. A taxa sobe a 26% dos que estavam no ensino médio.

Chama-se de evasão essa situação em que um aluno deixa os estudos em um ano e não se matricula no seguinte. O dado oficial mais recente, de 2017-2018, registra uma evasão média de 2,6% no ensino fundamental e 8,6% no médio.

Em 2019, havia 88,6 mil crianças e jovens de 6 a 14 anos fora da escola. Entre jovens de 15 a 17 anos, faixa etária ideal para o ensino médio, eram 674,8 mil excluídos do sistema educacional (7,6% dessa população).

Para Cezar Miola, presidente do comitê técnico da Educação do IRB, o combate ao abandono e à evasão exige um esforço conjunto de governos, redes de ensino, profissionais de educação e órgãos de controle.

"Percebemos muito empenho e dedicação no ano passado, mas foi insuficiente", diz Miola. "Parte dos problemas que levam ao abandono é que houve verdadeira desconexão da família com a escola, e esse ponto-chave casa com investimentos adequados."

A Unicef tem um projeto de busca ativa de evadidos. Entre 2017 e 2019, a iniciativa, em parceria com mais de 3.000 prefeituras, conseguiu chegar a 80 mil crianças e jovens que estavam fora da escola —no ano passado, foram 40 mil.

"O cenário é absolutamente preocupante, corremos o risco real de ter uma grande quantidade de crianças e adolescentes fora da escola", diz Ítalo Dutra, chefe de Educação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Dutra afirma ser necessário uma ação coordenada e focada, com o entendimento de que ter crianças e adolescentes fora da escola representa a violação mais extrema do direito à educação. O que implica, diz ele, que outros direitos podem estar sendo violados, como acesso à saúde, proteção à violência e segurança alimentar.

"Nos últimos dois anos não há coordenação efetiva do MEC para essas ações", diz. "Precisamos ter uma busca ativa, saber o que está acontecendo e atuar com toda rede de proteção."

"Precisa rematricular e ver fatores de risco para abandonar de novo, por isso todo o sistema de proteção tem de estar funcionando articulado", afirma Dutra

Questionado, o MEC não respondeu à reportagem sobre o que fez ou pretende fazer para lidar com a situação.

O levantamento sobre abandono escolar faz parte de uma série de pesquisas encomendadas pelo C6 Bank para entender os impactos da pandemia no Brasil.

BN/ Datafolha

Após associar pessoas negras a mau cheiro, influenciadora pede perdão: 'Amo os negros'

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A influenciadora digital Isadora Farias virou assunto nas redes sociais após associar mau cheiro das axilas a pessoas negras. Após ser acusada de racismo, apagou vídeo e resolveu pedir perdão a quem se sentiu ofendido.

"Antes de falar qualquer coisa eu quero pedir perdão, que é mais do que desculpas, para todas as pessoas que se sentiram ofendidas com aquilo que eu falei. Eu não sou essa pessoa racista, eu amo os negros, eu amo todas as pessoas e trato as pessoas com igualdade", começou.

Na sequência, disse que convive com negros no dia a dia. "Eu tenho amigos negros, colegas de trabalho negros, convivo com pessoas negras e por isso quero deixar mais uma vez registrado as minhas sinceras desculpas por esse mal-entendido", comentou.

Na polêmica em questão, ela disse que tinha odor forte nas axilas e que precisava comprar um desodorante melhor. Porém, acabou sendo rotulada como racista pela fala.

"Quem me segue há mais tempo sabe que eu tenho sério problema com cecê, eu tenho que passar desodorante bom. Inclusive às vezes eu compro de pele morena a negra porque o negócio aqui é punk", falou Isadora Farias.

Nas redes sociais, o termo IsadoraFariasRacista ficou entre os temas mais comentados dos últimos dias. "Racista sempre se defende da mesma maneira, né? O pronunciamento da Isadora Farias foi basicamente: 'Não sou racista, tenho até amigos negros'", disse uma seguidora.

Ao portal NSC Total, a a dermatologista Cláudia Camargo explicou que existem características diferentes entre a pele negra e branca, mas que não há ligação alguma com odores desagradáveis, sendo assim um comportamento racista fazer esse tipo de associação.

 

BN/Fotos: Divulgação

Avião chegou da Índia e doses da vacina de Oxford começarão a ser distribuídas às 16h deste sábado

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As doses da vacina da Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca que chegaram ao Brasil por volta das 17h20 serão distribuídas aos estados a partir das 16h deste sábado, 23, apurou a Jovem Pan.

A carga foi recebida no aeroporto de Guarulhos pelos ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e das Comunicações, Fábio Faria. A previsão é que todos os estados e o Distrito Federal recebam suas doses até o final da noite do domingo, 24. O critério de distribuição vai ser o mesmo do lote da CoronaVac: 2,5% da população de cada Estado.

O envio das 2 milhões de doses, fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, foi autorizado pelo governo indiano nesta quinta-feira, 21, depois de dias de negociações com o governo do presidente Jair Bolsonaro. Na semana passada, um voo da Azul que estava programa para buscar o lote de imunizantes foi cancelado, por falta de acordo com as autoridades indianas. A campanha de vacinação foi iniciada no Brasil no domingo, 17, no estado de São Paulo.

Nas redes sociais, o ministro Fábio Faria registrou o momento da chegadas das doses. “Avião que transportava os dois milhões de doses da vacina de Oxford produzidas no Instituto Serum, na Índia, acaba de chegar a São Paulo”, diz a publicação. Também nesta sexta-feira, o governo de São Paulo anunciou a liberação de 900 mil doses do segundo lote das vacinas do Instituto Butantan ao Ministério da Saúde – mais cedo, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses do imunizante. Deste montante, 200 mil doses foram levadas ao Centro de Distribuição e Logística da Secretaria da Saúde de São Paulo e outras 700 mil vão para a central de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.

 

Foto: Divulgação